A tutora -- Capítulo 7

                  -- Amor, estás aı́?
                A indagação tirou as jovens do seu momento sensual.
                 Amanda levantou e quase derrubou Alice.
                 -- Vista! – Entregou-lhe o roupão, enquanto arrumava as roupas e os cabelos.
                  Deus, que loucura estava fazendo? Só podia ter enlouquecido! Tinha voltado a ser a adolescente inconsequente do passado.
                 Viu a jovem lá parada a fitá-la, tentou não focar nos seios expostos.
                 --Vista-se! -- Ordenou de novo.
                 -- E se eu não quiser? – A pupila arqueou a sobrancelha de forma desafiadora.
                 Amanda lhe enviou um olhar de advertência.
                 -- Ora, deixe de gracinhas e vista logo isso.
             Ambas se encararam por alguns intermináveis segundos, uma batalha silenciosa, onde a pupila acabou por ceder.
                 Quando viu que a garota já estava vestida, abriu a porta.
                  -- Por que não abriu logo? – Felipe fitou a noiva em desconfiança.
             O jovem observou que sua prometida estava totalmente molhada, em seguida observou a ruiva, deveria ter tomado muito sol, pois seu rosto estava demasiadamente corado.
            Nunca tinha tido o prazer de conhecer a garota, sempre achou que se tratava de uma simples adolescente, nunca passou por sua cabeça que Alice Albuquerque era uma mulher tão bela. Os cabelos afogueados e os olhos extremamente verdes lhe davam uma aparência arisca, seu corpo moldurado pelo roupão destacava suas formas sexy. Realmente, a beleza da outra poderia ser comparada a da própria Amanda.
               -- Imagino que você seja Alice. – Adiantou-se, estendendo-lhe a mão. 
                 A jovem apenas acenou e retribuiu ao cumprimento.
                A Dervelux parecia não gostar do entrosamento entre os dois.
               -- O que você está fazendo aqui? E como sabia que eu estava nesse quarto? – Perguntou sem tentar disfarçar a irritação.
               -- Um dos empregados disse que te viu entrando aqui. – Ele a mirou de cima a baixo. – Você tomou banho vestida? 
                 Alice a olhou, riu sarcasticamente, desafiando a outra.
                -- Eu, eu tive um pequeno acidente. Vamos para o meu quarto.
                -- Espero que não pegue uma pneumonia. -- A pupila falou baixinho.
               A empresária ouviu o comentário e antes de sair lhe enviou um olhar irado.
               A adolescente observou os dois saindo e sentiu uma imensa raiva se apossar de si. 
              Safada! 
            Era o que aquela mulher era, não tinha vergonha na cara. Depois de tudo que tinha acontecido, ela ainda foi capaz de ir com o noivo.
                 Passou a mão pelos cabelos.
                 Como pôde deixar ela lhe tocar?
                  Era óbvio que a filha de Arthur só queria satisfazer sua libido e depois continuar com as grosserias.
                 Jogou-se na cama!
               


              Amanda seguiu para o banheiro. Alguns minutos depois, voltou ao quarto já vestida.
              -- Não lembro de você ter dito o que veio fazer aqui. – Ironizou.
              -- Tivemos um problema na sede de Nova York e você precisa ir para lá resolver tudo.
             A jovem sentiu uma pontada no coração. Não queria se ausentar naquele momento. Nunca se importara de viajar a trabalho, sempre fazia questão de acompanhar de perto todos os negócios, mas agora isso parecia incomodar.
               -- Não tem outra pessoa para ir? – Indagou relutante – Afinal, daqui a pouco mais de duas semanas será a nossa festa de noivado.
                 Felipe a encarou surpreso, aquela não era a mulher que ele conhecia.
           --Quem? Não há ninguém para fazer esse trabalho. Só a presidente da companhia pode resolver as coisas. Quanto à festa, não se preocupe, mamãe já está organizando tudo.
                 -- Ok! Ok! – Impacientou-se. – Quando tenho que viajar?
               -- Seu voo sairá dentro de duas horas. Arrume-se! Já pedi a Maria para arrumar uma pequena mala. Eu te levarei ao aeroporto.
              A tutora ainda pensou em protestar, mas não podia fazer isso, precisava ir. Lembrou dos olhos mais belos que já tinha vistos. Sentiria muita saudade, mas seria melhor manter distância, talvez quando retornasse não sentisse aquele desejo queimando em seu íntimo.


             Alice não virá mais a tutora naquele dia. Já estava tarde e ela permanecia no quarto, tentava se concentrar na leitura de um livro, mas seus pensamentos pareciam ter outros planos.
             Ouviu uma batida na porta, a governanta entrou com uma pequena bandeja com um suco e um sanduı́che.
                -- Menina, você não pode dormir sem comer, mal se alimentou no almoço e agora fica aı́ , lendo.
                  A jovem riu, sentando-se.
               -- Só você, Maria! – Queria perguntar por Amanda, mas não queria mostrar interesse. – Nem pensei que receberia atenção, afinal, sua menina monopoliza todo seu tempo.
                   -- Infelizmente, minha menina, foi viajar com o senhor Felipe e passará alguns dias fora. – Falou, tristemente.
                  Alice não podia acreditar no que estava ouvindo, como Amanda pode viajar com o noivo depois de tudo que acontecera entre ambas. Sentiu uma vontade enorme de esbravejar, mas apenas soltou um longo suspiro.
               Não passou despercebida a governanta a repentina tristeza da garota. Seria Amanda a causa disso?
                 -- Filha, você está bem? – Sentou na cama e segurou as mãos da jovem. – Aconteceu algo? A menina lhe fez alguma coisa?
                  A forma que a governanta falou foi tão carinhosa que a fez lembrar de quando os pais eram vivos. Há quanto tempo não recebe esse tipo de afeto?
                    Uma lágrima rolou pelo rosto.
                   -- Estou... estou com saudades do meu namorado. – Completou.
                  -- Oh, minha linda, pois não se preocupe. A partir de amanhã vou deixar que fales com ele pelo telefone. Não precisa ficar assim.
                    Alice ensaiou um sorriso, mas sabia que sua dor não era essa e logo recebia um reconfortante abraço de Maria.
                    Por que sentia-se tão fragilizada? Por que desde que olhos para aqueles olhos azuis tudo parecia ter seguido um rumo tão diferente? Talvez fosse aquele a primeira vez que se sentia assim. Parecia que os hormônios tinham entrado em ebulição e não havia nada que os retardassem. Agora entendia quando as amigas falavam do desejo sexual, mas ainda não entendia a razão de senti-lo exatamente pela Dervelux.
                    Sentia os carinhos na cabeça e fechou os olhos aproveitando, tentando esquecer as angústias que lhe perturbavam. 




                 Há quase duas semanas, Amanda estava viajando, dentro de dois dias seria sua festa de noivado, porém sua cabeça só pensava em Alice. Ligara várias vezes pedira para falar com a jovem, porém a insolente se negara a atender, sempre inventando uma desculpa.
                A arquiteta chegou ao quarto de hotel, deitou-se na poltrona. Estava cansada, já era quase noite e logo mais teria um jantar de negócios. O ritmo estava bastante corrido, não havia muito tempo para fazer nada a não ser trabalhar.
                    Tocou a medalha de ouro que carregava no pescoço. Fora presente dos pais quando completar quinze anos.
                    Talvez as coisas fossem diferentes se não os tivessem perdido tão cedo. Ainda doía aquela ausência e buscava se ocupar ao máximo para não se entregar a saudades e ao desespero. Muito jovem precisara assumir uma herança bilionária, precisando lutar dia após dia para que os empregados continuassem a ter seus empregos. Há dois anos houve uma fralde milionária e por essa razão ela fazia questão de acompanhar tudo de perto, temendo que de uma hora para outra pudesse perder tudo que fora construído por sua família.
                        Olhou para o balde com vinho que a camareira tinha deixado lá, poderia tomar uma taça, mas achou melhor permanecer totalmente sóbria.
                         Ouviu o toque do celular. A imagem do advogado apareceu no visor. O que poderia ter se passado agora?
                     -- O que houve?
                     -- Boa tarde para você também. -- O homem disse em provocação.
                     -- Não estou com muita paciência. – Avisou.
                     -- Pois eu tenho uma notı́cia que vai esgotá-la de uma vez.
                     -- Deixe de enrolar, o que aconteceu? – Sentou-se.
                    Um silêncio se fez, depois o advogado falou:
                     -- O namorado da menina Alice entrou com uma petição para anular sua tutela sobre ela.
                   -- O quê? – Levantou-se, furiosa. – Quem esse moleque pensa que é? Com quem ele acha que está lidando?
                   -- De acordo com o advogado que o representa, isso é de consentimento da sua pupila. – O advogado ouviu vários palavrões do outro lado da linha. – Quando você volta?
                     -- Depois de amanhã.
                     -- No dia da festa de noivado? Tão em cima.
                     -- Estou pouco me importando com essa festa!
                     -- Amanda, você mesma reclamou várias vezes por ter a incumbência de cuidar de uma adolescente, essa seria uma boa oportunidade para se livrar...
                     A Dervelux respirou fundo, enquanto apertava o aparelho.
                     -- E as ações? E a sociedade? Acha mesmo que abrirei mão do que minha família construiu?
                   Ricardo soltou um longo suspiro.
                   -- Sua sogra não vai gosta de você chegar no dia da festa.
             -- Ora, e o que isso tem a verw – Deu uma pausa. – Alice deverá comparecer à festa. Providencie isso. —Encerrou a chamada.
              Estava queimando de tanta raiva, como aquela fedelha cretina teve coragem de tramar ás suas costas. Depois de tudo que havia acontecido entre elas, como ousou continuar se relacionando com aquele garoto imbecil. Mas se eles estavam pensando que iria se dá bem, estavam muito enganados. Ninguém desafiava Amanda Dervelux e saia vitorioso. Iria dar uma lição em Alice. Uma que ela nunca mais iria esquecer.
                  Seguiu até a garrafa de vinho, encheu a taça e bebeu de uma vez.
                  Se estivesse diante daquela pirralha naquele momento seria capaz de espancá-la até não aguentar mais.
                  Lembrou-se dos olhos tão verdes a desafiá-la e da maciez dos lábios rosados.
                  Cerrou os dentes, enquanto passava a mão nos cabelos.
                  Seu corpo reagia à lembrança da ruiva, mesmo que soubesse que não deveria continuar a desejá-la.
                  Mais uma vez encheu a taça, porém dessa vez tomava o líquido devagar.
                  Era uma mulher de vinte e três, sempre fora muito responsável, não poderia se deixar levar pela paixão. Em breve se casaria e as fusões das empresas seria um ápice para a marca Dervelux.
                 




             No dia da festa, toda alta sociedade estava presente. Uma ala fora reservada para os jornalistas. Não podia ser diferente, as duas famı́lias mais poderosas do paı́s se uniriam com o casamento que em breve aconteceria.
                    O lugar escolhido para a festa era um antigo palácio, a decoração em dourado refletia a riqueza dos presentes.
                Quando Amanda Dervelux entrou no salão todos os olhares se direcionaram para ela. Uns com desejo, outras com inveja da beleza daquela mulher. A tutora usava um vestido longo e azul, que combina com os seus belos olhos, colado ao corpo. Um decote generoso, exibia seios perfeitos. Os cabelos estavam soltos, deixando ainda mais perfeita. Era a própria Afrodite!
               Ela exibia sorrisos, estava de mãos dadas com Felipe, conversava com alguns empresários. Havia bastante convidados de outros países, parceiros comerciais que pareciam felizes em saber que a fusão das empresas em breve aconteceria.
                  -- E os filhos já foram planejados? -- Um senhor idoso questionava. -- Devem pensar nisso, Arthur mesmo fez uma filha com visão de futuro, mesmo não sendo um varão.
                  A empresária esboçou um sorriso educado.
                  -- Nos dias de hoje não há muita diferença entre gêneros, as mulheres estão buscando cada vez mais seus espaços.
                 -- Eu entendo, mas prefiro as mulheres cuidando dos filhos, em casa, você não acha, Felipe?
                 O rapaz levou a mão da noiva aos lábios.
                 -- Estou de acordo com a Amanda, acho que as mulheres devem fazer o que as deixarem felizes.
                  -- Acho que você está sendo diplomata na sua resposta!
                  A conversa continuou animada até os olhos azuis verem os convidados que acabavam de chegar.
               Alice adentrava o salão. Estava maravilhosa! Usava um vestido branco sem alça que chegava um pouco acima do joelho, deixando a mostra pernas lindas e torneadas. Os cabelos flamejantes estavam presos num coque discreto, usava uma maquiagem leve que destacava a beleza dos seus olhos.
                      Não era uma pirralha, era uma mulher linda.
                     Recebeu a taça que o noivo lhe entregava, continuando a mirar a bela jovem.
                 Tudo estaria perfeito se ela não estivesse de braços dados com o maldito namoradinho. Não a tinha visto ainda porque tivera que se arrumar na casa de Felipe, não tinha passado na mansão. Mas vê-la naquele momento lhe despertava todas as sensações adormecidas e uma pior, a raiva.
                 Uma mulher se aproximou querendo ver o anel de diamante que ela tinha sido presenteada, então precisou usar novamente da gentileza.


                   A pupila foi atraı́da por uma figura que a encarava. Sua tutora!
              Seria possível que alguém pudesse ficar mais bela a cada dia que passava, ela estava perfeita, linda naquele vestido que a deixava ainda mais sensual.
                   Sentiu os seios doerem ao se recordar do último encontro das duas.
                   -- Aqui só tem gente milionária.
                   A voz do namorado lhe tirou dos seus pensamentos.
                   -- Ah, sim, são pessoas vazias que só pensam no dinheiro e no poder.
                 Não queria ter ido àquela festa, mas foi obrigada a comparecer. Convidara o namorado para lhe acompanhar, porque assim não se sentiria tão mal, mas ver Amanda de braços dados com aquele idiota a estava deixando arrasada.
                   Não queria vê-la, não desejava estar no mesmo lugar que ela, pois temia não resistir ao desejo que crescia em seu íntimo.
                    Sentiu o beijo rápido e isso fora incômodo.
                    -- Nossa festa será assim?
                    -- Eu espero que não, me sentiria mal com toda essa gente vazia.
                    -- Sua tutora é muito poderosa, soube que o casamento dela é apenas negócios. Acho que ela dever fria na cama.
                    O olhar de reprovação de Alice fez com que o namorado ficasse calado.
                    A última coisa que desejava imaginar era a filha de Arthur fazendo sexo com o noivo.
                    Levantou a cabeça e novamente encontrou os olhos azuis a lhe fuzilar, ignorando-a, aceitou o convite de Jonh para dançar.




                     A festa continuava e todos pareciam cada vez mais animados. Comida boa e as melhores bebidas não paravam de ser servidas.
                   Entre danças e conversas sobre negócios, à noite ia passando e a tutora não estava mais aguentando ver Alice dançando com o namorado.
                    Tinha pedido licença da mesa que ocupava e fora até onde a pupila estava. Incentivada pelo álcool que já tinha ingerido, teve coragem de ir lá.
                      -- Solte-a! – Exigiu, interrompendo a dança do casal.
                       Jonh pareceu confuso com a chegada da arquiteta.
                      -- Volte para o Felipe, senhorita Dervelux. – A pupila segurou na mão do namorado e seguiu para o jardim.
                   Amanda estava com tanto ódio que nem ao menos lembrou que estava na festa do próprio noivado. Pediu que um segurança a acompanhasse e seguiu no encalço do casalzinho.
                    O lugar onde os dois escolheram para ficar estava vazio.
                O guarda costas segurou Jonh discretamente, enquanto Amanda arrastava Alice pelo jardim.
                 -- Você enlouqueceu de vez foi? – A jovem tentava se soltar, mas as tentativas foram em vão. -- Você é uma doida!
              A arquiteta abriu a porta do veículo e a empurrou para dentro, travando em seguida. Entrou pelo lado do motorista e deu partida, saindo em alta velocidade.
                   -- Eu quero que você pare esse carro e me deixe sair.
                   -- Fique calada! – Gritou! – Para o seu próprio bem, mantenha essa boca fechada.
                   A ruiva mirou o perfil endurecido e pensou se seria uma boa ideia desafiá-la.
                 Alice preferiu não arriscar a própria vida, levando em conta como a outra dirigia como se estivesse participando de uma corrida.
                   Depois de alguns minutos, o carro parou em frente a um prédio.
                  A tutora desceu, abriu a porta e saiu puxando a pupila pelo braço. Entraram num elevador e chegaram a uma cobertura muito bem decorada.
                  -- Solte-me. —Desvencilhou-se das mãos da outra. – Você perdeu o juı́zo? -- Questionava, enquanto alesava a parte que agora aparecia roxa em seu pulso.
                -- Você quem perdeu o juı́zo. – Segurou-a fortemente pelos ombros. – Quem mandou você levar seu namoradinho para minha festa? Quem te deu permissão para ficar se agarrando com ele como uma vadia, como uma qualquer.
               Alice ficou furiosa com as palavras proferidas pela arquiteta, soltou-se de suas mãos e esbofeteou-a com toda força que tinha.
                    A empresária cambaleou.
                  Sentiu sua raiva aumentar ainda mais depois de sentir o golpe. Descontrolada, segurou no vestido da jovem e o rasgou. Deixando a menina apenas com calcinha e uma meia calça.
                   Os olhos verdes se abriram em espanto, enquanto tentava cobrir os seios, mas não teve tempo para isso, pois a filha de Arthur saiu puxando-a pelo braço até o quarto, jogando-a na cama, violentamente.
                   --Você é uma louca. Desequilibrada. – A jovem se encolheu na cama. -- Uma cadela, uma cachorra de rua! -- Gritava.
                  -- Você ainda não viu nada. – Lentamente tirou o vestido, ficando apenas com uma lingerie e cinta liga preta. – Como pensou que poderia comigo? Que anularia a cláusula que me faz sua dona? Não deve me conhecer ou subestimou meu poder.
              A pupila não conseguia se concentrar nas palavras ditas, mesmo o quarto estando na penumbra, poderia ver perfeitamente aquela deusa da sensualidade, encarando-a com aquele sorriso sarcástico e perigoso.
                      -- Você precisa voltar para a festa. – Tentou argumentar.
                   -- Não! – Aproximou-se da cama. – Hoje, ninguém vai impedir-me de fazer o que eu tanto desejo. O que está me queimando por dentro, me deixando completamente louca. – Tocou-lhe os cabelos, trazendo-a para si. Até que ambas estivessem de joelhos sobre o colchão. – Vou mostrar para ti que sou um milhão de vezes melhor que seu namoradinho estupido. – Apertou-lhe o biquinho do seio, arrancando gemidos da jovem. – Sabia que eu sou louca por eles? Desde aquele dia que os vi, desejo fazer milhões de coisas com ele. – Começou a lambê-lo e logo chupá-los.
                        A pupila nada disse, apenas observava como a boca bonita explorava sua pele, passeando por suas sardas e mordiscando o mamilo. Viu a língua lhe massagear e açoitar e fechou os olhos em puro deleite.
                        Ela sabia que aquilo não podia continuar, mas de onde tiraria forças para detê-la.
                       Cerrou os dentes para não gemer, fitou os olhos que não lhe abandonava a face.
                       -- Eu sei que você gosta e sei que quer tanto quanto eu... -- A empresária dizia.
                     Alice segurou-lhe a cabeça fazendo-a prolongar o contato. Como era delicioso aquela boca lhe devorando todo o colo, estimulando-o, ora de forma delicada, ora com maior brusquidão.
                 -- Por favor... – Implorou, sem ao menos saber o que queria.
                  A tutora parou, e a encarou com aqueles olhos de gata.
            -- Tire o resto de roupa que ainda cobre seu corpo. – Deitou-se, olhando-a de forma desafiadora. -- Não quero transar com uma pirralha, quero uma mulher.
                 A pupila observava-a e sentia o desejo aumentar ainda mais. Não era certo, deveria simplesmente se negar a continuar com aquele jogo, mas havia algo que a impulsionava, que a atraia perigosamente à filha de Arthur.
                  -- Achas que não sou capaz disso? – Levantou-se.
                 A Dervelux levou a mão ao próprio sexo, sentindo-o molhado, implorando por satisfação. Não lembrava ter experimentado uma vontade tão descontrolada.
                   Não conseguia não observar a pupila, via o ar petulante lhe guiar os movimentos, ouviu a voz rouca, mas firme:
                  -- Nada temo, tutora!
                  Em poucos minutos estava totalmente despida.
                 – Vês? Achas que sou uma menina? – Aproximou-se da cama.
                 Não, ela não era, verdadeiramente nada tinha de uma moleca, tentou tocá-la.
                – Agora é a sua vez. Quero você nua, mas nua para mim, só para mim! -- Empurrou-lhe a mão. 
               Amanda sentiu-se ficar ainda mais excitada com aquelas palavras. Fez o que lhe foi mandado e chegou bem perto da jovem... quando seus corpos se tocaram parecia que uma descarga elétrica invadia cada parte de si.
               Alice colou as bocas e começou sugar-lhe lı́ngua, mordiscando-a, chupando-a. Encostou-se na cama, mas a tutora foi mais rápida e antes que a outra deitasse, posicionou-se na suas costas. Beijando-lhe o pescoço, esfregando o sexo ensopado nas nádegas rosadas.
                 Puxou-lhe o cabelo para conseguir mais rendição. Passeava a mão pelos seios, pela barriga lisa, levantou-lhe uma perna, colocando sobre a cama, deixando-a bem abertinha para facilitar as carı́cias.
               A pupila gemeu alto quando sentiu a mão deslizar por todo seu sexo. Rebolou contra, sentindo-a colada as suas costas.
                -- Amanda... Ain...
               -- Hun, como você tá molhadinha. – Fez movimentos circulares.—Sentes como meus dedos deslizam? – Sussurrou-lhe no ouvido.
                A garota baixou a vista e pôde ver o polegar esfregando-lhe a carne, provocando-a. Era hipnotizante o jeito que estava sendo tocada.
                 -- Hun, tá me deixando louca de tanto tesão.
                -- Deixa eu chupar essa bucetinha gostosa, deixa minha lı́ngua lamber todo esse mel que está escorrendo.
              Excitada ao extremo, Alice deitou-se e afastou as pernas para dá livre acesso. Segurou o travesseiro contra o rosto para abafar os gemidos altos, quando sentiu seu sexo sendo chupado, “ Ai como era bom”, ora lambido, pensou que fosse morrer, estava a ponto de gozar quando sentiu-se invadida delicadamente por algo, só não conseguia saber se eram os dedos da empresária ou a lı́ngua. Retirou o travesseiro e se inclinou para ver as ações da outra.
                 A tutora continuou com os carinhos e a encarou, com aquela cara de safada.
              -- Alice, você é virgem? – Continuou forçando a entrada. – Eu deveria parar, mas isso só me deixa mais louca de desejo por ti.
             A pupila assentiu e começou um movimento de vai e vem bem de leve no inı́cio, porém quando o pequeno incômodo deu lugar a um prazer indescritível, ela acelerou mais e pediu, implorou que lhe tomasse e Amanda lhe deu.  Deu até  a outra gritar num delicioso orgasmo. A tutora sugou-lhe todo o mel, deitando-se sobre a jovem, beijando-a, sentindo o deliciosos sabor dos lábios.
             Alice sentia os tremores irem acalmando pouco a pouco, até sentir seu desejo reacender com aquele corpo colado ao seu. Num movimento rápido, postou-se por cima da arquiteta. Tocando-lhe.
              -- Eu quero você, Amanda Dervelux. – Falou-lhe, lhe mordiscando a pontinha da orelha. – Quero que você dê tudo para mim.
               -- Você quer que eu te dê? Quer?
                 -- Sim. – Ajoelhou-se entre as pernas da amante.
                    Amanda afastou os joelhos e a encarou.
                    -- Sou toda sua. Pode me usar da forma que você desejar.
                A pupila não se fez de rogada, passou o dedo maior pelo sexo todo molhadinho e depois o levou a boca.
                  – Que delı́cia, seu sabor é divino.
              -- Ela é toda sua. – Amanda conduziu a cabeça da jovem bem próximo do centro do seu desejo. – Sabe que sempre que lembrava da sua boca, eu imaginava bem aı́, me chupando, me lambendo.
               -- Então deixa eu chupar essa buceta gostosa para você ver que na vida real é mil vezes melhor que na imaginação.
              Alice mordiscou de leve o clitóris, passou a ponta da lı́ngua neles e continuou com as alternâncias. Enquanto chupava com perı́cia, penetrava-a, inicialmente com um dedo, mas Amanda pedia mais e ela a atendia prontamente.
                 -- Ain, faz mais forte, fode mais forte, mais forte. – A arquiteta mexia os quadris, descontrolada. – Me faz gozar, me faz gozar gostoso.
                     A pupila realizou o desejo da sua tutora e foi privilegiada por gemidos maravilhosos e um mel que poderia ser comparado com o próprio néctar dos deuses.


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