A déspota -- Capítulo 23

Maria Fernanda sentiu todas as células do corpo reagirem diante daquela imagem. Não havia mulher mais bela e sensual do que aquela que se mostrava a sua frente. Quem seria capaz de lhe resistir? Seu cérebro estava ébrio, nem mesmo conseguira distinguir o tom de dor usado pela cigana, nem mesmo fora capaz de ver a decepção estampada naquele olhar. Rapidamente, levantou-se, mesmo com a tontura provocava pelo álcool, chegou bem próximo de sua presa. Estendeu as mãos e sentiu a maciez dos belos montes. Apertou-os, sentiu a textura daquela pele que se apresentava fria. Eva sentiu o corpo sendo pressionado até encostar-se à parede. Fechou os olhos fortemente para deter as lágrimas. Não iria chorar diante daquela mulher, não permitiria que ela visse como seu coração estava dilacerado, como a decepção lhe feria a alma. Desviou a boca quando percebeu a intenção da déspota. A juı́za depositou em seu pescoço o beijo rejeitado. Não parecia se importar naquele mome...