Anjo caído -- Capítulo 18

A hora já estava avançada. A sala que fora decorada para a doutora Berlusconi jazia no escuro, tendo apenas uma luminária a clarear a parte da escrivaninha. Angelina jazia com a carta suspensa em sua mão. Observava a caligrafia presente naquele papel. Não havia dúvidas de quem era aquelas letras. Ao final da missiva, descansava o nome de Antônio. Fechou os olhos, tentando não dar vazão às lágrimas. Resistira durante vários dias, mas acabara sucumbindo à curiosidade. Fitou a pilha de cartas que estavam sobre a mesa. Nem sabia o motivo de está lendo-as, escolhendo a de data mais antiga para acompanhar a narrativa. O assunto presente era a filha e a esposa. Ele se queixava pela atenção que Âng...