A dama selvagem - Capítulo 19
-- Teria matado meu pai?
O maxilar forte se enrijeceu.
-- Esse é o meu maior arrependimento...
Não o ter matado com as minhas mãos
Uma lágrima rolou dos olhos azuis.
Não sabia o que falar, mas se sentia
imensamente triste.
Baixou a cabeça e depois a levantou.
-- Perdoe-me, Diana, por todas as coisas
ruins que a minha famı́lia causou a você...
A Calligari a fitou, engolindo em seco.
-- Perdoe-me por ter te acusado de
destruir a floricultura... Perdoe-me, Diana...
Aimê estendeu as mãos e lentamente
seguiu até a major...
Sentiu-a firme...
Abraçou-a.
Diana, inicialmente, permaneceu com os
braços caı́dos ao lado do corpo...
De repente tudo que fora vivido começou
a passar em seu cérebro como um filme...
As dores...
As decepções...
A morte do seu pai...
Doı́a quando pensava que o desgosto
fizera um homem tão forte tirar a própria vida...
Nunca se perdoaria por aquilo...
Aimê ouviu o soluço abafado que escapou
dos lábios da major... Sentiu as mãos se agarrando a si...
Sentiu as lágrimas lhe molharem a
pele...
A cabeça dela escondida em seu
pescoço...
Abraçou-a mais forte... Muito forte...
Quanta ela tinha sofrido durante todos
aqueles anos...
Chorou com ela, por ela, sentindo-se
culpada... Desejando tomar para si todas aquelas terríveis lembranças que
deveriam atormentá-las, querendo apagar os dias de agonias que vivera.
Como Otávio fora cruel!
Como seus avós foram cruéis ao
permitir que aquela mulher fosse acusada de pecados que não cometeu...
Apertou-a mais, sentindo os espasmos que
vinham dela.
Agora percebia como seria impossível
receber algo que não o ódio e o desprezo da parte da major. Daquela forma
difı́cil descobrira que também estava na lista dos que a feriaram, também
estava na lista dos que a julgaram com crueldade. Sabia que suas desculpas não
fariam tanta diferença, pois elas não mudariam o que já foi feito, apenas
tentava acreditar que um dia Diana se libertaria daquelas chagas e voltaria a
sorrir e a viver, pois quando ouvira tudo o que fora dito, percebia que aqueles
dez anos representaram um verdadeiro inferno para a herdeira dos Calligaris...
Ela lutara dia após dia por seu momento de vingança e agora que chegara...
Quem poderia condená-la por infligir castigos aos que a machucaram?
-- Perdoe-me... – Murmurou. – Perdoe-me...
Diana se apegava a ela como se fosse sua
salvação, prendia-se a ela como se não houvesse alternativa a não ser
aquela, mesmo que algo dentro de si gritasse que ela também era sua inimiga...
Ela era a filha dele... Tinha o mesmo mar azul no olhar...
Fechou os olhos, tentando controlar
aquelas dor que parecia sangrar naquele momento.
Ouviu o sussurrar da Villa Real, ouvi-a
dizer palavras de consolo e por frações de segundos imaginou que ela estivera
ao seu lado em todos aquelas horas de angustias, em cada perda que tivera que
enfrentar...
Inalou o perfume doce e teve a
impressão que seu eterno inverno estava sendo profanado por coloridos dias de
primavera.
Concentrou-se naquela voz baixa e sua
mágoa pareceu tão menor...
Por que aquele abraço tinha que ser
dela? Por que aquela paz tinha que vim dela?
Sentiu o toque macio em seus ombros, as
carı́cias em seus cabelos...
Desejou nunca sair dali, desejou tê-la
para sempre agarrada a si.
Apertou-a mais forte...
Quantas vezes precisaria repetir para si
que Aimê era a filha do homem que destruı́ra sua vida? Quanto precisava se
afastar para que aquela febre que lhe queimava chegasse ao fim?
Afastou um pouco a cabeça, fitando-a.
Os olhos azuis a mirá-lo, mesmo sem
vê-las.
Brilhavam ou sua mente pregava uma peça?
Observou-a melhor e mesmo quarto estando
na penumbra, podia decifrar os traços bonitos e delicados.
Segurou-lhe o rosto com ambas as mãos,
parecia querer gravar aquela imagem em seu cérebro.
Aimê mantinha-se quieta.
Sentiu a respiração dela perto de si.
Sabia que estava sendo analisada, aquele
poderoso olhar podia ser sentido com a mesma intensidade de um toque...
Suspirou.
Aromas se mesclavam ali... Álcool e
aquele perfume que lhe embriagava os sentidos.
O hálito de uı́sque não era
desagradável nela, ao contrário, era delicioso e excitante.
Deus, o melhor seria retornar ao seu
quarto, pois temia fazer algo que não devesse fazê-lo.
Passou a lı́ngua pelos lábios,
sentindo-os seco.
Diana acompanhava cada gesto com
genuı́no interesse. Em determinado momento percebeu que a garota parecia
trêmula.
A Villa Real mantinha as mãos na
cintura da major.
Adorou senti-la... Acariciá-la...
Queria-a tanto...
Sabia que se cedesse não haveria volta,
mas... Queria-a e estava temerosa por isso... Seu corpo parecia tentar
controlar sua mente, atraindo-a para uma armadilha mortal.
Nunca experimentara algo tão poderoso e
perigoso...
Era como se estivesse a caminhar em uma
corda bamba. Lembrou-se do dia que fora levada pelo avô e da forma íntima que
fora tocada, do jeito delicioso que ela se movia contra seu corpo...
Cerrou os dentes para não esboçar um som
ao se lembrar de ter tocado em seu sexo, de como se mostrara molhado e
escorregadio, de como desejou aprofundar a carícia naquele dia.
Encostou o rosto no pescoço da morena,
inspirou...
Sempre desejara fazer aquilo...
-- Eu gosto do seu cheiro...
Diana pareceu surpresa, mas mesmo assim
deu maior acesso a ela. Segurou as madeixas, prendendo-as para dar passagem
até a nuca.
Notou que estava arrepiada.
De repente sentiu beijos em sua pele e
adorou a sensação...
Deus, os carinhos incendiavam-na.
-- Gosto da sua pele...
A Calligari estreitou os olhos ao
ouvi-la.
-- Aimê... – Sussurrou.
A herdeira do general cerrou os dentes
ao escutar seu nome...
-- Adoro a sua voz... Mesmo quando
esbraveja, ela é baixa e rouca... Gosto quando fala meu nome... – engoliu em
seco. – É como se fosse a carı́cia mais ı́ntima de todo o universo.
A Filha de Alexander fechou os olhos,
apenas se concentrando naquela garotinha que a deixava cada vez mais à beira
do precipício.
Os dedos inspecionavam, era delicada...
Prendeu a respiração quando sentiu as
mãos acariciando suas costas... Havia cicatrizes e nunca se sentia a vontade,
mas com ela era diferente... Como se fizesse parte de si.
-- Seu nome é muito doce... Não sei se
gosto de pronunciá-lo...
A Villa Real levantou a cabeça para ela
Diana a encarou.
Os dentes alvos da garota se abriram em
um sorriso grande, tı́mido... Convidativo...
A major mais uma vez teve a impressão
que algo a socava forte no ventre.
Pela janela aberta do quarto pôde ver a
noite estrelada.
Lembrou-se de quando estavam na caverna
e viu aquele mesmo sorriso quando contara para a jovem sobre a cascata... Outra
imagem fora quando mostrou a preguiça... Porém em nenhum desses momentos o
sorriso fora dirigido a si... Mas agora...
Com o polegar contornou lentamente a
boca bonita. Viu quando ela ficou rubra.
-- O plano sempre foi esse... Que eu
fosse doce...
Aimê ao umedecer mais uma vez os
lábios, tocou a lı́ngua sobre o polegar da ı́ndia.
Sentiu o desejo bater mais forte naquele
momento.
Passou a lı́ngua mais uma vez sobre
ele...
Era possível ouvir o som de sua
respiração acelerada. Suas mãos suavam.
-- Quem planejou isso foi muito feliz,
pois conseguiu... – Agora usou o indicador para continuar o caminho sobre o
contorno externo da boca. – Mas há muito mais do que isso...
A herdeira dos Villas Real se apoiou em
Diana, capturando o polegar, chupando-o como um dia fora feito consigo.
Diana sentia o sexo reclamar, desejava
senti-la...
Observava como a boca sensual se movia e
imaginou-a em outro lugar...
Fechou os olhos tentando conter a
paixão...
Aimê pareceu fraquejar e só não caiu
porque a major sustentou seu corpo.
-- Eu... – Deu um sorriso nervoso. – Minhas
pernas estão trêmulas.
A Calligari também riu.
Observou o quarto enorme.
Fitou a convidativa cama e imaginou-as
embaladas naqueles lençóis de seda branco, perdidas em uma devastadora agonia,
em uma mistura infinita de pernas e de prazer...
Assustou-se.
Viu o sofá enorme e pensou se aquele
não seria um lugar menos ameaçador, o espaço perfeito para refrear suas
tentações?
Na verdade o melhor seria levá-la de
volta ao seu quarto, porém queria prolongar aquele contato, ainda mais porque
sabia que não haveria tantos momentos de civilidade entre elas.
Determinada, segurou a jovem pela mão e
seguiu até a poltrona.
O móvel elegante era todo coberto de
veludo preto. Espaçoso, muitas vezes usado pela Calligari para descansar quando
o leito não se mostrava interessante. Com mecanismos retráteis, tornava-se um
espaço aconchegante e confortável.
Sentou-se e quando Aimê já ocupava um
lugar ao seu lado, segurou-a pela cintura, fazendo-a sentar sobre seu colo.
-- Assim é melhor para conversar. – Apressou-se
em justificar seu ato.
A Villa Real pareceu surpresa.
-- Se você diz... Afinal, é uma
princesa... Deve saber de muitas coisas... Seu povo tem sabedoria...
Diana arrumou o cabelo dela por trás da
orelha.
Sua esposa!
Lembrou-se do dia que Tupã obrigou a
casar... Lembrou-se de como ela estava linda com os adornos indı́genas.
-- Sim... – Observou a abertura do robe
de seda. – Ainda está com sede?
Aimê pareceu não entender do que ela
falava, então se recordou de que quando se encontraram no corredor estava
buscando água.
-- Eu acabei esquecendo... Mas acredito
que passou...
A Calligari fitou os lábios rosados
mais uma vez...
Quantas vezes os tomaram para si como se
fosse a única dona deles?
Cerrou os dentes.
Por que tudo aquilo se passava consigo?
Antes não se importaria em arrastá-la
até a cama e agir como a selvagem que sempre fora...
O que tinha mudado em tão pouco tempo?
Não continuava sendo ela filha de
Otávio Villa Real? Não continuava sendo ela a garota que a desafiou mesmo
quando se ajoelhava pedindo clemência?
Meneou a cabeça tentando cessar as
infinitas indagações que a confundia ainda mais.
Mas agora ela tinha certeza de que se
Aimê não tivesse surgido em sua vida, ela estaria pouco se importando para os
atos de Crocodilo. Jamais moveria uma palha para ajudar aquela famı́lia...
Mas havia aquela garota... E tudo
parecia se confundir em sua mente. Não pensava quando estava perto, apenas
sentia e como sentia...
Quando deixara a cidade deixara alguns
seguranças protegendo a filha do homem que mais odiara em todo o mundo.
Recostou a cabeça para trás.
O que faria com tudo aquilo que sentia?
Havia uma confusão tão grande em sua
mente, agonia em seu peito que não estava sabendo lidar.
Fitou os olhos azuis...
Deus, o que aconteceria quando a
sentisse por completo?
Segurou-lhe a nuca, trazendo-a para mais
perto de si.
-- Eu quero você... Quero muito... –
Encostou a testa na dela. – Mas eu não acredito que possa esquecer o que
passou...
A Villa Real sabia disso...
Sabia que Diana não gostava de
querê-la e isso doı́a...
Amava-a... Amava-a muito, mas sabia que
seu amor não seria correspondido, pois era a filha de Otávio... Filha do
homem que destruı́ra sua vida.
Por que seus caminhos tiveram que se
cruzar? Mas mesmo assim era estranho se imaginar sem ter conhecido a Calligari,
era como se sua história estivesse incompleta.
Respirou fundo, segurou-lhe o rosto com
ambas as mãos.
Sabia que durante todos aqueles anos
seus passos foram dados em total escuridão... Mas nenhum deles se compararia
àquele que estava prestes a dar.
-- Então odeie-me amanhã, mas hoje apenas
me ame...
Antes que Diana pudesse falar algo para
demonstrar sua total surpresa, sentiu os lábios tocando os seus.
Permaneceu quieta, enquanto Aimê
parecia deliciar-se com a maciez do contato.
Entreabriu-os dando a passagem que ela
buscava... Fechou os olhos para senti-la melhor...
A lı́ngua foi até a dela, insistente...
Instigante...Inocentemente devastadora...
Por um momento teve a impressão que
ingerira todas as bebidas da adega... Embriagou-se com a forma que estava sendo
tocada.
Aos poucos a carı́cia ficava mais voraz,
sensual...
Gemeu quando a lı́ngua foi capturada...
Beijou-a mais, desejando devorar os lábios rosados...
Sem interromper o contato, fê-la sentar
como se montasse um cavalo.
Abraçou-a forte, desejando-a mais e
mais...
Arrepiou-se quando a boca mais uma vez
seguiu por seu pescoço... Os beijos se multiplicavam naquele ponto...
Empertigou-se mais, assim o acesso era
ainda maior.
Sentiu as delicadas mordidas...
Sentiu o sexo pulsar... Sabia que sua
lingerie estava ensopada...
Precisou de todo o controle do mundo
para não a jogar na cama e satisfazer sua própria libido de imediato.
Acariciou as costas macias tentando não
enlouquecer.
Cerrou os dentes ao ver a boca descendo
por seu colo... Beijando a parte superior...
Diana fechou os olhos, empinando mais o
busto, desejando muito mais...
Mexeu-se sob ela agoniada.
Os dedos da Villa Real inspecionava o
sutiã rendado... Parecia meio desajeitada em seu ato, mas mesmo assim mexia
com todos os nervos da major.
Levantou a cabeça ao encontrar o fecho
frontal...
Diana a encarou com a respiração
suspensa...
Temeu que ela tivesse desistido, mas ao
observar o rosto rubro percebeu que havia determinação nele.
Sentiu quando os seios se libertavam da
prisão...
Mordeu o lábio inferior quando sentiu
as mãos macias cobrir os montes redondos...
Aimê lembrou-se de quando estavam na
aldeia e fora banhá-la...
“--
São redondos como laranjas... porém maiores... Estão arrepiados... – Esboçou um
sorriso nervoso. – Os biquinhos não são grandes... mas são sensíveis ao meu
toque...
Diana
segurou-lhe as mãos, conduzindo-as de forma a prolongar as carícias... Seu
corpo, mesmo debilitado, estava em verdadeiro fogo.
--
Precisam ser chupados para aumentarem de tamanho...”
Naquele dia quisera experimentá-los e isso
a assustou demasiadamente.
Usou os polegares para incitar os
mamilos... E não demorou a começar a beijá-los, deliciando-se com a
delicadeza da pele...
Sentiu os biquinhos ousados, passou a
ponta da lı́ngua por eles... Lambendo-os...
A Calligari fechou as mãos tão fortes
que seus dedos doeram.
Deus, teria suplı́cio mais delicioso do
que aquele?
Começou a livrá-la do robe e
enlouqueceu quando viu a camisola praticamente transparente.
O quarto não estava totalmente escuro e
a major preferia assim, pois gostava de acompanhar todas as reações da jovem
amante.
Gemeu de forma dolorida quando a sentiu
mamar de forma mais voraz... Chupava um, enquanto afagava o outro...
Ora usava a lı́ngua, ora usava os
dentes...
A garota cessou os movimentos,
levantando a cabeça para ela.
-- Perdoe-me, juro que não desejei
machucá-la.
Diana lhe segurou a mão, levando até a
própria calcinha, fazendo-a sentir sobre o tecido.
-- Você, não me machucou... – Fê-la
acariciar sobre as rendas. – Mas está fazendo algo com um poder muito maior...
Talvez até destrutivo para os meus parâmetros...
Aimê demonstrava confusão no olhar,
mesmo assim a acariciava e percebia como estava molhada...
Então ela sentia também... também a
queria... Também desejava...
Continuou a tocá-la por cima e logo
adentrou o espaço apertado, mas Diana a deteve.
Tinha consciência da sua fraqueza, sabia
que não suportaria parar se ela prosseguisse com os toques inocentes, não
saberia como parar, pois a queria muito mais que a qualquer outra, muito mais
que a qualquer outro ser que passara por sua vida.
-- Não faça isso agora ou não me
controlarei...
Aimê pareceu confusa, temeu estar
fazendo algo errado, mas não houve muito tempo para pensar naquilo, pois
percebeu que a camisola deslizava por seu corpo, parando em sua cintura.
A Calligari a abraçou, desejado senti-la
naquele momento.
Aimê mordiscou o lábio inferior ao
sentir uma carga elétrica percorrer seu corpo.
-- Diana... – Murmurou. – Nunca senti
nada assim... É muito maior que...
A morena a fitou e logo voltou a
beijá-la, seguindo até a orelha dela, mordiscando.
-- Eu agora só desejo que seja minha...
Só desejo que hoje seja minha mulher... Quero que se entregue para mim, dê-se
a mim...
A filha de Otávio sentiu o corpo
implorar por satisfação.
Não conseguia pensar o que deveria
fazer, mas apenas queria, disso não havia dúvidas.
Soltou um longo suspiro.
-- Eu quero ser sua... E desejo fazê-la
minha...—Mordiscou o lábio inferior -- porém eu não sei apenas como fazer...
Como posso te dar o mesmo prazer que me deu? – Completou em um fio de voz.
Diana voltou a encará-la.
A herdeira de Alexander não pareceu
surpresa com o que ela dizia, afinal, sabia que ela era virgem... Sentira-a
fechada quando a tocara pela primeira vez...
Falou contra os lábios rosados:
-- Não há regras nem manual de
instruções nisso... – Acariciou o mamilo com o polegar. – Faça o que sentir
vontade... Porém se teme não me satisfazer, saiba que até a sua forma de
respirar me enche de prazer...
Aimê já se preparava para protestar
quando sentiu a boca faminta sobre os seios.
Fechou os olhos em total deleite.
Inclinou a cabeça para trás.
Levou as mãos aaos cabelos dela, acariciando
as madeixas e pedindo muito mais.
Os fios sedosos deslizavam por seus
dedos, então os prendeu mais forte para que ela não se afastasse...
Mantinha-a cativa, deliciando-se com o toque.
Estremeceu quando sentiu a lı́ngua
brincar com o mamilo. Adorava aquele contato... Um frenesi lhe sacudiu
internamente.
Tinha a impressão que seu corpo só se
resumia àquele desejo intenso que aumentava cada vez mais dentro de si...
Seu sexo parecia reclamar, implorar por
ela... Escravizado pela vontade de ser conduzido ao prazer animal.
Seu quadril começou a se esfregar sobre
Diana... Parecia necessitado daquele contato...
Movia-se, mexia-se de encontro a ela...
Mas ainda havia muita roupa separando-as.
Usou as mãos para tocar o abdome liso,
seguiu até a calcinha, mas hesitou.
Diana esboçou um sorriso.
-- Faça o que desejar...
Aimê assentiu, enquanto mais uma vez seguia
com os dedos para o interior do tecido fino...
Sentiu tremer novamente, porém ao
sentir o contato com o sexo molhado foi como se uma grande dose de adrenalina
tivesse sido colocada na sua corrente sanguı́nea.
Diana gemeu baixinho...
Fechou os olhos...
A Calligari a deteve de novo. Ajudou-a
ocupar o outro lado do sofá, enquanto se levantava.
Aimê pareceu desolada, imaginando que
mais uma vez tinha feito algo errado, já recolocava as alças da camisola e
ficava de pé, quando foi abraçada pela major.
Diana estava totalmente nua.
Segurou-lhe os cabelos, fazendo-a
fitá-la.
Tomou a boca perdida em paixão.
Ela não parecia mais presa em seus
pensamentos e medos naquele momento, era como se houvesse apenas aquele desejo
de toma-la para si.
Livrou-a da camisola em poucos segundos,
voltando aos lábios, tirando-lhe o fôlego.
As mãos pareciam desejosas de estar em
todos os lugares ao mesmo tempo.
Deslizou a boca pelo pescoço esguio,
mordendo, arrancando gemidos dela, baixou até o colo, parando diante dos
mamilos túmidos.
Aimê se segurou nela...
Acariciou a nuca e os ombros da morena.
Diana seguiu com ela e logo Aimê sentiu
as pernas se encostarem à cama.
Lentamente a Calligari a deitou sobre o
leito.
Fitou a única peça que restava no corpo
sensual da Villa Real.
A peça branca era a única coisa que
ainda mantinha a inocência intacta.
Hesitou por alguns segundos, então
Aimê dobrou uma das pernas e estendeu os braços, chamando-a.
-- Vem, Diana, quero você... Quero ser
sua
O maxilar da Calligari se contraiu.
Nua, no centro do quarto, parecia uma
deusa vingativa que estava pronta para cobrar suas dívidas.
Foi até ela, ajoelhando-se no colchão.
Beijou as pernas longas, seguindo até a
coxa... Parecia paciente em suas carı́cias... Apaixonada...
Aimê prendeu a respiração...
Estremeceu quando os lábios chegaram a sua virilha.
Diana acariciou-a sobre o tecido, mas
logo se livrou dele.
Deitou sobre ela e foi acolhida em meios
às pernas torneadas.
Não havia mais volta agora...
Aimê adorou o contato e não demorou
muito para mexer sob a amada.
-- Sabe que agora estaremos consumando a
nossa união verdadeiramente? – Falou colando os lábios aos dela. – De acordo
com as crendices das minhas tribos, nos tornaremos uma... Tem certeza de que
deseja se unir a uma pagã? – Provocou-a, acariciando as laterais dos seios...
-- Não... mas não quero que pare...
Diana riu.
-- Que bom, porque agora vou fazer o que
sempre desejei desde que a conheci...
Beijou os lábios, mas não se demorou
neles...
Suas mãos e sua boca pareciam desejosas
de explorar todos os lugares...
Aimê estremeceu ao sentir as carı́cias
em seu umbigo e quando a mão começava afagar suas coxas. Não demorou muito
para deslizar a mão por entre elas e começar a tocar a intimidade pulsante.
Assustou-se quando a Calligari acomodou
a cabeça em meio às suas pernas.
A Villa Real apoiou-se nos cotovelos...
Parecia curiosa, mesmo não conseguindo enxergar, sentia-se totalmente exposta
naquela posição, entretanto ansiava pelo mesmo que fora lhe dado da outra vez.
Diana
e encarou por
alguns segundos e
logo a boca
se apossou da
parte mais sensível
do corpo da
herdeira de Ricardo.
Usou os dedos para abri-la mais...
Inspirou o delicioso aroma, esfregou o rosto nela, lambuzando-se...
Ouviu-a gemer e ao fita-la, viu-a apoiar
a cabeça no travesseiro.
Segurou-lhe os quadris, trazendo-a mais
para si...
-- Sinta, Aimê, apenas sinta...
Deslizou a lı́ngua... lambendo-a...
Beijou o sexo estremecido, abocanhou como se desejasse devorá-lo...
A Villa Real estava muito excitada e no
primeiro contato sentiu espasmos se apossar do seu corpo.
Chamou pela Calligari... Gemia com o
nome dela nos lábios.
Diana sabia que ela gozaria rápido,
afinal, a própria major já não controlava o seu prazer, mas antes que isso
acontecesse, desejava fazê-la totalmente sua.
Aimê mordeu o lábio inferior para não
gritar quando a ı́ndia começou a chupá-la mais forte.
Segurou forte o tecido macio da cama
quando teve a pequena fruta preso nos lábios da amante.
Um borbotão de gemidos começava escapar
de sua boca...
De repente sentiu algo incômodo e dolorido
mesclado ao regozijo...
Moveu os quadris, sentindo-a dentro de
si...
Uma lágrima solitária rolou.
Diana a sentiu enrijecer, imaginando que
a machucou...
Permaneceu parada com o indicador dentro
dela... Usou os lábios para voltar a acariciar o sexo, passando a lı́ngua, excitando-a
novamente, então a sentiu se movimentar mais uma vez sob si. Iniciou os
movimentos de vai e vem, enquanto chupava o clitóris... Usou mais um dedo, possuindo-a
com mais paixão...
Ela estava apertada, mas lubrificava
rapidamente...
Ofegante, Aimê não sentia mais a
ardência, apenas se deliciava com a carı́cia e desejava mais, moveu-se contra
ela, esfregou o sexo contra o rosto da amada, adorou o deslizar dentro de si...
Começou a murmurar, sabia que o prazer
total estava próximo, seus lábios diziam palavras sem sentidos...
Mexia-se mais...
Diana deitou sobre ela novamente,
posicionando de forma a unir as intimidades molhadas...
-- Mexa-se comigo, Aimê... Una-se a
mim...
Beijou-a, enquanto cavalgava-a como uma
boa amazona, dançavam o mesmo ritmo, seguiam a mesma mú sica...
Os gemidos se confundiam, as
respirações ofegantes se mesclavam com o ar...
A Calligari tomou as mãos nas suas,
erguendo-a até travesseiro...
Movia-se mais rápido... O atrito dos
sexos se igualava aos sons do prazer...
Ouviu seu nome ser chamado inúmeras
vezes, gritou por ela e não demorou muito para uma explosão de gozo tomar
totalmente suas razões, fazendo-as esquecer que estavam de lados opostos
naquela história.
Uau
ResponderExcluirMaravilhoso ❤️😍
"Então odeie-me amanhã, mas hoje apenas me ame." ahhhhhhh!❤️ foi lindo, perfeito!
ResponderExcluirPerfeito! 😍
ResponderExcluirNossa!!! Que capítulo.
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