A Fera ferida -- Capítulo 18



                  Elizabeth levantou-se, tentou tocar em Julia, mas a garota recuou.

                 Sentiu o corpo reagir ao olhá-la. Era uma mulher muito linda e ainda conseguia se recordar da forma deliciosa como ela se movia contra si, como rebolava sobre seu desejo perturbador.

                 Fitou os móveis, não se importaria em tomá-la naquela mesma hora, encostando-a em uma parede daquelas, possuindo-a.

                 Aproximou-se, tentando acariciá-la, mas foi repelida. 

               -- Você só me terá quando eu tiver a certeza que não vão tirar a Anny de mim. – Decretou.                    A empresária esticou a mão mesmo assim e tocou no seio da doutora. Usou o polegar para incitá-lo até vê-la estreitar os olhos, sabia que ela também a queria, sabia que a desejava.

               -- Ninguém vai lhe tirar a menina. – Falou rouca. -- Sabe que tenho poder para isso.

               Júlia percebeu que ela queria, via isso naquela expressão arrogante, era como uma fraqueza, via-a muito bem e usaria isso ao seu favor.

                -- Quero isso por escrito ou não terá acordo. – Segurou-lhe a mão. -- Desejo que me prove que terei essa segurança, só assim darei o que você tanto quer.

              A empresária não conseguia raciocinar claramente. Seu cérebro parecia ter desligado todas as funções e apenas a parte do desejo imperava. Queria aquela mulher loucamente, precisava apagar aquele incêndio que sentia dentro de si, nem mesmo saber que ela tinha se relacionado com seu noivo aplacava a vontade de tê-la.

                Fitou-a demoradamente.

                Poderia passar a vida a fitá-la.

              -- Farei como desejar. – Chegou mais perto. – Mas antes preciso ver se a mercadoria é tão boa quanto a aparência mostra.

               A mãe de Anny foi surpreendida por um abraço e aquilo não era algo que estava preparada para receber. Infelizmente, se sentia totalmente atraı́da por aquela mulher e seu toque era algo muito perigoso.

               Sentia os beijos em seu pescoço, as mãos que desceram até seu bumbum, apertando-a a ponto de sentir as unhas lhe ferir a pele. Os seios redondos foram esmagados contra o tecido da blusa que a empresária usava.

                   Cerrou os dentes para não gemer quando os dedos longos passearam por suas coxas.

                   Fechou os olhos. Seria firme, não cairia naquela teia de sedução, não tão facilmente.

                  -- E então temos um acordo? – Pronunciou bem perto da orelha da outra. 

                  A empresária a fitou.

             Teria como não aceitar? Impossível! Naquele momento sua cabeça só  pensava no sabor daqueles lábios, no gosto de sua pele.

                 -- Sim! – Tentou beijá-la. 

                  A garota afastou-se, mesmo diante do olhar irado. Buscou as roupas e logo começava a vesti-la. Precisava ser prática naquele momento. Não teria ido até ali se não soubesse que era a única saída para o seu desespero.

                 -- Quero tudo por escrito, aı́ você vai poder me ter da forma que desejar.

            Elizabeth riu da situação. Aquilo só podia ser brincadeira, estava louca de tesão e Júlia acabara de se trocar diante do seu olhar faminto.

                  Tentou recompor-se, sentando-se na poltrona de couro, enquanto cruzava elegantemente as penas.

                Pelo que percebia a mãe do ex-noivo já começava a mexer os pauzinhos para conseguir tirar a herdeira da fisioterapeuta. Poderia permitir, afinal, Júlia não merecia sua ajuda, fora cruel e traíra seus sentimentos quando estivera na ilha e fingira não a conhecer.

                  Mirou os olhos tão claros a encará-la.

                  Óbvio que ela não confiava em si, caso contrário não pediria uma prova concreta.

                  -- Vai transar por vontade? -- Provocou-a. -- Vai ficar molhadinha quando a minha língua deslizar dentro do seu corpo.

                  O vermelho tingiu a face da fisioterapeuta e não conseguiu responder, desviando o olhar.                      Elizabeth deu de ombros.

               -- Amanhã mesmo você terá o documento por escrito. Além de ficar com a Anny, tem mais alguma coisa que deseja acrescentar ao acordo?

               -- Sim! – Pegou a bolsa. – Uma das cláusulas tem que deixar claro que só haverá sexo, nada mais do que isso e eu não serei obrigada a gostar, mas prometo fingir bem... Você nem vai perceber que estou me sacrificando.

               Sem mais, a doutora saiu.

             A mimada Terzak não gostou muito do que ouvira, mas não demonstraria. Tinha um propósito e o levaria até o fim.

                 Usaria aquela mulher do mesmo jeito que se usa uma dessas cadelas das ruas.







                 Júlia sabia que não tinha volta. Estava diante do espelho do elevador elegante e conseguia ver como continuava com a face corada diante da provocação ousada que recebera. Sabia que a filha de Alex lhe humilharia, tinha certeza que aquela história seria terrível, mas estava disposta a pagar qualquer preço para proteger a filha.













                  A sala de reunião das empresas Terzaks estava bastante movimentada naquele dia. 

               Elizabeth precisara se ausentar durante uma semana para resolver problemas, porém deixara o assistente encarregado de resolver as questões jurídicas sobre Anny. Estava ansiosa para o retorno, ansiante de voltar a ver a fisioterapeuta e colocar seu orgulho pelo chão.

                Caminhava pelos corredores e logo seguia o seu caminho.

            Júlia a viu entrar e prendeu a respiração. Imaginou que ela não chegaria naquele dia, ainda tivera essa ilusão que o voo de retorno fosse cancelado.

                Soltou um longo suspiro ao vê-la sentar ao seu lado, quando deveria ocupar a cadeira da presidência. O cheiro do perfume feminino invadiu seu olfato e temeu sufocar. Sentiu a perna dela roçar na sua acidentalmente e um arrepio percorreu sua espinha. 

                Os olhares se encontraram e logo viu o arquear de sobrancelha da filha do magnata.

                Focou sua atenção nos presentes.

                Estava diante de Rafael, um tabelião, um advogado e a própria Elizabeth. Mais uma vez sua noite fora difı́cil. Não conseguira conciliar o sono, em sua cabeça passava tanta coisa que temeu explodir os neurônios. Pensava na possibilidade de perder a sobrinha e isso a assustava.

                 Viu o olhar insistente da bela empresária em sua direção, ela estava tão próxima que poderia notar como eram brancos aqueles dentes perfeitos.

                  -- Senhorita Wasten?

                  A voz do tabelião lhe tirou dos seus pensamentos

                  Ela pediu desculpas e aceitou a folha que lhe era entregue.

               Agora estava ali, lendo e tentando esconder o horror ao se deparar com cada cláusula daquele documento. Como um ser humano se prestava para algo tão sujo? Não havia dúvidas. Iria fazer o papel de prostituta. Mas ela não iria permitir que a outra percebesse como aquilo era tão humilhante para si.

                 Elizabeth sabia o que fora escrito naquele documento. Ela mesma redigira do seu próprio punho. Fizera questão de observar cada detalhe para que não houvesse escapatória para sua deliciosa presa. Esperava que sua vontade pela bela doutora passasse rapidamente, pois temia que seu querer fosse ainda mais intenso que puro sexo.

                 Viu os olhos hipnotizantes lhe encararem e era possível ver ali a grande revolta que ela não expressaria em palavras diante de todos.

                  Pegou o celular e começou a responder algumas mensagens.

                  -- E então? Está tudo ok? – Rafael indagou a Júlia.

               O rapaz teve acesso ao processo e sentira repulsa diante das coisas que estavam escritas ali. Nenhum ser humano em sã consciência se submeteria a um rebaixamento daquele tamanho.

               Olhou para a doutora e rezou para que ela se negasse, porém, suas orações foram inútil.

                -- Sim! – Respondeu firme. -- Preciso apenas de uma caneta para assinar.

                Elizabeth lhe entregou uma dourada onde se via seu nome.

            A empresária observava o movimento decidido. Não negava que chegara a imaginar que depois de ler o conteúdo daquele papel, Júlia desistiria do acordo. Mas parece que o desejo de permanecer com a filha superava qualquer outra coisa.

               Todos se retiraram depois da assinatura, apenas a fisioterapeuta e a paciente permaneceram no escritório.

                A Wasten desejou ir embora também, porém não poderia fazê-lo. Talvez precisasse retornar ao hospital ainda, pois pedira para faltar ao trabalho, alegando ter coisas para resolver, mas sabia que havia algumas pessoas em sua agenda para atingir.

               O celular da filha de Alex tocou e ela atendeu.

                -- Ah, sim, meu bem, tenho uma sessão hoje e não faltarei, depois te levo para jantar.

                Júlia sabia com quem ela falava e tentou não se sentir incomodada com aquilo.

                Levantou-se, cruzou os braços, enquanto batia o pé impacientemente no chão.

                Alguns minutos se passaram até que Elizabeth se despediu carinhosamente, depois fitou a mãe de Anny.

               -- Tenho que cuidar da minha saúde física. -- Falou com um sorriso.

               -- Sim, com certeza. -- Entregou-lhe a caneta.

               A empresária recebeu e depois guardou.

             -- Venha, quero que conheça um lugar, ele fora preparado especialmente para o tipo de mulher que você é. – Ironizou.

              A fisioterapeuta a acompanhou até a porta que dava para outra sala. Na verdade, estavam numa suı́te. Havia uma enorme cama, espelhos e duas poltronas. Em mesa redonda havia um balde com champanhe e vinho.

                 -- Quer beber alguma coisa? – A empresária indagou, preparando um drinque para si.

                 -- Não! Acho muito cedo para isso e ainda terei que dirigir.

          A outra apenas deu de ombros e sentou-se numa das poltronas. Bebericava lentamente, enquanto fitava a garota parada, de pé, no centro do quarto. Passara uma noite difı́cil, seus sonhos foram povoados por um lascivo desejo. Desde o dia que lhe fora oferecido aquele acordo, ansiava por aquele momento.

                -- Bem, já paguei o preço estipulado. Agora, eu quero provar do que comprei. – Piscou safada. – Dispa-se.— Ordenou.

                  Júlia fitou os frios olhos verdes. Encarou-os e viu o sarcasmo presente, o deboche que se satisfazia em rebaixá-la.

                    Aquela mulher era uma verdadeira sádica.

                    Deus, como podera cogitar estar apaixonada por ela?

                    Claro que não estava, seria impossível sentir algo tão completo por aquele ser humano que adorava feri-la, que fora responsável por destruir a empresa do seu pai e até pela morte da sua irmã.

                    Respirou fundo!

             Sem titubear, tirou lentamente toda vestimenta. O fez em movimentos demorados, percebendo a mudança que acontecia no semblante da outra.

                  A empresária levantou-se e caminhou até aquele monumento. Seu sangue fervia, seu corpo doı́a. Precisava aplacar aquele fogo.

                Cobriu-lhe os seios com as próprias mãos. Apertando-os, estimulando os mamilos até vê-los intumescidos.

              A mãe de Anny sabia que não conseguiria manter a neutralidade por muito tempo e isso a destruı́a. Como seu corpo podia reagir àquelas carı́cias sujas. Sentiu uma vontade imensa de chorar, mas fechou os olhos para detê-la.

              -- Eu sei que mesmo com todo ódio que você sente aı́ dentro, morre de tesão por mim. – Sussurrou-lhe. – Eu lembro muito bem como reagiu as minhas carı́cias, como te deixo sem forças para lutar contra essa tempestade. – Desceu as mãos e tocou-lhe o sexo. – Se você está fingindo, merece um óscar, pois é uma atriz muito boa. – Fitou-lhe. – Abra os olhos, quero ler o que está escrito neles.

                  Júlia o fez como lhe ordenara.

                Entreolharam-se por alguns intermináveis segundos. Tentando decifrar o que havia ali, mas ambas camuflavam seus sentimentos, temiam se entregar.

              -- Por que você não termina logo com isso? Não se deve dar tanta atenção aos sentimentos de uma mulher que você trata como sendo uma prostituta. – Falou com raiva.

              Elizabeth irritou-se com o tom que fora usado naquelas palavras, empurrou-a para longe de si.

              -- Ok! Já que você gosta do papel de puta, é ele que você vai encenar. – Falou descontrolada. – Deite-se na cama e goze para mim, por enquanto só desejo ver.

                A fisioterapeuta respirou fundo.

             Caminhou até o bar e encheu o copo com vodka, bebeu todo conteúdo de uma vez, sentiu descer queimando.

           A empresária não tirava os olhos de cada movimento feito por ela, via-a sentar na cama e depois deitar-se. Viu aquele mar azul ganhar uma nova tonalidade, agora não exibia só raiva, mas também mostrava algo novo.

              Levantou-se e caminhou até o leito. Sentou na lateral e iniciou carícias em sua coxa.

          A doutora tinha dois caminhos: Lutar contra aquela vontade de entregar-se ou aproveitar o momento e dar a outra um pouco de próprio veneno. Ousada, escolheu a segunda opção.

            Dobrou os joelhos e diante daquele olhar faminto, afastou as pernas, dando uma visibilidade perfeita. Atrevida, pegou a mão da empresária e trouxe para si. Fazendo-a sentir quão molhada se encontrava. Elizabeth a fitou e começou a movimentar os dedos, sentindo toda a textura daquele lugar secreto.

              -- Você é muito perfeita, a mulher mais gostosa que eu já vi. – Liz comentou.

           -- Como sabe se sou gostosa? – Arqueou a sobrancelha. – Não lembro de você ter provado meu verdadeiro sabor.

            A paciente sabia o que ela queria dizer. Desde que começara a presenciar aquelas orgias, se sentia louca para poder fazer o mesmo com a doutora. Nunca passara por sua cabeça fazer isso com outra.

               Tentou se posicionar, mas fora detida.

                -- Tira a roupa. Também quero ver teu corpo nu.

                A empresária não se fez de rogada, rapidamente livrou-se de toda roupa.

              Como uma mulher podia ser tão maravilha e tão terrível ao mesmo tempo? Pensava Júlia ao admirar aquele belo corpo feminino.

                Elizabeth deitou-se sobre ela. Sentindo um calor e o prazer de ter aquela pele colada à sua.

Tentou beijá-la, mas fora surpreendida por carı́cias no pescoço, enquanto mãos passeavam por suas costas.

              Encaixou-se melhor entre as pernas e sentiu os sexos se unirem. Escorregadios, movimentou-se, seguindo o mesmo ritmo que lhe era imposto.

                Foi descendo, até se ajoelhar diante daquele mar de paixão. Passou o dedo de baixo para cima, pressionando até fazer a jovem soltar um gemido rouco. Fez mais uma vez, dessa vez dando maior atenção ao clitóris. Viu a amante fechar os olhos e segurar fortemente o cobertor. Se sentiu poderosa. Baixou a cabeça e mordiscou todo o sexo, em seguida iniciou movimentos com a lı́ngua, lambendo o espaço, mexendo na entrada para o paraı́so. Parou, fitando-a.

                  -- O que você quer agora?

                  Júlia mordeu o lábio inferior, encarando-a.

             Estava em chamas, desejava que continuasse, que a amasse, mas já que era sexo que lhe oferecia, aceitaria a oferta.

                  -- Faça-me sua, use-me como desejar... afinal, sou sua putinha, não é? – Desafiou-a.

                  -- Sim, é isso que você ser é. – Sorriu.

             A empresária voltou a concentrar-se naquele delicioso trabalho. Voltou a tocá-la com as mãos. Lentamente, penetrou-a com um dedo, depois o fez com os dois, sentiu sede e decidiu usar aquele delicioso mel para contê-la.

                A doutora observava todos os atos executados pela paciente, até sentir que era difı́cil se concentrar em alguma coisa sendo chupada daquele jeito e ao mesmo tempo penetrada. Onde aquela mulher aprendera algo tão gostoso?

                   -- Deite-se de bruços. – Mandou. 

                   Júlia fez como lhe pedira.

                   Sentiu os beijos lhe cobrirem todo as costas, subindo e parando em sua orelha.

                   -- Agora eu posso dizer quanto você é deliciosa, seu sabor é perfeito.

                   -- O seu não é diferente, também é gostosı́ssimo.

                   -- Você ainda lembra?

                   -- Impossível esquecer.

                   -- Hun...

                 Safada, Elizabeth tocou no próprio sexo e lambuzou a boca da jovem. A moça sugou-lhe os dedos vorazmente.

                  -- Quer mais? – Provocou.

             -- Sim, mas eu não necessito de intermediário. Quero ir na fonte.

                 Julia virou-se fazendo   Elizabeth ficar sob si.

             -- Desejo fazer o mesmo.

               A fisioterapeuta sorriu e posicionou-se como aquelas antigas obras de artes gregas. entrelaçadas.

           Os movimentos eram sincronizados, as lı́nguas ousavam, lambendo-se, conhecendo-se, pareciam querer sentir, sugar toda a umidade que escorria por seus sexos. Chuparam-se, devoravam-se, aumentando os atos, gemendo, gritando e sentindo os corpos serem possuı́dos por um poderoso orgasmo, nocauteando-as.





            Elizabeth despertou uma hora depois. Sentia no corpo todos os sintomas do prazer a pouco compartilhado.

             Espreguiçou-se, languida. Estendeu o braço em busca da amante, mas estava vazio.

            Chamou-a, mas não recebeu resposta. Enrolou-se no lençol e foi até o banheiro.

           Encostou-se no box, viu a jovem banhar-se, esfregando-se rudemente. Deixou a coberta cair e foi ao encontro da doutora.

            --Está querendo arrancar a pele é? – Abraçou-a por trás. – Não quero esse corpo perfeito cheios de marcas. 

               Júlia desligou o chuveiro e apoiou as mãos no vidro.

              -- Você me deixou cheia de marcas.

             -- Ah, no calor da paixão não tive como me conter. – Virou-a para si. Tentou beijá-la mais uma vez, porém a jovem não permitiu.

               -- Prostitutas não beijam na boca.

               -- Ah, para com isso. Está me dando nos nervos essas suas frescuras.

               -- Estou fazendo o papel que me foi dado.

               Elizabeth empurrou-a firmemente contra o vidro, furiosa.

               -- Quer ser puta? Então vou te fazer puta.

            Com esforço, sentou-a sobre a bancada. Chupou os seios vorazmente, mordendo, lambendo, sugando-os energicamente.

                A Wasten lutava para não sucumbir mais uma vez aos encantos da empresária. Mas estava sendo inútil. Ainda mais quando a outra iniciou caricias no seu sexo, mexendo, circulando-o até deixá-la molhada.

               Percebendo que o tesão já tinha se apossado da doutora, começou a penetrá-la, sussurrando-lhe impropérios, xingando-a, possuindo-a furiosamente até senti-la relaxar o corpo. Sentiu a dor da mordida, quando a outra cravou os dentes em seu ombro num gozo doloroso e desesperado.

                 -- Agora você pode se considerar uma vadia.

               Elizabeth saiu do banheiro, mas não tão rápido a ponto de não ouvir o soluço dado pela outra. Pensou em voltar, mas naquele momento também estava dominada pelos próprios demônios. Vestiu-se rapidamente e saiu. Precisava ir para bem longe, sentia um sabor amargo na boca. Um peso no peito, desejava apenas sumir. Sua vida era literalmente um inferno, sempre fora assim e agora estava pior. Se sentia presa pelas correntes do ódio, sendo puxada ainda mais para dentro daquela lama, morrendo pouco a pouco.

Comentários

  1. Cap. bem pesado.. rsrs e ótimo inclusive.. estava com sdds dessa história.. ;)

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