A déspota -- Capítulo 8




Eva fora surpreendida pelo beijo e ficou sem reação. Apenas sentiu a delicadeza daqueles lábios tocando no seu. Não fora igual à vez que a juı́za lhe fez, eram diferentes. Aquele sublime, o outro sensual e dominador.

Apenas sentia se mover contra si de forma até inocente. Sentia-os macios, diferente dos que trocara com os namorados que tivera. Continuou na mesma posição, deixando-se se tocar, mesmo que ao fechar os olhos visse olhos tão azuis quanto o céu a ponto de ser assolado por uma tempestade.

Segurou o rosto feminino entre as mãos. Gostava de beijos, sempre fora fã daquele tipo de carícia e a loira, mesmo um pouco desajeitada, fazia-o de forma deliciosa.

-- Espero não está interrompendo nada!

As duas mulheres se separaram ao ouvirem aquela voz arrogante e debochada.

Eva mirou a sua carrasca e viu o sorriso perigoso brincar no canto da boca. Nem seria preciso consultar uma bola de cristal para adivinhar que a raiva estava sendo contida.

Catrina pediu licença e saiu praticamente voando do quarto, enquanto, A filha de Andrello apenas deu de ombros e encarou aqueles olhos que demonstravam muita fúria.

A juı́za se aproximou, sentando-se confortavelmente e de pernas cruzadas na poltrona.

Em seu interior a frieza começava a assumir o lugar das emoções, era sempre assim, porém naquele momento uma fagulha minúscula lhe queimava, ameaçando incendiar todos os recantos.

Respirou fundo!

-- Continue seu show, cigana! – Falou por entre os dentes, ajeitando os óculos.

Eva a fitou desdenhosamente, enquanto cruzava os braços sobre os seios.

Sabia que por trás da tranquilidade exibida por Maria Fernanda havia uma fera pronta para atacar a presa cruelmente, mas não se deixaria intimidar.

-- Não quero! – Respondeu, dando-lhe as costas.

-- Dance para mim, eu quero ver! – Levantou e chegou bem perto dela. – Quero ver até onde chega a sua ousadia. – Sussurrou em seu ouvido. – Anseio por ver o mover dos seus quadris em minha homenagem...

A italiana sentiu um arrepio na espinha. Sabia bem a duplicidade de sentido da última frase e isso fizera com que os seios ficassem doloridos.

-- Dança... Quero que rebole para mim...

A cigana mordeu o lábio inferior, ao sentir as mãos da outra acariciá-la por toda extensão, descendo até a coxa.

Atordoada, afastou-se.

-- Não sou obrigada a nada! – Falou sem olhá-la.

Maria Fernanda a segurou fortemente pelos ombros, virando-a para si.

-- Não brinque comigo! Dance para mim! – Gritou!

-- Não o farei! – Desvencilhou-se da pressão. – E não fale alto comigo, não sou sua empregada! – Seguiu para o outro lado.

A juı́za rapidamente a agarrou violentamente pelo punho e lhe rasgou toda roupa, arrastando-a pelo braço e jogando-a na cama.

Beatrice sentiu o ar faltar nos pulmões.

A filha de Pedro pegou na bolsa algo e seguiu para a cama rapidamente, conseguindo deter a garota que já tentava se levantar. Prendeu os pulsos dela com algemas, um de cada lado da cabeceira.

A italiana quando viu o que a outra tinha lhe feito, começou a se debater irritada, xingava não só em sua lı́ngua, mas na da própria juı́za. A outra exibia um sorriso diabólico. Parecia possuı́da por algum tipo de demônio maligno.

Subiu na cama e começou a tirar o resto da roupa que ainda sobrava naquele corpo, desviou de um chute. Sentou sobre as pernas da morena para coibir os atos, gargalhou da expressão irada da jovem.

-- Solte-me, sua idiota! – Falou sem fôlego. – Contarei tudo isso ao meu pai.

-- Por que? – Estendeu a mão tocando no seio redondo e brincando com o mamilo. – Você adora se exibir para todo mundo, mas nunca o faz para mim. Até  parece que não  sou  digna dos seus encantos. – Pousou a mão sobre o ventre liso da garota.

Eva a via brincar com seu umbigo, depois seguia até os montes redondos e usava o polegar para iniciar uma massagem torturante.

-- Por que não pode se exibir um pouco para mim... – Usou a unha para arranhar o mamilo. – Eu sei que você gosta, eu sinto o aroma do seu corpo...

A italiana rugiu igual um leão.

-- Prefiro me exibir para qualquer um de que o fazer para ti, pirla, mignotta, minchia! – Debatia-se. – Vagabunda, piranha, puta de esquina!

A juíza apenas gargalhava diante do descontrole da outra.

-- Você que sabe! – Levantou-se e começou a arrumar a roupa. – Preciso resolver uma coisinha com sua namoradinha, me espere acordada, amore mio! – Piscou sarcástica. – Ainda não terminamos aqui.

Beatrice gritou para que a soltasse, puxou os braços, mas percebeu que tudo aquilo seria em vão. Só estava se machucando, porém sentia tanta raiva que nem mesmo se importava com as chagas que estava fazendo na própria pele.

O que aquela louca estava pensando em fazer?

Estava ainda mais preocupada com o que a juı́za pretendia fazer com Catrina. Fechou os olhos!

Lembrou do beijo doce que a loira lhe deu, fora como se fosse uma pétala de rosas pousando em sua boca, diferente da déspota que era sempre tão rude em seus toques, mas infelizmente era aquela brusquidão que deixava seu corpo em fogos e se odiava cada vez mais por isso.

 

 

 

 

Maria Fernanda saiu correndo de casa e pegou o jipe.

Não foi difı́cil encontrar a outra andando na estrada escura. Acelerou, freando bem em cima da jovem que se virou assustada.

-- Entra! – Ordenou.

A moça nem pensou em contestar o que lhe fora dito. Parecia assustada. Nem ousou olhar para a tirana que voltava a dirigir e seguia para um lugar ainda mais afastado e escuro.

-- O que eu te disse? – Indagou assim que parou o carro.

Catrina continuou em silêncio.

A juı́za a fitou, ela estava usando todo seu autocontrole para não bater em sua face.

-- Responde, sua vadia! – Bateu com força no volante.

-- Eu não queria fazer nada, eu juro! – Respondeu chorando. – Mas não consegui resistir, a Eva é muito linda. – Encarou os olhos azuis.

Fernanda segurou-lhe pelos cabelos, puxando-a bem perto de si.

-- O que vocês fizeram? – Apertou ainda mais.

A garota gemeu de tanta dor.

-- Não fizemos nada, eu juro. Só a beijei. – Choramingou.

A bela déspota olhou bem dentro daqueles olhos, não conseguia acreditar nas palavras que a outra falava e sentia o sangue ferver ainda mais. Soltou-a e saiu do carro, deu a volta e abriu a porta, agarrando a empregada pelo braço e empurrando-a contra o capô.

A juı́za apesar de ter aquela aparência de frágil, era uma mulher que tinha muita força, aprendera cedo a se defender e a atacar.

-- Você sabe que eu posso fazer o bandido do seu irmão amargar naquela prisão por muito tempo. – Ameaçou com a respiração acelerada. – E se você for falar para alguém eu  acabo com sua vida, vou atrás de ti até no inferno.

-- Eu só a beijei! – Repetiu em desespero.

Maria Fernanda a encarou, sentia um desespero dentro de si.

-- Tira a roupa! – Mandou.

Catrina parecia surpresa com o que a outra lhe pedia, mas diante daquele olhar irado, fez o que lhe foi ordenado. Como a loira usava um vestido, não fora trabalhoso ficar em pelo.

A juı́za mirou-a de baixo para cima, demorando propositalmente no sexo e nos seios cheio.

-- Vamos ver se você é tão boa a ponto de sufocar a excitação que venho sentindo ultimamente.

A empregada ficou petrificada vendo a bela mulher se despir diante de si. Mesmo assustada, não conseguiu controlar o desejo de tocar aquela pele que parecia uma porcelana.

Antes que concluı́sse seus pensamentos, se viu agarrada pela poderosa Lacerda, que parecia pronta para devorá-la e descontar nela toda sua raiva.

 

 

 

 

A herdeira do italiano via o tempo passar e ninguém aparecer. Temia que algo de ruim pudesse ter acontecido.

Como seu pai fora tão louco a ponto de deixar uma descontrolada como a filha do empregado tomar conta de si?

 Se seus cálculos não estavam errados, fazia quase duas horas que Maria Fernanda saı́ra, deixando-a presa àquela cama.

Puxou a mão e mais uma vez sentiu a dor no pulso.

-- Filha de uma mãe!

Aquela maldita pagaria muito caro por tudo o que estava fazendo. Iria ao inferno se fosse preciso para destruí-la. Nunca em sua vida tivera tanta raiva de alguém como estava sentindo agora. Podia-se até falar em um ódio mortal.

Gritou por ajuda.

Mas quem iria até ali para lhe ajudar? Ninguém naquele lugar tinha coragem de enfrentar a infeliz da déspota.

Estava entrando em desespero, quando viu a porta se abrir o ser que mais odiava no mundo entrar.

A juı́za nem mesmo a olhara, seguiu direto para o banheiro.

Ligou o chuveiro e vestida se deixou lavar.

A água fria não conseguia acalmar as batidas do coração. Encostou-se na parede e escorregou até o chão, ficando lá. Ouviu a prisioneira gritar por si.

Amaldiçoava mil vezes o momento que Andrello lhe fizera aquela proposta. Tinha a impressão que fizera um pacto com o Diabo, pois desde esse dia sua vida só ficara cada vez pior.

Não bastava todos os problemas que vinha enfrentando, ainda precisava lidar com a cigana feiticeira.

O brado ensurdecedor vinha mais uma vez dos aposentos.

Irritada, levantou-se, despindo-se, pegou a toalha e em seguida vestiu o roupão.

Eva a observou, semicerrando os olhos escuros. Mirava os cabelos molhados, as bochechas coradas como uma maçã, o nariz arrebitado.

-- O que você fez com a Catrina?

Maria Fernanda parou de frente para ela, franzindo a testa.

-- Comi!

Beatrice não estava entendendo bem o que a outra falou. A viu caminhar para a cama e deitar confortavelmente, parecia que não havia ninguém ao seu lado.

-- Solte-me! – Exigiu.

-- Você vai dormir amarrada e se não parar de me irritar eu colocarei uma mordaça na sua maldita boca. – Falou sem se voltar.

-- Não vou dormir assim. Está doendo meu braço.

A juı́za respirou fundo, levantou, caminhou até a escrivaninha, pegou as chaves das algemas, soltando-a.

Eva sentou, puxou o lençol para cobrir o corpo que estava despido.

-- Sua doida, vou contar ao meu pai sobre essas coisas que você vem fazendo. Tenho certeza que ele jamais vai aceitar algo assim. – Esfregou a parte que estava machucada. – Eu duvido que possa ter o sangue do seu Pedro correndo por suas veias, ele jamais seria pai de um bicho como você.

 A Lacerda não se conteve, mais uma vez perdeu o controle e a atacou sobre o leito, segurando-a pelos pulsos, apertando onde antes a garota massageava.

-- Você não consegue se manter calada?

A cigana a fitou. Valentemente, mergulhou naquele mar azul, percebendo que mais uma vez pareciam perdidos. Ela era tão linda, contraditoriamente teve uma enorme vontade de compreendê-la, entender o que se passava naquela cabeça. Havia uma dor tão profunda presente ali.

-- Por que tanta raiva? – Indagou. – O que se passa contigo?

A tirana percebeu que estava sendo inspecionada profundamente e aquilo a perturbou.

-- Pensei que você só lesse as mãos, cigana! – Desdenhou.

-- Não é preciso ser clarividente para sentir esse ódio que parece está te consumindo.

A juı́za gargalhou de forma debochada.

-- Todos têm ódio, amore mio! Você mesma já deixou bem claro que esse é o sentimento que tens por mim.

-- Sim! Mas eu não destruiria minha própria vida tentando destruir a sua.

Maria Fernanda sentiu um aperto no peito diante daquele olhar que parecia tão inocente. Soltou-lhe, saindo de cima dela e sentando na beirada da cama com o rosto entre as mãos.

Beatrice estendeu a mão para tocá-la, mas se deteve, fechando-a e deitando. Aquela mulher não desejava seu carinho, precisava tirar aquelas ideias de dentro de si. Não deveria nem mesmo cogitar sentir pena de um ser tão cruel.

Respirou fundo e perguntou:

-- O que você fez com a Catrina?

-- Não se preocupe! Sua amada deve estar dormindo confortavelmente na caminha dela. – Respondeu sem se virar.

A italiana ainda pensou em falar mais alguma coisa, porém abriu e fechou a boca e não prenunciou nenhum som.

Era melhor não provocar mais a filha de Pedro, poderia acontecer coisa pior, pois a outra parecia muito descontrolada.

 A juíza levantou, seguiu até um compartimento e de lá tirou uma garrafa de cachaça.

Sentou na poltrona, abriu e começou a beber no próprio gargalo. A déspota parecia apenas desejar mais uma vez se embriagar.

Depois de alguns minutos, ela voltou a falar com a filha do milionário.

-- O que você quer de mim ?

Beatrice não respondeu e nem mesmo descobriu os olhos.

-- Você me acha pior de que todos? Acha que não sou nem digna de te ver dançar? – Continuou. – Você se acha melhor que todo mundo só porque é filha do  Belluti. – Enfatizou o sobrenome.

A garota olhou-a chateada, deveria ignorá-la, mas não conseguiu.

-- Não gosto de ti simplesmente. Não tenho problemas com o fato de você ser filha do tio Pedro, ao contrário, eu gosto muito dele e da sua mãe. Mas de ti não. – Voltou a falar com convicção.

A juı́za gargalhou de forma amarga e deu um grande gole na garrafa.

 Eva levantou um pouco, encostando-se à cabeceira da cama.

Observou a mulher sentada a sua frente. Notou como havia algo de desesperador naquele olhar que já dava sinais de embriaguez. A risada dela era de dor, não havia alegria ali.

-- Se você soubesse... – Parecia falar para si.

A cigana se enrolou no lençol e se levantou.

-- Não quero saber nada que venha de você. – Caminhou com a cabeça erguida para o banheiro. – Não passa de uma doida, isso que você é.

Fernanda fitou a garrafa, parecia ler o rótulo, então falou baixinho:

-- Bem, você poderia adivinhar, cigana!

A jovem Belluti não ouviu o sussurro agoniado da sua tirana.

Ligou o chuveiro e ficou tentando acalmar as batidas do coração. Estava cada vez mais difı́cil resistir àquela déspota. Chegara a pensar que toda a atração que sentia por ela já havia passado, nem mesmo se lembrara da juı́za naqueles dias que a mesma permanecera ausente, porém revê-la fora o suficiente para desencadear aquele sentimento contraditório que buscava ocupar espaço dentro de si.

Terminou de banhar e colocou a camisola que tinha trazido consigo.

Ao sair, ficou surpresa por ver parada bem perto da porta a dona dos seus pensamentos. Os olhares de ambas se cruzaram.

Eva tentou quebrar o contato, porém fora delicadamente detida pelo braço.

-- Deixarei você ir embora, mas antes saberei qual o prazer de me entregar a ti.

Antes que pudesse expressar qualquer tipo de reação, a morena foi abraçada.

-- Sabia que você é a mulher mais linda que já vi em toda minha vida e também é  a única que me provocou tamanho desejo. – Pronunciou aquelas palavras, fitando-a profundamente.

-- Que desejo? – Indagou confusa, mas já sendo tomada por uma grande ansiedade. – Não há nada entre a gente.

-- Está mentindo... – Disse umedecendo o lábios com a língua.

Eva mirava o movimento e tentava não cair naquela sedução.

-- Não há desejo nenhum... Não há nada! – Voltou a negar.

A juíza pousou os lábios em sua orelha, beijou a parte lateral do pescoço, mordiscou-o de leve e falou:

-- Então isso aqui é o quê? – Segurou-lhe a mão e levou-a até seu sexo.

Beatrice sentiu a umidade entre as coxas torneadas.

Deus, por que saber da excitação dela lhe causava um desejo tão grande.

Por alguns segundos permaneceu parada, não moveu um único músculo, mas então a voz baixa continuou a lhe tentar:

-- Não acredito que não sinta o mesmo... Que não tenha o mesmo...

 Eva teve a impressão que seus dedos ganhavam vida, que tinham vontades próprias, então se viu tocando o triângulo tentador, explorando-o, passeando, tendo-o escorregadio. Baixou a cabeça para acompanhar os movimentos dos dedos. Parecia fascinada com aquela nova descoberta.

Via o quadril se mover contra si e isso lhe causou um frenesi.

-- Dio mio! – Mirou o lindo mar azul.

Maria Fernanda sorriu para ela e viu quando aquela boca se aproximava poderosamente da sua. Deixou-se ser tomada e dominada por aqueles lábios que de inı́cio pareciam tı́midos, mais aos poucos foram mostrando uma sensualidade e experiência nunca imaginada pela outra.

A Belletu continuou com os movimentos e buscou penetrá-la, porém a juı́za segurou-lhe a mão.

-- Calma ou vou acabar gozando. – Sussurrou. – Não precisa de pressa, cigana, temos toda a noite para isso. – Baixou as alças da camisola da jovem.—Quero vê-la também...

A filha do milionário sentiu o tecido escorregar por seu corpo, ficando apenas de calcinha. Ficou fascinada ao ver a tirana desamarrar o roupão e ficar completamente nua diante de si.

Engraçado, nunca sentira nada em ver um corpo feminino. Sempre achara normal, mas a primeira vez que viu a juı́za em pelos, sentiu uma vontade louca de tocá-la, acariciá-la. Estendeu o braço e pousou os dedos sobre os seios cheios e redondos. Apertou-os arrancando gemidos da meritı́ssima. Chegou mais perto e depositou um beijo em cada um dos belos montes, depois passou a pontinha da lı́ngua até deixar o mamilo bem intumescido, prendendo-os nos dentes de leve.

Deus, o que estava acontecendo consigo? Desde quando tinha virado lésbica?

Talvez um dos seus ex-noivos estivesse certo quando gritara para todos que a filha do milionário Andrello era uma depravada. Podia realmente gostar tanto de sexo que não se importava se estava a transar com um homem ou com uma mulher.

Maria Fernanda acariciou as longas madeixas pretas, trazendo-a mais perto de si.

Eva levantou os olhos, enquanto começava a chupar avidamente, era excitante ver cada reação da bela Lacerda ao seu toque. O fez sem pressa, saboreava cada pedacinho e dava igual atenção aos dois.

Continuava a degustar, enquanto seus dedos voltava a procurar o sexo escorregadio da juíza.

Ouviu-a gemer e colocou mais pressão. Usava o indicador para fazer círculos, depois juntou mais outro e começou a explorar mais, queria invadi-la, pois era isso que também desejava que fizesse consigo.

Maria Fernanda a levantou pela cintura, abraçando-a e beijando-a novamente até deitá-la na grande cama, não ficou sobre ela, permaneceu de lado, separada alguns poucos centı́metros da jovem.

Fitaram-se demoradamente e a italiana ficou a pensar como desejava se entregar para aquela mulher e aplacar a vontade que crescia mais e mais em seu interior.

-- Às vezes chego a pensar que você é a mesma Eva que tentou o Adão. – Tocou-lhe entre os seios. – Ou deve ser o fato de ser cigana e tem poder para seduzir qualquer um.

Eva observava o corpo da déspota, olhava-a com admiração, viu-a se aproximar com aquele jeito delicioso.

-- Eu te seduzi... – Gemeu ao sentir a boca se apossar do seu colo cheio.

A déspota não perdeu tempo respondendo a indagação. Pôs-se sobre a garota, sentindo o gosto de cada pedacinho daquele corpo. Tirou-lhe a calcinha e fitou embevecida aquela parte maravilhosa. Sentou entre suas pernas, fazendo afastá-las.

Passou os dedos e depois os tirou, mostrando a jovem a grande umidade que ali se encontrava.

Beatrice mexeu o quadril como uma forma de incentivo para que a outra continuasse e foi isso que a juı́za fez. Tocou-a mais uma vez, mas agora demorou um pouco mais, não deixando de olhar para a menina, acompanhando-lhe todas as expressões.

Eva estava enlouquecendo com aquelas carı́cias, nunca na vida experimentara algo tão intenso.

-- O seu sabor é único, sabia? – Lambuzou toda a mão e levou a boca, lambendo tudo.

A cigana se apoiou nos braços, sentando bem próximo da mulher. Segurou-lhe a nuca e a trouxe para si em um beijo apaixonado. Sugou aquela lı́ngua, sentiu o próprio gosto na boca da outra.

-- Quero dar pra você... – Dizia entre suspiros. – Quero muito dar pra você... – Repetia.

A juı́za a trouxe para si, encaixando os corpos de forma que os sexos se tocassem, experimentasse pela primeira vez aquele contato.

A italiana abraçou-a pelo pescoço, buscando uma melhor forma de sentir as deliciosas fricções que enchiam o ambiente com seu som de prazer. Estava quase desfalecendo, mexia o quadril com mais vigor, mas Maria Fernanda a deteve mais uma vez.

-- Calma, cigana! – Falou colando a boca em seu pescoço. – Ainda é cedo para isso.

-- Eu quero você! – Disse sem fôlego. – Quero que isso exploda dentro de mim.

A déspota sorriu e deitou de costas.

-- Eu sou totalmente sua! Só não sei se saberás tomar posse do seu prêmio.

 Eva sorriu com a provocação e decidiu seguir seus instintos.

Começou a lhe beijar os pés, e foi subindo até parar nas belas coxas. Apertou-as, mordeu-as de leve, dobrando-as, separou-as.

Por alguns segundos observou algo que a deixou ainda mais excitada. Baixou a cabeça, mergulhando naquele delicioso pedaço do céu. Aspirou fundo, sentindo aquele delicioso cheiro mexer com toda sua libido.

Abriu bem com as mãos, pousando a boca. Sentiu a textura daquela pele, sugou, se deliciando com aquele mel.

Fernanda inclinou a cabeça para trás, enquanto levava a mão à boca e cravava os dentes nela, tentando controlar o prazer.

Enquanto isso a herdeira de Andrello se aventurava naquele novo mundo.

Nunca na vida se imaginara fazendo algo assim. Até mesmo, confessava, que quando as amigas falavam sobre o sexo lésbico, chegara a sentir nojo. Mas agora entendia como era delicioso ter na boca aquele gosto e ainda era mais perfeito saber que ela era responsável por deixá-la assim.

Maria Fernanda não conseguia mais controlar o tesão. Rebolava loucamente contra ela. Gritou alto quando sentiu ser penetrada não só pelos dedos, mas ao perceber que era a lı́ngua que dançava dentro de si, sentiu que a qualquer momento iria explodir.

Eva percebeu que em breve a outra chegaria ao clı́max e fez algo que jamais chegou a cogitar alguma vez. Deitou-se sobre ela, montando-a, esfregando-se, unindo seus corpos sedentos.

Os movimentos aumentaram, Eva pronunciava em seu idioma, anunciando a chagado de um orgasmo que dominou ambas intensamente.


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