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Mostrando postagens de julho 7, 2019

Dolo Ferox -- Capítulo 4

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Leonardo estava encostado ao veículo. Observava as luzes do circo já se apagando e por ali não havia mais pessoas, apenas o som da noite naquele terreno baldio e afastado. Arrependia-se de ter deixado Natasha ir sozinha até a jovem. Sabia que ela não teria tato para lidar com a moça e temia que isso atrapalhasse os planos. Olhou para o relógio e já se decidia para ir atrás da ruiva quando viu a sombra toda vestida de preto se aproximar. Pegou a muleta no carro, indo imediatamente até ela, entregando-lhe. A bela Valerie nada disso durante todo o percurso até o automóvel. Acomodaram-se e Leonardo deu partida e prosseguiram em silêncio por alguns minutos. Vez e outra a fitava de soslaio e via o vinco de irritação entre as sobrancelhas. Decerto a primeira vez que encontrou a amante da irmã não fora proveitosa. Ansiava por questionar, mas sabia que ela quem precisava falar, caso contrário se mostr...

Dolo Ferox -- Capítulo 3

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       Natasha se mantinha sentada em uma confortável cadeira acolchoada, enquanto ouvia o arquiteto e assistente pessoal lhe narrar todo o fato.       Fitava o copo de cristal com água sobre a mesa e via os analgésicos que deveria tomar para conter o desconforto que sentia em todo o corpo.       As cortinas brancas tinham sido abertas e a luz do dia parecia querer profanar a escuridão que a neta rejeitada de Isadora fomentava em sua vida.        Era possível ouvir o barulho do vento…      Observou a cama ainda desarrumada da noite mal dormida… Tinha a impressão que estava mergulhada em um dos tantos pesadelos que sempre lhe assolavam o sono. Desde que tomara ciência de si mesma como ser humano, fora sempre assim…     Ouviu a campainha e logo uma senhora de idade uniformizada adentrava o quarto trazendo inúmeros sacos de gelos. Ela seguiu até o banheiro colocando tudo na hidroma...

A condessa bastarda -- Capítulo 2

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Vitória bateu com chicote na escrivaninha. Estava em seu escritório. -- Como roubaram? -- Falou por entre os dentes. O capataz a conhecia, mas mesmo assim temia a fú ria da mulher. A` s vezes ficava a se perguntar como um ser tão bonito tinha um gênio daqueles. -- Sim, condessa! -- Falou relutante. -- Cinco das melhores vacas sumiram quando estavam a pastar do outro lado do rio. -- Procurem-nas! -- Bateu mais uma vez. -- Para que pago a um monte de incompetentes se eles não conseguem nem encontrar meus animais. O rapaz baixou o olhar. -- O fizemos durante toda a noite, mas é como se os bichos tivessem sido engolidos pela terra. Ela deu a volta e parou bem próximo a ele. -- Saia! O empregado assentiu e sumiu em disparado. Vitória sentou na poltrona e retirou as botas de couro. Estava cansada. Tinha chegado de uma longa viagem. Precisara negociar com alguns empresários e isso fora demas...