A tutora -- capítulo 17
Alice tirou a roupa e seguiu para o banheiro. Precisava urgente de um banho frio para tentar controlar seu próprio corpo que queimava em desejo pela esposa.
Sob a água fria, seus músculos começaram a relaxar.
Ainda sentia o cheiro dela, ainda estava trêmula diante do contato tão íntimo que tiveram. Sabia que por pouco não cedeu a vontade de se entregar.
Bateu com as mãos abertas na cerâmica.
Passar muito tempo refém daquele sentimento e não permitiria de forma nenhuma que isso continuasse, não poderia deixar que a empresária lhe usasse para conter seu desejo sexual.
Desligou o registro, pegou a toalha rosa e ficou lá parada com ela nas mãos. Estava pensativa, imaginando se retornar ao país fora uma boa escola, mas não poderia passar a vida toda a fugir.
Observou a mão esquerda, em seu dedo ainda havia a marca da aliança.
Meneou a cabeça em irritação. Secou-se, vestiu a camisola e deitou-se.
Em breve iria embora daquele hotel, não se sentia bem em ficar naquele tipo de lugar. Parecia tão frio.
Recordou-se de Maria e Ricardo e desejou vê-los. Ainda se lembrava do aniversário que fizeram para si, foram tão gentis, sempre tão amáveis. Passara todos aqueles anos sem procurar nenhum dos dois porque temia que isso lhe trouxesse lembranças de Amanda, isolara-se de todos que faziam lembrá-la.
Soltou um longo e sofrido suspiro.
Pegou o celular para ligar para Lara, porém desistiu. Estava muito tarde e nem sabia o que dizer a outra. Como explicaria todo aquele problema. Teria que contar toda história, desde o inı́cio até o casamento, não estava com saco para isso.
Lembrou-se dos olhos azuis tão felinos.
A Dervelux estava caçando-a!
Essa era a mais pura verdade. Ela usara toda gentileza para tentar seduzi-la, até mesmo agira de forma diferente, ao invés da arrogância costumeira, encontrara charme puro e isso não era nada bom. Não sabia lidar com essa nova face da arquiteta, e por isso, deveria manter uma distância segura. Sabia muito bem o que a outra aspirava: Sexo e poder!
Já fora usada muitas vezes e em nenhum momento recebera nada bom, sempre que cedia ao desejo, no dia seguinte era totalmente ignorada e humilhada. Apenas uma vez isso não aconteceu, quando a própria Alice a deixara sozinha depois da noite de amor.
-- Não cederei a você, Amanda. Eu também aprendi a jogar o seu joguinho.
Amanda não ligara o celular. Não tinha nenhum interesse de falar com a amante. Ela já estava enchendo o saco, as exigências que ela fizera na boate a tirou do sério. Nenhuma mulher dizia o que a arquiteta devia ou não fazer. Nunca permitira aquele tipo de comportamento, as mulheres lhe serviam para dar-lhe prazer e não para tentar controla-la.
Naquela noite, tinha voltado para mansão. Era bom está em seu quarto, melhor seria está no quarto e na cama da esposa.
Sorriu!
Nada lhe impedia de continuar o casamento, seria muito proveitoso em todos os sentidos. Não gostaria de arriscar que as ações da pupila caı́ssem em mãos erradas e também não queria que a própria mulher caı́sse em outras mãos que não fossem as dela. Porém dessa vez, não poderia usar de chantagens para isso. Qualquer passo em falso e tudo estaria perdido. Sabia que Alice não cederia tão facilmente, mas tinha certeza que a jovem também a desejava, e era isso que usaria a favor de si.
Quem resistiria a Amanda Dervelux?
Ninguém!
Alice acordou com o toque do celular. Abriu os olhos com dificuldade, enquanto tateava em busca do aparelho. Dormira muito tarde, ficara assistindo a um filme que lhe chamara a atenção.
Fitou o número no visor e não reconheceu, mesmo assim atendeu.
-- Alô!
-- Bom dia, Alice!
A voz doce não tinha como ser confundida.
-- Oi, Lara. – Falou sonolenta.
-- Posso ir aı́? Preciso conversar contigo.
A pupila notou uma certa tensão. Teria acontecido algo?
-- Sim, estarei no hotel o dia todo.
-- Então, estou saindo para ir. Vou levar algo para o desjejum.
A garota olhou no visor do celular e percebeu que eram apenas oito horas. Uma Pena! Queria dormir até tarde, mas agora precisaria se aprontar para a chegada da amiga.
Trinta minutos depois, a campainha tocou. Alice vestia um short e uma camiseta.
Lara parecia encantada com a visão. Aquela jovem lhe inspirava um forte desejo.
-- Espero não ter te acordado. – Beijou o rosto da jovem.
-- Não se preocupe.
Ambas sentaram na mesa e a pupila ajudou a outra a distribuir a comida. Havia bolos, pães, iogurte, leite, torradas, queijos, bolos...
-- Nossa, que banquete! -- A garota exclamou sorridente.
-- Gostou? – Lara segurou-lhe a mão.
-- Adorei, confesso que estou morta de fome!
Ambas começaram a comer, até que Alice se manifestou.
-- Queria te pedir desculpas por ontem.
-- O que houve?
A jovem mordiscou o lábio inferior demoradamente, enquanto fitava a companhia.
-- Tive um pequeno problema.
Lara estava intrigada com a história que ainda não conhecia.
-- Com Amanda Dervelux?
-- Você a conhece? – Indagou surpresa.
-- Achas que há alguém no mundo que não a conheça?
Alice ponderou por alguns segundos. Não sabia se era uma boa ideia contar-lhe a verdade, porém achou que a mulher devia saber por sua boca, antes que descobrisse por outros meios.
-- Amanda Dervelux e eu somos casadas.
Lara a fitou incrédula. Nunca imaginara nada do tipo, a arquiteta casada com aquela jovem?
-- Como? Jamais imaginei algo assim. – Comentou com um semblante assustado.
-- Digamos que eu faço parte dos negócios da arquiteta. – Falou com desdém.
A pupila resumiu tudo em poucas palavras, contando os acontecimentos que lhe levaram a está naquela posição. A mulher ouvia tudo e ficava cada vez mais perplexa.
-- Nossa!
-- Essa é toda a história. – Bebeu todo o leite do copo. -- Parece filme livro de terror...
A loira parou durante alguns segundos, sabia que a garota merecia sua sinceridade já que foi tão honesta consigo. Soltando um longo suspiro começou:
-- Sua esposa e eu fomos namoradas há muito tempo. – Lara disparou. – Eu fui usada por meu marido num jogo de poder, tive que conquistar Amanda para poder espionar a empresa da sua famı́lia.
Alice não estava acreditando naquelas palavras, como alguém poderia agir daquele jeito e pior, não imaginava a tutora sendo vı́tima de um plano tão baixo.
-- Mas como pôde fazer isso? – Perguntou indignada.
-- Fui obrigada. – Baixou os olhos. – Conheci Amanda na universidade, ela sempre teve aquele dom de enfeitiçar quem a visse. Começamos um relacionamento, em muito pouco tempo já queria algo sério, um casamento...ela estava totalmente apaixonada por mim...
A pupila levantou-se. Parecia confusa com tudo aquilo que ouvia.
-- Mas como Amanda caiu nessa armadilha? Não combina com o perfil dela.
-- Quando a conheci era apenas uma menina. – Riu. – A Dervelux que você conhece hoje não tem nada a ver com a garota que me envolvi. Essa arrogância, sarcasmo e crueldade vieram depois.
-- Lara, por que se prestou a isso? Pelo que dizes, minha tutora deveria te amar muito...
-- Infelizmente, eu também era jovem, recém-casada. Meu marido era um manipulador e acabou me convencendo.
-- Não consigo acreditar em tudo isso. Jamais pensaria algo assim. E pior, me nego a acreditar que você está viva para contar a história.
-- A herdeira de Arthur não me mataria. Ela tem outros meios para vingar-se. – Riu amarga. – Ela destruiu a empresa do meu marido, me tirou todas as chances de ser uma arquiteta. Sorte que consegui sair do radar dela, ou talvez ela estava muito ocupada para prestar atenção em mim.
Alice sabia com quem ela estava ocupada esse tempo todo.
-- Não sei nem o que dizer. Estou tão confusa.
A outra levantou-se e deu um abraço na jovem.
-- Preciso ir, tenho umas coisas para resolver. Te ligo depois para marcarmos algo. Não quero que tudo isso que falei mude algo entre a gente. Fui tão usada por meu marido, quanto você por Amanda. E acredite, eu já paguei caro por tudo que fiz...
Alice apenas assentiu.
Observou a bela mulher deixar o ambiente. Não sabia nem o que pensar de tudo aquilo que ouvira.
Nunca imaginara que algo tão cruel se passara com a tutora, mas o que não conseguia acreditar é que Amanda já foi um ser humano normal, alguém que sofria como qualquer mortal, alguém que não vivia de manipular os outros. Deve ter sido terrível ser enganada quando estava tão apaixonada. Será que ainda sentia algo por Lara?
Amanda acordou cedo e foi correr um pouco. Sempre que podia cuidava do corpo. Sabia ter sido agraciada pela natureza em todos os sentidos, porém deveria também retribuir o presente divino.
Ao voltar para mansão, tomou um banho, vestiu uma camiseta branca, justa, uma calça preta colada, prendeu os cabelos num coque, pegou as chaves do carro e saiu.
Precisava falar com Ricardo, saber se ele tinha notı́cia do ex-namorado da esposa. Estava preocupada com uma possível reaproximação deles. Sabia que Jonh e o pai eram perigosos e não queria que nada de mal acontecesse a Alice.
Chegou ao apartamento do advogado e ele a recebeu com um abraço.
-- Que honra recebe-la em pleno sábado na minha humilde residência. – Gracejou.
-- Sei... – A arquiteta adentrou o espaço e acomodou-se no sofá.
Ricardo era viúvo, não tinha filhos e morava sozinho.
-- Tenho notı́cias para ti. – O advogado pegou uma pasta e entregou a Amanda.
A tutora ficou por alguns minutos observando as informações contidas naqueles papéis. Uma expressão preocupada surgia no seu belo rosto.
-- Esses caras são bandidos. – Devolveu a pasta. – Como Alice pode se envolver com eles?
Ricardo também se sentou.
-- A sua pupila não ver maldade nas pessoas, minha querida.
-- Não, maldade ela só ver em mim que perco meu tempo tentando protegê-la.
-- A culpa é sua. Se não escondesse seus sentimentos por baixo dessa arrogância toda, ela não pensaria isso.
A arquiteta levantou-se e dirigiu a ele seu olhar mortal.
-- Não tenho nenhum sentimento por ela e se a protejo é porque sei que essa era a vontade do meu pai.
-- Anhan! -- O advogado assentiu com expressão de sarcasmo.
-- Eu não quero mais saber de nada e não suporto essas conversas. Mantenha-se informado dos passos desses bandidos e qualquer coisa os mande para a cadeia. – Deixou o apartamento.
O bom senhor apenas assentiu.
Ele sabia que Amanda fazia tudo para proteger a pupila e não acreditava que era pela memória do pai. Tinha muito medo que ela acabasse sofrendo no final, sua arrogância era algo muito pouco aceito pelas pessoas.
Alice estava respondendo alguns e-mails no computador móvel quando ligaram da recepção do hotel informando que uma mulher desejava vê-la, Amanda Dervelux.
A pupila não se surpreendeu com a visita, mas não sabia se seria uma boa ideia recebe-la ali. Na dúvida, preferiu dizer que não podia atende-la porque estava ocupada.
Na mesma hora o seu celular tocou. Observou o número, era o mesmo de sempre... Apenas ficou lá vendo, esperando que ela desistisse, porém não aconteceu. Soltando um longo suspiro, atendeu.
A voz forte nem esperou o costumeiro cumprimento e já indagou em irritação:
-- Por que não permitiu que eu subisse?
-- Estou ocupada.
-- Preciso falar umas coisas contigo, não precisava ter agido assim.
-- Sinto muito, mas não tenho tempo agora.
Silêncio! Dava apenas para ouvir a respiração da tutora. Deveria está tentando se controlar para não explodir.
-- Jante comigo, hoje. – Pediu.
Alice respirou fundo.
-- Não acho que seja uma boa ideia e realmente, hoje já tenho um compromisso.
-- Com aquela mulher que você estava ontem na boate?
A pupila assustou-se, teria Amanda visto Lara? Provável que não, caso contrário tinha saído esbravejando como um dos cães que guardavam o inferno.
-- Sim! Com ela mesma.
-- Ok!
A jovem ouviu o bipe informando que a chamada tinha sido encerrada.
Sentiu um aperto no peito, desejara tanto aceitar aquele convite, porém acabaria se arrependendo depois. Amanda não era mulher para ela. Precisava esquecê-la urgentemente ou acabaria destruı́da.
A arquiteta voltou para o carro e encostou a cabeça na direção.
Não pensara que seria rechaçada desse jeito, não estava acostumada com esse tipo de comportamento. Como deveria agir? Não sabia por onde começar. Cada vez mais sentia que a pupila escapava por entre suas mãos, não sabia mais o que fazer.
Estaria ela interessada na mulher da boate?
Não! Nem queria imaginar que Alice pudesse ter se apaixonado por outra O toque do celular a tirou das suas divagações.
Atendeu!
-- Amor, onde você está? – Pietra indagou.
-- Resolvendo algumas coisas. – Respondeu sem interesse.
-- Vou passar na mansão à noite para te levar para sair.
Amanda percebeu que a amante agia como se nada tivesse acontecido na noite passada.
-- Não estou interessada. Estou muito cansada.
-- Não aceito resposta negativa. – Fez uma pausa. – Tenho uma surpresa para ti.
A mulher desligou deixando a tutora intrigada. Que surpresa ela poderia ter? Bem, pelo menos não ficaria em casa.
Era melhor aproveitar a receptividade da amante. Assim, esqueceria um pouco da rejeição da pupila.
Alice não queria sair, porém Lara insistira tanto que ela acabou aceitando. Colocou um vestido de noite, soltinho, e com um casaco sobre ele.
Pietra levou Amanda para um restaurante francês, a arquiteta não prestava atenção em nada. Até que a amante se manifestou e pegou-a pela mão.
-- Vem, vamos cumprimentar alguém que está do outro lado.
A contragosto, Amanda acompanhou Pietra até uma mesa afastada.
A tutora gelou quando viu quem estava ali. Lara! Ela estava acompanhada de Alice. Não! Isso só podia ser brincadeira.
A pupila assustou-se ao ver a esposa parada diante dela. Estava pálida. Olhava de uma forma muito estranha para ela.
Lógico, aquele olhar fulminante era para sua acompanhante.
A arquiteta segurou a loira pelo braço, levantando-a da cadeira.
-- O que você está fazendo aqui com minha mulher? – Perguntou por entre os dentes.
A pupila tentou amenizar a situação.
-- Solte-a. – Pediu.
Lara não parecia surpresa em ver a arquiteta, ria ironicamente.
-- Somos amigas!
-- Como ousa aparecer na minha vida depois de todo esse tempo?
--Não apareci na sua vida, estou na vida da sua esposa.
Alice observou os olhos azuis da tutora ficarem totalmente escuros, aquilo não era um bom sinal. Entrou no meio das duas mulheres e fitou Amanda.
-- Vem comigo, por favor.
As palavras da jovem pareceram fazer efeito. Aceitou a mão da esposa e ambas deixaram o restaurante.
Pietra e Lara pareciam não terem gostado do que ocorrera. Estariam elas unidas naquela história?
Amanda deu as chaves do carro para Alice levar. Não se sentia com ânimo para nada. Se sentia abalada por ter encontrado a mulher que destruiu sua vida e ainda por cima vê-la com sua esposa.
Alice apenas dirigia, observou o semblante fechado da tutora. Seguiu para o hotel.
Seguiram em silêncio, até chegarem ao apartamento.
-- Amanda...
-- Você está saindo com Lara? Não consigo acreditar nisso. – Foi até a varanda, parecia sufocada.
-- Somos apenas amigas.
-- Amigas! – Gritou a arquiteta encarando-a. – Você sabe quem é essa mulher?
A pupila assentiu.
-- Você sabe e ainda assim está tendo um caso com ela.
-- Eu não estou tendo um caso com ela e nem com ninguém, apenas saı́mos. Achei ela uma pessoa simpática e só.
A arquiteta segurou-a fortemente pelos braços.
-- Proı́bo que se aproxime dela novamente. – Sacudiu-a. – Está ouvindo. Proı́bo.
A garota conseguiu soltar-se, afastando-se alguns centímetros.
-- Você não é ninguém para me proibir de nada.
-- Você é minha esposa, somos casadas.
-- O mês que vem essa farsa que é nosso casamento já vai ter terminado. – Falou irritada.
-- Eu não vou te dá divórcio nenhum. – Encarou-a. – Esse casamento não vai terminar, enquanto eu não disser que terminou.
-- O seu poder sobre mim está quase acabando e quando acabar, eu mesma irei procurar o melhor advogado do paı́s para me ver livre de ti.
A arquiteta puxou-a para si e beijou-a.
Alice buscou forças para resistir, mas aqueles lábios pressionados aos seus era uma verdadeira tentação. Pouco a pouco foi perdendo a força e cedendo a carı́cia. O beijo não era mais de raiva, era pura paixão.
Amanda sentou no sofá e trouxe a esposa para se acomodar em seu colo. Estava louca para poder tê-la novamente, seu corpo clamava por aquilo. Nunca desejara nada com tanto ı́mpeto, como fazer amor com a mulher que estava em seus braços.
A tutora continuou beijando-a, enquanto descia as alças do vestido, expondo seios lindos. Acariciou-os com as mãos, amassando-os, apertou os biquinhos até tirar um gemido da pupila.
Os carinhos se estenderam pelo abdome firme de Alice e fora descendo até infiltrar-se sobre a calcinha. Os dedos faziam movimentos sobre a peça de roupa, até que sentiu o tecido ensopado.
Alice segurou-lhe a mão, antes que lhe tocasse intimamente.
-- Não!
A arquiteta aprofundou mais o beijo, chupando-lhe a lı́ngua com sofreguidão. Tentava romper as barreiras impostas pela esposa, sabia que ela também a queria, porém parecia receosa em ceder.
Ousada, pegou a mão de Alice e levou até seu próprio prazer que estava muito molhado.
A jovem sentiu um fogo tomar conta de si ao sentir seus dedos dentro da calcinha de Amanda. Ela estava muito molhadinha, deslizou um dedo e penetrou-a, a posição não era tão boa.
Determinada, levantou-se trouxe a esposa para si, encostando-a na parede. Levantou-lhe a perna e começou a penetrar-lhe.
-- Ai, Alice não para... – Gemeu, mexendo os quadris no ritmo daqueles dedos que a estavam deixando louca.
A pupila deu mais impulso as investidas, até ouvi-la gozar loucamente, gritando seu nome.
Amanda precisou apoiar-se na esposa para não cair.
Aquilo não era só sexo, a arquiteta sabia. Com nenhuma outra mulher ela sentia aquele prazer, aquela vontade louca de ficar presa àquele abraço para toda vida.
Tentou beijar Alice, mas a outra afastou-se.
-- Você já teve o que queria. Agora saia e me deixe em paz. – A pupila falou friamente.
-- Quê? – Amanda parecia confusa.
-- Quando sair, feche a porta. Estou cansada, quero dormir.
A arquiteta ficou boquiaberta com o que acabara de ouvir. Viu Alice seguir para o quarto, deixando-a ali como uma qualquer que só fora usada.
Sob a água fria, seus músculos começaram a relaxar.
Ainda sentia o cheiro dela, ainda estava trêmula diante do contato tão íntimo que tiveram. Sabia que por pouco não cedeu a vontade de se entregar.
Bateu com as mãos abertas na cerâmica.
Passar muito tempo refém daquele sentimento e não permitiria de forma nenhuma que isso continuasse, não poderia deixar que a empresária lhe usasse para conter seu desejo sexual.
Desligou o registro, pegou a toalha rosa e ficou lá parada com ela nas mãos. Estava pensativa, imaginando se retornar ao país fora uma boa escola, mas não poderia passar a vida toda a fugir.
Observou a mão esquerda, em seu dedo ainda havia a marca da aliança.
Meneou a cabeça em irritação. Secou-se, vestiu a camisola e deitou-se.
Em breve iria embora daquele hotel, não se sentia bem em ficar naquele tipo de lugar. Parecia tão frio.
Recordou-se de Maria e Ricardo e desejou vê-los. Ainda se lembrava do aniversário que fizeram para si, foram tão gentis, sempre tão amáveis. Passara todos aqueles anos sem procurar nenhum dos dois porque temia que isso lhe trouxesse lembranças de Amanda, isolara-se de todos que faziam lembrá-la.
Soltou um longo e sofrido suspiro.
Pegou o celular para ligar para Lara, porém desistiu. Estava muito tarde e nem sabia o que dizer a outra. Como explicaria todo aquele problema. Teria que contar toda história, desde o inı́cio até o casamento, não estava com saco para isso.
Lembrou-se dos olhos azuis tão felinos.
A Dervelux estava caçando-a!
Essa era a mais pura verdade. Ela usara toda gentileza para tentar seduzi-la, até mesmo agira de forma diferente, ao invés da arrogância costumeira, encontrara charme puro e isso não era nada bom. Não sabia lidar com essa nova face da arquiteta, e por isso, deveria manter uma distância segura. Sabia muito bem o que a outra aspirava: Sexo e poder!
Já fora usada muitas vezes e em nenhum momento recebera nada bom, sempre que cedia ao desejo, no dia seguinte era totalmente ignorada e humilhada. Apenas uma vez isso não aconteceu, quando a própria Alice a deixara sozinha depois da noite de amor.
-- Não cederei a você, Amanda. Eu também aprendi a jogar o seu joguinho.
Amanda não ligara o celular. Não tinha nenhum interesse de falar com a amante. Ela já estava enchendo o saco, as exigências que ela fizera na boate a tirou do sério. Nenhuma mulher dizia o que a arquiteta devia ou não fazer. Nunca permitira aquele tipo de comportamento, as mulheres lhe serviam para dar-lhe prazer e não para tentar controla-la.
Naquela noite, tinha voltado para mansão. Era bom está em seu quarto, melhor seria está no quarto e na cama da esposa.
Sorriu!
Nada lhe impedia de continuar o casamento, seria muito proveitoso em todos os sentidos. Não gostaria de arriscar que as ações da pupila caı́ssem em mãos erradas e também não queria que a própria mulher caı́sse em outras mãos que não fossem as dela. Porém dessa vez, não poderia usar de chantagens para isso. Qualquer passo em falso e tudo estaria perdido. Sabia que Alice não cederia tão facilmente, mas tinha certeza que a jovem também a desejava, e era isso que usaria a favor de si.
Quem resistiria a Amanda Dervelux?
Ninguém!
Alice acordou com o toque do celular. Abriu os olhos com dificuldade, enquanto tateava em busca do aparelho. Dormira muito tarde, ficara assistindo a um filme que lhe chamara a atenção.
Fitou o número no visor e não reconheceu, mesmo assim atendeu.
-- Alô!
-- Bom dia, Alice!
A voz doce não tinha como ser confundida.
-- Oi, Lara. – Falou sonolenta.
-- Posso ir aı́? Preciso conversar contigo.
A pupila notou uma certa tensão. Teria acontecido algo?
-- Sim, estarei no hotel o dia todo.
-- Então, estou saindo para ir. Vou levar algo para o desjejum.
A garota olhou no visor do celular e percebeu que eram apenas oito horas. Uma Pena! Queria dormir até tarde, mas agora precisaria se aprontar para a chegada da amiga.
Trinta minutos depois, a campainha tocou. Alice vestia um short e uma camiseta.
Lara parecia encantada com a visão. Aquela jovem lhe inspirava um forte desejo.
-- Espero não ter te acordado. – Beijou o rosto da jovem.
-- Não se preocupe.
Ambas sentaram na mesa e a pupila ajudou a outra a distribuir a comida. Havia bolos, pães, iogurte, leite, torradas, queijos, bolos...
-- Nossa, que banquete! -- A garota exclamou sorridente.
-- Gostou? – Lara segurou-lhe a mão.
-- Adorei, confesso que estou morta de fome!
Ambas começaram a comer, até que Alice se manifestou.
-- Queria te pedir desculpas por ontem.
-- O que houve?
A jovem mordiscou o lábio inferior demoradamente, enquanto fitava a companhia.
-- Tive um pequeno problema.
Lara estava intrigada com a história que ainda não conhecia.
-- Com Amanda Dervelux?
-- Você a conhece? – Indagou surpresa.
-- Achas que há alguém no mundo que não a conheça?
Alice ponderou por alguns segundos. Não sabia se era uma boa ideia contar-lhe a verdade, porém achou que a mulher devia saber por sua boca, antes que descobrisse por outros meios.
-- Amanda Dervelux e eu somos casadas.
Lara a fitou incrédula. Nunca imaginara nada do tipo, a arquiteta casada com aquela jovem?
-- Como? Jamais imaginei algo assim. – Comentou com um semblante assustado.
-- Digamos que eu faço parte dos negócios da arquiteta. – Falou com desdém.
A pupila resumiu tudo em poucas palavras, contando os acontecimentos que lhe levaram a está naquela posição. A mulher ouvia tudo e ficava cada vez mais perplexa.
-- Nossa!
-- Essa é toda a história. – Bebeu todo o leite do copo. -- Parece filme livro de terror...
A loira parou durante alguns segundos, sabia que a garota merecia sua sinceridade já que foi tão honesta consigo. Soltando um longo suspiro começou:
-- Sua esposa e eu fomos namoradas há muito tempo. – Lara disparou. – Eu fui usada por meu marido num jogo de poder, tive que conquistar Amanda para poder espionar a empresa da sua famı́lia.
Alice não estava acreditando naquelas palavras, como alguém poderia agir daquele jeito e pior, não imaginava a tutora sendo vı́tima de um plano tão baixo.
-- Mas como pôde fazer isso? – Perguntou indignada.
-- Fui obrigada. – Baixou os olhos. – Conheci Amanda na universidade, ela sempre teve aquele dom de enfeitiçar quem a visse. Começamos um relacionamento, em muito pouco tempo já queria algo sério, um casamento...ela estava totalmente apaixonada por mim...
A pupila levantou-se. Parecia confusa com tudo aquilo que ouvia.
-- Mas como Amanda caiu nessa armadilha? Não combina com o perfil dela.
-- Quando a conheci era apenas uma menina. – Riu. – A Dervelux que você conhece hoje não tem nada a ver com a garota que me envolvi. Essa arrogância, sarcasmo e crueldade vieram depois.
-- Lara, por que se prestou a isso? Pelo que dizes, minha tutora deveria te amar muito...
-- Infelizmente, eu também era jovem, recém-casada. Meu marido era um manipulador e acabou me convencendo.
-- Não consigo acreditar em tudo isso. Jamais pensaria algo assim. E pior, me nego a acreditar que você está viva para contar a história.
-- A herdeira de Arthur não me mataria. Ela tem outros meios para vingar-se. – Riu amarga. – Ela destruiu a empresa do meu marido, me tirou todas as chances de ser uma arquiteta. Sorte que consegui sair do radar dela, ou talvez ela estava muito ocupada para prestar atenção em mim.
Alice sabia com quem ela estava ocupada esse tempo todo.
-- Não sei nem o que dizer. Estou tão confusa.
A outra levantou-se e deu um abraço na jovem.
-- Preciso ir, tenho umas coisas para resolver. Te ligo depois para marcarmos algo. Não quero que tudo isso que falei mude algo entre a gente. Fui tão usada por meu marido, quanto você por Amanda. E acredite, eu já paguei caro por tudo que fiz...
Alice apenas assentiu.
Observou a bela mulher deixar o ambiente. Não sabia nem o que pensar de tudo aquilo que ouvira.
Nunca imaginara que algo tão cruel se passara com a tutora, mas o que não conseguia acreditar é que Amanda já foi um ser humano normal, alguém que sofria como qualquer mortal, alguém que não vivia de manipular os outros. Deve ter sido terrível ser enganada quando estava tão apaixonada. Será que ainda sentia algo por Lara?
Amanda acordou cedo e foi correr um pouco. Sempre que podia cuidava do corpo. Sabia ter sido agraciada pela natureza em todos os sentidos, porém deveria também retribuir o presente divino.
Ao voltar para mansão, tomou um banho, vestiu uma camiseta branca, justa, uma calça preta colada, prendeu os cabelos num coque, pegou as chaves do carro e saiu.
Precisava falar com Ricardo, saber se ele tinha notı́cia do ex-namorado da esposa. Estava preocupada com uma possível reaproximação deles. Sabia que Jonh e o pai eram perigosos e não queria que nada de mal acontecesse a Alice.
Chegou ao apartamento do advogado e ele a recebeu com um abraço.
-- Que honra recebe-la em pleno sábado na minha humilde residência. – Gracejou.
-- Sei... – A arquiteta adentrou o espaço e acomodou-se no sofá.
Ricardo era viúvo, não tinha filhos e morava sozinho.
-- Tenho notı́cias para ti. – O advogado pegou uma pasta e entregou a Amanda.
A tutora ficou por alguns minutos observando as informações contidas naqueles papéis. Uma expressão preocupada surgia no seu belo rosto.
-- Esses caras são bandidos. – Devolveu a pasta. – Como Alice pode se envolver com eles?
Ricardo também se sentou.
-- A sua pupila não ver maldade nas pessoas, minha querida.
-- Não, maldade ela só ver em mim que perco meu tempo tentando protegê-la.
-- A culpa é sua. Se não escondesse seus sentimentos por baixo dessa arrogância toda, ela não pensaria isso.
A arquiteta levantou-se e dirigiu a ele seu olhar mortal.
-- Não tenho nenhum sentimento por ela e se a protejo é porque sei que essa era a vontade do meu pai.
-- Anhan! -- O advogado assentiu com expressão de sarcasmo.
-- Eu não quero mais saber de nada e não suporto essas conversas. Mantenha-se informado dos passos desses bandidos e qualquer coisa os mande para a cadeia. – Deixou o apartamento.
O bom senhor apenas assentiu.
Ele sabia que Amanda fazia tudo para proteger a pupila e não acreditava que era pela memória do pai. Tinha muito medo que ela acabasse sofrendo no final, sua arrogância era algo muito pouco aceito pelas pessoas.
Alice estava respondendo alguns e-mails no computador móvel quando ligaram da recepção do hotel informando que uma mulher desejava vê-la, Amanda Dervelux.
A pupila não se surpreendeu com a visita, mas não sabia se seria uma boa ideia recebe-la ali. Na dúvida, preferiu dizer que não podia atende-la porque estava ocupada.
Na mesma hora o seu celular tocou. Observou o número, era o mesmo de sempre... Apenas ficou lá vendo, esperando que ela desistisse, porém não aconteceu. Soltando um longo suspiro, atendeu.
A voz forte nem esperou o costumeiro cumprimento e já indagou em irritação:
-- Por que não permitiu que eu subisse?
-- Estou ocupada.
-- Preciso falar umas coisas contigo, não precisava ter agido assim.
-- Sinto muito, mas não tenho tempo agora.
Silêncio! Dava apenas para ouvir a respiração da tutora. Deveria está tentando se controlar para não explodir.
-- Jante comigo, hoje. – Pediu.
Alice respirou fundo.
-- Não acho que seja uma boa ideia e realmente, hoje já tenho um compromisso.
-- Com aquela mulher que você estava ontem na boate?
A pupila assustou-se, teria Amanda visto Lara? Provável que não, caso contrário tinha saído esbravejando como um dos cães que guardavam o inferno.
-- Sim! Com ela mesma.
-- Ok!
A jovem ouviu o bipe informando que a chamada tinha sido encerrada.
Sentiu um aperto no peito, desejara tanto aceitar aquele convite, porém acabaria se arrependendo depois. Amanda não era mulher para ela. Precisava esquecê-la urgentemente ou acabaria destruı́da.
A arquiteta voltou para o carro e encostou a cabeça na direção.
Não pensara que seria rechaçada desse jeito, não estava acostumada com esse tipo de comportamento. Como deveria agir? Não sabia por onde começar. Cada vez mais sentia que a pupila escapava por entre suas mãos, não sabia mais o que fazer.
Estaria ela interessada na mulher da boate?
Não! Nem queria imaginar que Alice pudesse ter se apaixonado por outra O toque do celular a tirou das suas divagações.
Atendeu!
-- Amor, onde você está? – Pietra indagou.
-- Resolvendo algumas coisas. – Respondeu sem interesse.
-- Vou passar na mansão à noite para te levar para sair.
Amanda percebeu que a amante agia como se nada tivesse acontecido na noite passada.
-- Não estou interessada. Estou muito cansada.
-- Não aceito resposta negativa. – Fez uma pausa. – Tenho uma surpresa para ti.
A mulher desligou deixando a tutora intrigada. Que surpresa ela poderia ter? Bem, pelo menos não ficaria em casa.
Era melhor aproveitar a receptividade da amante. Assim, esqueceria um pouco da rejeição da pupila.
Alice não queria sair, porém Lara insistira tanto que ela acabou aceitando. Colocou um vestido de noite, soltinho, e com um casaco sobre ele.
Pietra levou Amanda para um restaurante francês, a arquiteta não prestava atenção em nada. Até que a amante se manifestou e pegou-a pela mão.
-- Vem, vamos cumprimentar alguém que está do outro lado.
A contragosto, Amanda acompanhou Pietra até uma mesa afastada.
A tutora gelou quando viu quem estava ali. Lara! Ela estava acompanhada de Alice. Não! Isso só podia ser brincadeira.
A pupila assustou-se ao ver a esposa parada diante dela. Estava pálida. Olhava de uma forma muito estranha para ela.
Lógico, aquele olhar fulminante era para sua acompanhante.
A arquiteta segurou a loira pelo braço, levantando-a da cadeira.
-- O que você está fazendo aqui com minha mulher? – Perguntou por entre os dentes.
A pupila tentou amenizar a situação.
-- Solte-a. – Pediu.
Lara não parecia surpresa em ver a arquiteta, ria ironicamente.
-- Somos amigas!
-- Como ousa aparecer na minha vida depois de todo esse tempo?
--Não apareci na sua vida, estou na vida da sua esposa.
Alice observou os olhos azuis da tutora ficarem totalmente escuros, aquilo não era um bom sinal. Entrou no meio das duas mulheres e fitou Amanda.
-- Vem comigo, por favor.
As palavras da jovem pareceram fazer efeito. Aceitou a mão da esposa e ambas deixaram o restaurante.
Pietra e Lara pareciam não terem gostado do que ocorrera. Estariam elas unidas naquela história?
Amanda deu as chaves do carro para Alice levar. Não se sentia com ânimo para nada. Se sentia abalada por ter encontrado a mulher que destruiu sua vida e ainda por cima vê-la com sua esposa.
Alice apenas dirigia, observou o semblante fechado da tutora. Seguiu para o hotel.
Seguiram em silêncio, até chegarem ao apartamento.
-- Amanda...
-- Você está saindo com Lara? Não consigo acreditar nisso. – Foi até a varanda, parecia sufocada.
-- Somos apenas amigas.
-- Amigas! – Gritou a arquiteta encarando-a. – Você sabe quem é essa mulher?
A pupila assentiu.
-- Você sabe e ainda assim está tendo um caso com ela.
-- Eu não estou tendo um caso com ela e nem com ninguém, apenas saı́mos. Achei ela uma pessoa simpática e só.
A arquiteta segurou-a fortemente pelos braços.
-- Proı́bo que se aproxime dela novamente. – Sacudiu-a. – Está ouvindo. Proı́bo.
A garota conseguiu soltar-se, afastando-se alguns centímetros.
-- Você não é ninguém para me proibir de nada.
-- Você é minha esposa, somos casadas.
-- O mês que vem essa farsa que é nosso casamento já vai ter terminado. – Falou irritada.
-- Eu não vou te dá divórcio nenhum. – Encarou-a. – Esse casamento não vai terminar, enquanto eu não disser que terminou.
-- O seu poder sobre mim está quase acabando e quando acabar, eu mesma irei procurar o melhor advogado do paı́s para me ver livre de ti.
A arquiteta puxou-a para si e beijou-a.
Alice buscou forças para resistir, mas aqueles lábios pressionados aos seus era uma verdadeira tentação. Pouco a pouco foi perdendo a força e cedendo a carı́cia. O beijo não era mais de raiva, era pura paixão.
Amanda sentou no sofá e trouxe a esposa para se acomodar em seu colo. Estava louca para poder tê-la novamente, seu corpo clamava por aquilo. Nunca desejara nada com tanto ı́mpeto, como fazer amor com a mulher que estava em seus braços.
A tutora continuou beijando-a, enquanto descia as alças do vestido, expondo seios lindos. Acariciou-os com as mãos, amassando-os, apertou os biquinhos até tirar um gemido da pupila.
Os carinhos se estenderam pelo abdome firme de Alice e fora descendo até infiltrar-se sobre a calcinha. Os dedos faziam movimentos sobre a peça de roupa, até que sentiu o tecido ensopado.
Alice segurou-lhe a mão, antes que lhe tocasse intimamente.
-- Não!
A arquiteta aprofundou mais o beijo, chupando-lhe a lı́ngua com sofreguidão. Tentava romper as barreiras impostas pela esposa, sabia que ela também a queria, porém parecia receosa em ceder.
Ousada, pegou a mão de Alice e levou até seu próprio prazer que estava muito molhado.
A jovem sentiu um fogo tomar conta de si ao sentir seus dedos dentro da calcinha de Amanda. Ela estava muito molhadinha, deslizou um dedo e penetrou-a, a posição não era tão boa.
Determinada, levantou-se trouxe a esposa para si, encostando-a na parede. Levantou-lhe a perna e começou a penetrar-lhe.
-- Ai, Alice não para... – Gemeu, mexendo os quadris no ritmo daqueles dedos que a estavam deixando louca.
A pupila deu mais impulso as investidas, até ouvi-la gozar loucamente, gritando seu nome.
Amanda precisou apoiar-se na esposa para não cair.
Aquilo não era só sexo, a arquiteta sabia. Com nenhuma outra mulher ela sentia aquele prazer, aquela vontade louca de ficar presa àquele abraço para toda vida.
Tentou beijar Alice, mas a outra afastou-se.
-- Você já teve o que queria. Agora saia e me deixe em paz. – A pupila falou friamente.
-- Quê? – Amanda parecia confusa.
-- Quando sair, feche a porta. Estou cansada, quero dormir.
A arquiteta ficou boquiaberta com o que acabara de ouvir. Viu Alice seguir para o quarto, deixando-a ali como uma qualquer que só fora usada.
Simplesmente maravilhoso...arrasando como sempre... Parabéns.. volte logo...merecemos uma maratona de Ge
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