Dolo ferox -- Capítulo 24

O médico estava debruçado sobre Natasha que permanecia de olhos fechados.
Ele achou melhor sedá-la devido às dores que ela estava a sentir. Examinava os sinais vitais e se a pressão tinha estabilizado.
Doutor Henrique era amigo de Leonardo e morava perto, por esse motivo a ajuda chegou rápido.
Valentina permanecia no meio do quarto. A postura ereta, os braços cruzados sobre os seios, um vinco entre as sobrancelhas.
Antonini estava ao lado da esposa e todos pareciam muito aflitos.
-- Ela teve uma queda de pressão, isso foi o motivo do desmaio! -- O médico disse guardando o estetoscópio. -- Acredito que o estresse e o cansaço foram os vilões desse mal estar.
-- Tem certeza que não é melhor levá-la a um hospital? -- A circense questionou preocupada. -- Ela sofre um acidente, pode ter acontecido algo mais sério!
Ainda tinha as batidas do coração acelerada ao se recordar do pânico que sentiu ao vê-la desfalecida. Sentira um medo tão profundo, uma sensação que jamais experimentara na vida. Um temor que ainda parecia não ter lhe abandonado.
Aproximou-se, fitou a ruiva que agora não tinha mais a palidez da morte na face e os lábios, mesmo ainda esbranquiçados, pareciam que a vida tinha retornado a eles.
-- Não será necessário. -- Henrique pegou a maleta. -- Natasha precisa de repouso, isso que será necessário fazer, o que eu acho uma coisa impossível. Lembro das vezes que a atendi quando era apenas uma criança e já era teimosa, não mudou nada! -- Disse com um sorriso. -- Será necessário que ela procure o ortopedista, ainda mais depois desse machucado. -- Voltou a fitar a ruiva. -- Estarei em casa, qualquer coisa basta me chamar. 
Leonardo abriu a porta.
-- Te acompanho até a saída!
Os dois homens se retiraram, enquanto Helena e Valentina permaneciam nos aposentos.
A mais velha observava o olhar que a trapezista dirigia para a arquiteta e ficava a pensar que nunca presenciara esse tipo de atenção com a bela ruiva. Mesmo diante de todos os casos que ela tivera, jamais viu nos olhos de alguém aquele sentimento tão profundo.
Não havia mais dúvidas, estava apaixonada, mesmo diante de todas as coisas que as separavam.
Aproximou-se colocando a mão sobre o ombro da jovem.
-- Você precisa se alimentar, está grávida, seu bebê deve estar reclamando nesse momento.
A garota não respondeu de imediato, parecia presa em seus pensamentos, enquanto fitava a ruiva. Após alguns segundos a voz baixa pôde ser ouvida.
-- Eu nunca conheci alguém como ela… Às vezes tenho a impressão que estou lidando com uma rocha… Uma montanha inabalável diante de tudo.
Helena esboçou um sorriso diante da comparação.
-- Eu conheci a madre que vivia no convento, a que viu a Natasha nascer e crescer enclausurada naquelas paredes e ela dizia algo parecido.
Valentina encarou Helena com os olhos negros abertos em perplexidade esperando uma explicação que não tardou.
-- As duas irmãs nasceram lá… Fora o lugar que a duquesa encontrou para isolar a Elizabeth da língua das pessoas… O orgulho da duquesa estava na lama… Seu maior tesouro tinha se apaixonado por um simples marinheiro e ainda por cima sendo ele das terras altas e ela casada com um homem que tinha mais de oitenta anos… Não sei se sabes, mas os Hanmintons odeiam qualquer cultura relacionada e esses povos, mesmo que os tempos sejam outros, acreditam que são selvagens.
-- Absurdo! -- Fitou a enferma. -- Como a ela foi criada? -- Voltou a encarar a esposa de Leonardo.
-- É uma história um pouco bizarra… -- Disse com pesar. -- o pecado da Natasha foi nascer ruiva… Isadora acolheu a neta de cabelos negros… Pensavam que era apenas um bebê, mas a parteira percebeu que havia outra criança… A duquesa entrou em pânico quando viu… -- Uma lágrima rolou pela face de Helena. -- A madre disse que chegou a imaginar que a bela aristocrata jogaria a recém-nascida no mar… Elizabeth morreu, ela estava muito debilitada, tinha uma pneumonia e a mãe se negou levá-la para cidade para que fosse tratada… Porém ela culpa a Valerie por isso…
Valentina ouvia tudo aquilo e chegava a imaginar como fora uma cena desesperadora.
-- E quem a criou?
-- Ficou no convento até os onze anos… Foi lá que ela aprendeu a tocar piano… -- Sorriu. -- A madre falou que todos eram proibidos de lhe falar, mas ela achava muita crueldade e por isso se aproximou… 
-- Como alguém pode ser tão cruel? -- Aproximou-se da cama, sentou no leito. -- Uma criança que não fez nenhum mal e viveu coisas terríveis. -- Tocou-lhe a face. -- Não consigo imaginá-la tão frágil...
Helena assentiu, pois contara o mínimo de toda aquela história bárbara.
-- Leonardo e eu quisemos ficar com a Natasha, mas a Isadora não permitiu.
-- Por que não a denunciaram?
-- Fizemos… -- Sentou do outro lado da cama. -- Mas Isadora sempre foi muito influente… e ao final quem sofreu foi a Natasha… Era cruelmente castigada, então decidimos não provocar a ira da duquesa.
Valentina se levantou, passou a mão pelos cabelos.
-- Jamais imaginei algo assim!
-- A Valerie é muito orgulhosa, filha, jamais mostraria sua fraqueza para você ou para qualquer outra pessoa… Você está certa quando a compara a uma rocha, é isso que ela é… 
A trapezista suspirou.
-- E a Nathália?
Helena a encarou e fez um gesto negativo com a cabeça.
-- Prefiro que você descubra tudo sozinha, apenas te digo que nem ela, nem a duquesa vão deixar em paz a minha menina, não enquanto não conseguirem tirar tudo dela.
Os olhos negros se estreitaram.
-- E a minha… -- Umedeceu os lábios demoradamente. -- A verônica?
A senhora Antonini se levantou e em seu rosto havia muita raiva.
-- Essa deve estar queimando no inferno por tudo de ruim que fez! -- Arrumou o penteado. -- Desculpe-me falar assim, mas a Vallares foi uma maldição na vida da Natasha…
-- Por que diz isso? -- Indagou por entre os dentes. -- Não foi isso que ouvi naquela festa, não foi isso que ouço de todos!
-- E será difícil que ouça outra coisa, afinal, quem irá contra o conde Nicolay e suas verdades absolutas?
Valentina respirou fundo.
-- A Natasha ostentava amantes, enquanto estava casada! -- Acusou. -- Nunca respeitou verdadeiramente o matrimônio!
-- Sim, afinal, a Verônica nunca foi esposa de verdade! -- Disse irritada. -- Acho melhor pararmos de falar sobre isso, não quero que fique chateada comigo, pois não tenho coisas bonitas para falar sobre a sua tia. -- Suspirou. -- Deseja descer para comer ou quer que peça para trazer para ti aqui? -- Fitou a bandeja intocada.
-- Não quero incomodar. -- Passou a mão pelos cabelos. -- Já estou causando muito transtorno…
Helena se aproximou lhe segurando as mãos.
-- Não está! -- Sorriu. -- Vou arrumar outro quarto para você!
-- Não, ficarei aqui! -- Disse com veemência. -- Desejo ficar aqui!
-- Tem certeza? Eu posso ficar com ela.
-- Não, eu ficarei!
-- Está bem! Irei preparar algo para você comer. -- Beijou-lhe a testa, afastando-se.
A trapezista observou a porta ser fechada e permaneceu ali, perdida em seus pensamentos.
Havia tantas coisas para esclarecer, tantas dúvidas em seu interior, mas o medo de que algo acontecesse com a Valerie era maior que todas perturbações juntas.
Voltou a observá-la e desejou cuidar e protegê-la para sempre, não permitir que nada nem ninguém lhe fizesse mal.
Lentamente seguiu até ela, sentou-se, enquanto não deixava de mirá-la. Parecia tão frágil, tão desprotegida naquele momento.
Tocou-lhe a mão, depois a levou aos lábios, beijando delicadamente cada um dos dedos.
-- Ah, Natasha, que susto você meu deu… -- Disse com um longo suspiro. -- Nem sei o que faria se algo te acontecesse… -- Levou a mão dela até seu coração. -- Veja, ainda está acelerado… Ah, minha ruiva, estou perdendo a batalha que venho travando contra os meus sentimentos por ti… Fraquejo diante deles… E eu sei que isso vai me fazer sofrer, sei que vou me machucar se aceitar o que sinto… -- Umedeceu os lábios. -- Mas o que farei? Estou apaixonada… Amo você… Amo como nunca pensei ser capaz de fazê-lo e isso é assustador…




A chuva caia implacável. Os trovões altos seguidos de relâmpagos iluminavam as paredes da casa dos Antoninis.
Ainda era madrugada quando a Valerie despertou assustada.
Valentina que estava ao seu lado dormindo, acordou. Acendeu a luminária. Viu a ruiva sentada na cama.
-- Calma, estou aqui! -- falou, tocando-lhe as costas.
Natasha a fitou. Tinha na face a expressão cheia de confusão.
-- O que houve?
-- Você desmaiou e o médico esteve aqui, te deu um sedativo e só agora você despertou. -- Levantou-se e acendeu as luzes.
A ruiva colocou a mão nos olhos, protegendo-se da claridade.
-- Agora que acordou precisa comer alguma coisa!
A Valerie a encarou com os olhos estreitados.
-- Não, estou me sentindo enjoada, quero apenas água, estou morta de sede.
Valentina foi até a jarra, encheu um copo, depois seguiu até ela, entregando-lhe.
A arquiteta lhe segurou a mão, fitou-a cuidadosamente, observando cada detalhe daquele rosto bonito.
A circense encarou os olhos escurecidos, os lábios entreabertos.
-- O que faz aqui? -- A ruiva questionou. 
A morena deu um sorriso nervoso, enquanto se afastava um pouco.
-- Você caiu aqui, então achei que não seria legal te levar para outro quarto…
Natasha bebeu um pouco do líquido, sem deixar de fitar a jovem.
-- Preciso ir ao banheiro! -- Entregou-lhe o copo, enquanto colocava os pés para fora. 
Cerrou os dentes ao pôr a perna machucada no chão devido ao tempo que passou sem movimentá-la.
Valentina pegou a muleta que Helena tinha trazido, entregando-lhe.
A arquiteta olhou com desgosto para o objeto, mas aceitou, pois sabia que teria que usá-la novamente.
A trapezista percebeu, ajudou-a, e quando a neta de Isadora se levantou, ambas ficaram tão coladas que era possível ouvir as batidas dos corações.
Natasha observou os lábios tão pertos dos seus, observou o olhar assustado.
-- Eu adoro o seu cheiro… -- A ruiva disse baixinho.
Antes que a Rodrigues pudesse falar algo, a outra se afastou.
Sim, também adorava o aroma dela…
Prendeu os cabelos em um gesto nervoso, enquanto seguia até a janela. Afastou a cortina, observando a noite escura e a chuva que caia de forma implacável. Observava os galhos das árvores serem envergados pela ventania, conseguia ouvir o som que se passava lá fora.
Deus, só agora se deu conta que tinha deixado o hospital sem avisar para onde ia a Nathália.
O que se passava consigo? Nem mesmo se importava com a namorada, parecia que nunca a conheceu, que nunca desejou ficar ao lado dela para sempre…
Engoliu em seco, enquanto espalmava as mãos no vidro frio da janela, estava úmida, dava para escrever.
Precisava pensar no que iria fazer. Estava tão perdida, havia tantas questões para serem esclarecidas.
Recordou-se do homem que dizia ser seu pai… Nícolas Vallares.
Sentiu o cheiro dela e não demorou para senti-la colada às suas costas. Observou as mãos cobrirem as suas.
Passou a língua pelo lábios superior.
Conseguia ver o reflexo dela.
Parecia um suplício tê-la tão perto de si sem poder se entregar...
-- Também gosto de ficar olhando a chuva… Parece que é o melhor momento para pensar na vida… -- Dizia contra sua nuca. -- Dá para escrever um romance… Uma música…
A circense sentiu-a colar ainda mais ao seu bumbum e isso lhe provocou uma verdadeira corrente elétrica passando por si.
Pigarreou, pois parecia que a voz tinha sumido.
-- Como está se sentindo? -- Questionou sem se voltar. 
-- Bem, apenas a perna me incomoda… Mas já esteve pior.
-- O médico disse que precisa ficar em repouso…
-- Tenho muita coisa para fazer… repousarei nas obras, fazendo tudo ser adiantado…
-- Você é muito teimosa! -- disse irritada. 
-- Sou… -- Circundou-lhe a cintura, tocando-lhe o ventre sobre a blusa do pijama. -- Já sabe o sexo?
Valentina observou os dedos longos e não demorou para observá-los adentrarem o tecido.
Prendeu a respiração ao sentir o toque na pele.
-- Ainda não… Vou ao médico…
-- Quero ir contigo… -- Acariciava a barriga dela. 
-- Eu não sei… -- Virou-se para ela. -- Vou buscar algo para você comer…
-- Já disse que não estou com fome, pelo menos não desse tipo de comida… 
A morena sentiu as bochechas corarem, enquanto a ruiva exibia um sorriso.
-- Você desmaiou, estava doente, está doente e ainda vem com essas safadezas! -- Afastou-se. -- Sinceramente, Natasha, você é um caso para ser estudado!
A arquiteta deu de ombros, enquanto seguia até a cama, deitando-se.
Valentina apagou as luzes e seguiu para o leito, tentando manter distância dela, mas logo a sentiu se encostar as suas costas. 
-- Tá frio e você tá quentinha… -- Deu um beijo rápido em seu pescoço. -- Você tá muito fofinha com esse pijama, palhacinha…
A circense esboçou um sorriso.
-- Por que me chama assim hein? -- Virou-se para ela. -- Eu sou trapezista.
Mesmo na penumbra, se fitavam.
-- Quando estive no trailer vi uma foto de uma garotinha com a cara pintada e com nariz rosa… -- Gargalhou. -- E pelas covinhas nas bochechas não há dúvidas que era você.
Valentina se recordou da imagem. Era uma das suas fotografias preferidas, ainda mais porque estava ao lado de Papi.
Como ele estaria? Desejou voltar a vê-lo.
-- Sim… Sou eu… Eu já fui palhacinha… -- Disse orgulhosa. -- Eu amava ser...
Natasha se inclinou sobre ela e acendeu a luminária, depois voltou para a mesma posição.
-- Gosto de falar contigo te olhando. -- Justificou. 
-- Ah é? -- Indagou com a sobrancelha esquerda arqueada. -- Eu acho que você deve descansar.
-- Se for para te ter assim, eu até aceito ficar na cama… -- Fitou os lábios rosados demoradamente. -- Se eu não fosse a Natasha Valerie, você poderia gostar de mim?
A morena observava a face bonita, o nariz arrebitado, os dentes alvos que podiam ser vistos pela boca entreaberta.
Como era difícil resistir a ela…
Suspirou…
Seria diferente se ela fosse outra pessoa… Mas o sentimento seria o mesmo ou ele vinha de todas aquelas dificuldades?
-- Eu não sei… -- Deu-lhe as costas. -- Estou cansada, desejo apenas dormir.
Natasha assentiu, deitando de costas, olhando para o teto.
Fechou os olhos desejando poder dormir, poder descansar e não ficar pensando coisas que a perturbavam.



Nathália tomava café da manhã quando Nícolas entrou no quarto.
A duquesa encarou o filho do conde.
Há algumas horas a aristocrata entrara possessa ali, pois ficara sabendo que Valentina tinha saído dali com Leonardo.
Ainda esbravejava com a neta preferida quando o homem apareceu.
-- Onde está a minha filha? -- Observou o quarto em busca da circense.
Isadora trocou olhares com a mais jovem.
-- Desde ontem ela não retornou, acredito que ainda esteja chateada com toda essa história, o que é algo normal. -- A Hanminton falou. -- Precisa ter paciência, assim que ela retornar, conversarei e convencerei ela a te ouvir.
O Vallares soltou um longo suspiro.
-- Onde ela está? Eu mesmo irei até lá! -- Passou a mão pelos cabelos. -- Não consegui dormir nada pensando e imaginando uma forma de me aproximar… Preciso explicar toda a história, necessito que me dê uma chance.
Nathália tomou um pouco de suco, bebericando devagar.
Valentina seria a única herdeira de uma fortuna incontável, não podia perder a chance de desfrutar de todo esse dinheiro.
Apontou uma cadeira para o homem.
-- Tem que manter a calma… Conheço bem a minha namorada, sei como deve estar impressionada com tudo isso, afinal, ela foi criada em um circo depois que a mãe morreu, não tinha ninguém além de mim, e simplesmente agora aparece o senhor dizendo que é seu pai.
Nícolas fez um gesto afirmativo com a cabeça.
-- Ontem falei com o meu pai, ele está entusiasmado, faz muito tempo que o vi assim, na verdade, desde o assassinato da minha irmã, isso não acontecia.
A duquesa sabia o que aquilo significava.
-- Isso é uma coisa maravilhosa! -- Isadora falou com um enorme sorriso. -- Já estou a imaginar a grande e pomposa festa que será feita para apresentar a Valentina para toda a sociedade… Podemos anunciar o noivado de vocês nela, Nath!
-- Mas onde ela está? -- Nícolas indagou impaciente.
Nathália ficou calada, pois não tinha ideia do paradeiro da morena, mas a mais velha parecia segura quando falou:
-- Eu tenho certeza de que ela está com Leonardo!
O futuro conde se levantou.
-- Como está com Antonini? Que tipo de relação ela tem com ele?
O filho de Nicolay sabia que o arquiteto tinha uma ligação muito estreita com Natasha e temia uma proximidade.
-- Sim, porque no dia que a minha neta foi tomada de refém, Helena estava com Valentina e ouvi falando estava lá com eles. -- Torceu a boca. -- Eu achei um absurdo, ainda mais pelo falo da maldita Valerie está por perto o tempo todo, mas nada pude fazer para dissuadi-la a deixar a casa deles.
-- Irei até lá agora mesmo, não permitirei que minha filha se aproxime dessas pessoas!
A duquesa se levantou.
-- Eu mesma irei contigo, não deixarei a Valentina ser tragada pelas intrigas da Natasha.



Valentina despertou.
Levantou a cabeça e viu que estava deitada sobre o ombro da ruiva.
Observou-a durante alguns segundos, adorando estar ali e desejando que aquilo se repetisse por todos os dias da sua vida.
Respirou fundo, sentindo o cheiro dela… Fitou os lábios entreabertos e a vontade de beijá-la era tão grande que cerrou os dentes tão forte para conter o desejo que sentiu o maxilar doer.
Sabia que a arquiteta queria seu corpo, ela sempre fazia questão de deixar claro isso, porém para si, apenas ser usada sexualmente só a feriria, mesmo sendo tão prazeroso quando estava nos braços dela.
Fechou os olhos, apertando-os forte, concentrando-se, pois começava a perder as forças naquela batalha de vontades.
Levantou lentamente, seguindo até o banheiro, caminhou até o espelho e observou a face rosada, tocou-as, quentes, mas não estava febril, apenas enlouquecida de paixão.
Despiu-se devagar, observou os mamilos eriçados,doloridos… Tocou-os de leve e imaginou a boca vermelha se apossando deles com maestria invejável.
  Sacudiu a cabeça para se livrar dos pensamento, enquanto caminhava até até o box.
Sentia-se suja. 
Passara toda a noite tendo sonhos sexuais com Natasha e sua calcinha estava toda molhada.
Lentamente, livrou-se dela.
Ligou o chuveiro e se manteve sob a água, deixando-a cair em suas costas, buscando aliviar a tensão que lhe enrijecia os músculos. O líquido gelado paracia aliviar sua libido.
A Valerie a observava parada a alguns centímetros.
Observou a peça íntima preta, inclinando-se, pegou-a… A seda macia exalava um delicioso cheiro feminino…
Tocou a parte que protegia o sexo… úmida… Escorregadia...
A morena a encarou e pareceu perplexa diante dela. Viu o olhar ousado, cínico, excitado... e antes que pudesse falar algo, a ruiva se livrou do roupão e foi até ela.
Valentina já abria a boca para protestar, mas teve os lábios tomados por um beijo arrasador, deixando-a sem ação.
Espalmou as mãos contra seus seios, mas ao sentir a maciez, acabou acariciando-os, massageando-os.
Natasha lhe segurou a face, mantendo-a cativa, buscando o total acesso, sentiu a língua dela em busca da sua, uniu-as, batendo-se, debatendo-se, até prendê-la, sugando-a, chupando-a tão forte que era possível ouvir os gemidos de satisfação da circense. 
Valentina movia-se contra a boca dela, desejando que o beijo não terminasse nunca.
Abraçou-a pela cintura, sentindo os seios colados aos seus, causando um frenesi por toda sua pele e adorando a sensação de tê-los assim, unidos.
A arquiteta desligou a água e logo a pressionava contra a cerâmica.
A morena a encarou.
-- Você molhou o curativo… -- Disse baixinho.
Natasha não respondeu, apenas inclinou a cabeça e começou a lhe beijar o pescoço, mordiscando-o, enquanto acariciava os seios redondos.
-- Eu quero você… Necessito… Preciso de você… Não sabe como meu corpo queima por ti...
Valentina a fitou, umedecendo os lábios, sentindo-se trêmula, ansiando para que ela continuasse e buscando forças para recháçá-la novamente.
-- Quanto necessita?
A Valerie lhe tomou a mão, enquanto a encarava, guiando-a até seu sexo.
A trapezista sentiu uma pressão abaixo do ventre, uma agonia, um desejo louco para se entregar.
Deslizou os dedos pelo escorregadio, adorando ver os olhos verdes ficarem ainda mais escuros.
-- Ah… sim… Realmente está necessitada… -- Tocou com mais ímpeto.
Natasha cerrou os dentes, enquanto rebolava contra o toque.
-- Não deve fazer esforço… O médico disse…
-- Se ele soubesse como estou louca por ti, ele te receitaria como remédio… -- Colou os lábios à orelha dela. -- Quero você pra mim, palhacinha, quero tê-la todos os dias, mesmo que seja tão bravinha… -- Mordiscou o lóbulo. -- Possuí-la até não ter mais forças… Sentir o sabor da sua carne… 
Valentina explorou o sexo molhado e logo invadia-a… Fê-lo lentamente, recordando de como o fez a primeira vez que se amaram.
A ruiva a fitou com os olhos estreitados.
-- Faz mais forte… ain…-- Pedia. -- Quero que arrase meu prazer… Que o tome como uma guerreira destemida que é...
-- Assim? -- Invadiu-a duplamente de forma brusca. -- É assim?
A trapezista a virou, encostando-a na parede, enquanto a tomava para si sem delicadezas.
Natasha a fitava com o olhar transfigurado de prazer. Sentindo o desejo se tornar cada vez mais insaciável, sabendo que ansiava de todas as formas a concretização da paixão que há dias a dominava.
-- Está bom assim, Valerie?! -- Questionou arrogante. -- É isso que você quer? Vou te dar para que me deixe em paz.
A ruiva tentou detê-la diante das palavras que estava a ouvir, mas Valentina a prendeu com o corpo.
-- Não… -- Ela tentou se soltar…
-- Sim, meu amor, aproveite, já que é a única coisa que deseja de mim! 
As investidas se tornaram mais fortes, mais impetuosas, cruéis…
A arquiteta cravou os dentes nos ombros da circense e desejou pará-la, mas sua paixão aceitava o que estava sendo ofertado, mesmo de forma tão arrogante. Gemeu, choramingou e moveu-se contra ela e teve a impressão que seria rasgada ao meio a qualquer momento.
-- Pare… Pare… -- Pediu, encarando-a.
A circense viu os olhos verdes estreitados, o olhar perturbado, perdido.
-- Não, Valerie, vou ter dar o que tanto quer…
Irrompeu-a mais e mais, sentindo-a se mexer contra seus dedos, buscando a fusão perfeita. Não demorou para que o corpo da amante fosse sacudido por um inebriante êxtase.
Valentina sentiu-a tremer sob seus dedos e mesmo assim continuou até ser detida pelos dedos longos. A própria também pele desejava, porém, se afastou, deixando o box sem dizer uma única palavra.
Vestiu o roupão, deixando o banheiro.
Natasha esperou a respiração voltar ao normal.
Teve a impressão que sua satisfação tivera um sabor amargo ao final.
Ligou o chuveiro, sentindo a água lhe relaxar os músculos, mas não apaziguou a fúria que crescia dentro de si pela forma que a trapezista a tocou.
Ensaboou-se e logo finalizou a higiene.
Pegou a toalha, secando-se, depois enrolou-a no corpo, seguindo até o quarto.
Valentina estava diante do espelho.
Fitava-se, mirando os olhos ainda mais negros, a expressão indecifrável, tremia.
-- Quem pensa ser para me tratar daquele jeito?
A morena virou-se para ela, encarando-a com um arquear de sobrancelha.
-- Mas não era isso que você queria? -- Questionou com sarcasmo. --  Desde ontem deixou claro que desejava ser satisfeita e que eu estava te devendo isso, só paguei! -- Cruzou os braços sobre os seios, encostando-se à penteadeira. -- Não gostou?
O maxilar da ruiva enrijeceu, enquanto ela fechava os lábios em uma linha fina.
-- Tratou-me como a uma qualquer! -- Disse por entre os dentes. -- Como uma prostituta!
-- Bem, você gozou não foi? Então está no lucro! -- Deu-lhe as costas, mas a Valerie puxou-lhe o braço, trazendo-a para junto de si.
-- Achas que é apenas isso o que desejo?
Valentina relanceou os olhos.
-- Não faço pouco caso comigo, sua palhaça de circo de quinta categoria!
A morena mordiscou a lateral do lábio inferior, fazendo-o demoradamente, enquanto o olhar da ruiva acompanhava o gesto.
-- Quer de novo? É isso? Você não se sacia? -- Indagou mais perto. -- Transa com Rebeka, com mais nem sei quem e ainda deseja mais comigo… -- Meneou a cabeça negativamente. -- Já chega, viu, muito gulosa! -- Tentou se soltar, mas a tentativa foi vã.
Natasha a puxou forte, colando a boca na dela, mesmo diante da resistência que aconteceu no início, aos poucos foi aprofundando a carícia.
Passou a língua pelo lábio superior dela, depois pelo inferior.
Observava os olhos negros a fitá-la com relutância e aos poucos fecharam-se, enquanto mais uma vez acolhia a boca na sua.
A arquiteta lhe segurou pela nuca, trazendo-a para mais perto.
Beijou-a sem pressa dessa vez, apenas saboreando cada parte, explorando, conduzindo-a. Mordiscou-lhe os lábios, depois tomou a língua, mas não toda, apenas a pontinha, chupando-a como se tivesse todo o tempo do mundo, como se desejasse permanecer fazendo aquilo até que as vidas deixassem seus corpos terrestres.
Valentina a abraçou pelo pescoço, sabendo que aquilo era um risco grande, pois seu raciocínio já estava turvado, apenas queria senti-la, mesmo que tentasse de todas as formas possíveis resistir, sabia que era quase um caso impossível.
Natasha interrompeu a carícia e ficou a observá-la e aos poucos os olhos negros se abriram cheio de desejo.
Fitaram-se durante longos segundos, perdidas nos olhares, entregues, apaixonadas, mas se negando a admitir.
A ruiva desceu as mãos até sua cintura e lentamente desfez as amarras do roupão, despindo-a.
A morena não esboçou reação alguma, apenas a olhava com aquela interrogação que nunca a abandonada, ainda mais quando se tratava dos atos da arquiteta.
A Valerie voltou a lhe beijar os lábios e Valentina aceitou e dessa vez tomou controle da ação.
Voltou a lhe circundar o pescoço, sentindo as carícias nas laterais dos seios e ansiando para que ela os tomassem todo de uma vez em suas mãos e não demorou para que isso acontecesse.
Natasha espalmou-os, massageando-os, apertando-os, arranhou os biquinhos e ouviu os gemidos que saiam dos lábios da amada. Fê-lo novamente e mais uma vez…
Lentamente seguiu com ela até o enorme leito, sentando-a, mas permaneceu de pé.
-- Achas mesmo que isso é apenas sexo? -- Questionou, enquanto se livrava da toalha.
Valentina a mirava, deliciando-se com a beleza da mulher que lhe olhava com uma expressão tranquila.
Estendeu o braço, deslizando os dedos pelo colo redondo, depois tocou o abdome liso…
Natasha estreitou os olhos, perdida nas carícias e naquele olhar determinado.
-- Não estou disposta a dividi-la com ninguém, essa é a única condição… Que seja só minha… é um preço muito alto para você? -- Indagou, enquanto tocava o triângulo. 
Os olhos verdes brilhavam, mirando-a.
Nunca em seus trinta e três anos chegou a experimentar aquele misto de emoções que ocorria quando se tratava da bela trapezista. Era como se estivesse presa, mas contraditoriamente livre das próprias amarras que sempre estivera ligada. Ainda não sabia o que realmente se passava, porém o que mais queria em sua vida era tê-la ao seu lado, sendo desafiada e agraciada com aquele sorriso que parecia iluminar suas trevas… Não era apenas o intenso desejo que a consumia como um fogo incontrolável… Era muito maior que isso.
-- Pagarei… -- Disse em um fio de voz. -- E não aceitarei menos de sua parte…
Valentina exibiu um sorriso enorme, depois deitou na cama, arrumando-se em meio aos travesseiros. Dobrou as pernas longas, afastando-as um pouco, dando à visão da sua perfeição feminina.
-- Vem, Valerie… -- Estendeu-lhe a mão. -- Vamos selar nosso acordo.
A ruiva mordiscou o lábio inferior e com passos lentos foi até ela.
Fitando o corpo nu como o mais delicioso banquete que estava lhe sendo oferecido. 
Deitou-se sobre ela, apoiando-se nos braços.
Miraram-se demoradamente, tendo as respirações aceleradas… A ruiva mordeu o lábio inferior demoradamente.
-- Não me machuque, Natasha… -- A circense disse baixinho.
A neta da duquesa fez um gesto de assentimento com a cabeça.
-- Não me deixe… Mesmo que eu peço para fazê-lo…
As bocas voltaram a se unir…
A morena lhe abraçou pela cintura, acolhendo-a entre as suas pernas… Sentindo-a. Tendo uma corrente elétrica a lhe passar por todos os membros.
Deslizou as mãos até as nádegas, apertando-a, encaixando-a… Meneou os quadris, seguindo o ritmo lento imposto pela arquiteta.
Gemeu contra os lábios dela…
Natasha desceu a boca por seu pescoço, mordiscando-o, depois seguiu pelos seios. Lambendo-os, chupando os mamilos, mamando-os famintamente…
-- Ah… Ain… amor… quero mais… -- A morena pedia. -- Pague-me com juros...
A ruiva acariciava a pele da barriga com os dedos e logo descia até o sexo molhado.
Encarou-a e viu os olhos negros ficarem ainda menores quando passou a acariciar intimamente.
Usava o polegar sobre a pequena fruta, massageando-a, esfregando-a…
-- Sim… entra dentro de mim… Quero senti-la lá… Aproprie-se da sua casa, meu amor...
-- Assim… -- Introduziu o dedo médio.
Valentina assentiu.
Natasha desceu mais e logo seus lábios beijavam os ralos pelos do sexo molhado, apertando-o, mordendo-o como uma fruta pronta para ser devorada.
A trapezista se apoiou nos cotovelos para observar tudo o que a outra fazia. Viu-a afastar os grandes lábios… Depois viu a língua lambendo todo o líquido que parecia não ter fim, abriu-se mais para ela, tudo para ela, toda para ela.
Gemeu alto quando foi novamente invadida, gemia como uma gata manhosa, delirante...
Afundou novamente a cabeça no travesseiro, enquanto rebolava no boca dela, esfregando-se em um ritmo tão frenético que parecia não ter limites…
-- Bebe… Bebe tudo… Não deixa nada… -- Dizia debilmente. 
Não demorou para que ela tivesse o corpo invadido por um frenesi que parecia não ter fim, sacudindo-lhe o corpo.
Natasha foi até ela, sentou na cama, encostando as costas na cabeceira, trazendo-a para seu colo, fazendo-a lhe montar de frente, como uma guerreira amazona.
Beijou-lhe os lábios, sentindo-a tremer em seus braços e adorando a forma como ela tinha se entregado.
A ruiva interrompeu o beijo, encarando-a e logo os olhos negros se abriam. O rosto bonito estava corado, o rosto suado.
-- Amo quando me faz sua, amo… Amo… -- Tocou os seios da arquiteta. -- Parece magia… -- Apertou os mamilos até vê-la entreabrir a boca. -- Poderia passar o dia todo assim… -- Afastou um pouco para trás. -- Sendo devorada...
-- Ah é? Magia… -- Viu os dedos longos lhe tocarem o sexo. -- Faz… -- Segurou-lhe a mão, conduzindo-a.
-- Sim… mas não desse jeito.
Natasha ficou confusa vendo-a se ajoelhar, depois a cabeleira preta espalhou-se sobre sua barriga e a trapezista começava a lhe beijar as coxas, mordendo-as, arranhando-as e logo a boca chegava a seu sexo.
A ruiva enrolou as madeixas na mão, prendendo-a, enquanto observava a língua lhe tocar intimamente. 
Cerrou os dentes, sentindo a respiração acelerada.
Observou o sorriso travesso e logo via a língua invadi-la junto com o dedo, quase desfaleceu.
Valentina chupava, penetrava-a, mordia, depois assoprava e continuava a usá-la como se fosse sua, fazendo-a sua…
Ouvia os gemidos da amada… E adorou saber que estava a lhe satisfazer. Fê-lo mais rápido e logo a ouvia gritar em puro êxtase.
Foi até ela, tomando-lhe os lábios, ouvindo as batidas do coração dela tão aceleradas quanto o seu.
Segurou-lhe o rosto amado em suas mãos, vendo-a tão frágil, despida do costumeiro sarcasmo e arrogância.
Desejou confessar seu amor, mas ainda não se sentiu pronta para isso.
Mirou os olhos verdes.
-- Estou pagando aos poucos as minhas dívidas…
Natasha lhe acariciou a face.
-- Sim… -- Disse com um sorriso. -- E você paga muito bem… 
-- E você cobra melhor ainda…
A ruiva lhe beijou novamente.
Abraçou-a forte, sentindo-a junto a si.
Permaneceram naquela posição por longos segundos, apenas caladas, aproveitando o momento de paz que reinava entre elas.
Ouvia-se a respiração.
Valentina sentia as carícias em seus cabelos, sentiu-se sonolenta, mas a voz baixa e rouca lhe despertou.
-- Meu amor, o que mais quero é que você esteja comigo… -- Tomou-lhe a mão, levando-a aos lábios. -- Mas temo por sua segurança, temo por tanta coisa…
-- Eu não tenho medo… Não se você estiver comigo. -- Disse encarando-a.
-- Eu sei… -- Mordiscou o lábio inferior. -- Mas ainda haverá muitas coisas… Nícolas e o conde vão te fazer ver o meu pior lado… A Nathália tem muitas armas e não nos deixará em paz… sem falar na duquesa. -- Arrumou-lhe uma mecha de cabelo atrás da orelha. -- Preciso te pedir algo… Sei que é algo difícil, mas eu preciso que faça.
Os olhos negros se abriram ainda mais.
-- O quê?
A ruiva sabia que aquilo seria muito difícil, mas estava certa ser o melhor a fazer naquele momento.
-- Preciso que finja me odiar…
A morena parecia perplexa diante do pedido.
-- O que você quer? -- Questionou um pouco mais alto.
-- Meu amor, não quero que a duquesa saiba do que temos, ninguém deve saber… Vamos continuar a guerrear até nosso limite…
A circense saiu do colo da amada, deixou a cama, vestindo o roupão. Natasha permaneceu no mesmo lugar, observou a carranca na face bonita. 
-- Só falta dizer que deseja que continue com a minha relação com a sua irmã! -- Falou irritada. -- Só pode estar louca!
A Valerie fez um gesto de assentimento com a cabeça.
-- Você só pode ter enlouquecido e eu não vou entrar nesse jogo! -- Apontou-lhe o dedo indicador em riste. -- Não conte comigo para isso!
-- Nunca teremos paz se eu não provar que não matei a Verônica! 
Valentina foi até ela.
-- Eu acredito em você!
A ruiva se levantou, pegando o outro roupão, vestindo-o.
-- Todas as provas apontam para mim… -- Engoliu em seco. -- Fiquei presa por ter sido considerada culpada e eu sei que quando te mostrarem isso, vai se sentir abalada, mesmo que não acredite.
-- Amor, por favor, quero ficar ao seu lado, não saberei fingir assim… -- Dizia com os olhos cheio de lágrimas.
Natasha a abraçou pela cintura, fitando-a.
-- Eu prometo que será por pouco tempo… Eu só preciso que confie em mim e me dê esse tempo. -- Passou o polegar pelos lábios dela. -- Você não tem ideia de como eu te quero, não sabe…
Valentina a abraçou, escondendo o rosto em seu pescoço.
Mais uma vez estava amedrontada diante daquela situação, porém entendia o temor da arquiteta, mesmo que não desejasse fazer aquele papel novamente, estava disposta a tudo para tê-la consigo.
-- Eu a ajudarei a provar sua inocência… -- Sussurrou-lhe em seu ouvido. -- Mas quando isso acontecer, quero você pra mim…
-- Eu sou sua, meu amor, eu sou unicamente sua… E vamos sair vitoriosas dessa guerra.

Comentários

  1. Como sempre capítulo maravilhoso .Sem emoções fortes, não estou pronta para o que vem pela frente. Sei que vai ser uma luta e tanto provar a inocência da natasha.

    P.S caras leitoras sinto falta que não
    estão comentando estão apenas deixando seu (amei) por favor comente é feedback para a autora (geh).vamos dar essa força a mais nos comentários.

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  2. Que véia dos infernos essa Isadora, ela não dar pontos sem nó, já quer aproveitar a festa de apresentação para o noivado da Valentina com a Nathália, olha quando penso que já vi um personagem tão odiado, vc me surpreende rsrs odeio essa velha Grrr... espero que o seu castigo venha a velocidade da luz, porque a galope vai demorar muito kkkkk
    Estou amando companhar mais uma história brilhante, sem contar que fico aqui imaginando o que pode acontecer no próximo capítulo, esse é o poder da sua escrita viu, nos deixa ansiosas por querer sempre mais.
    Por falar em noivado, quero só ver por quanto tempo conseguirão manter segredo que estão apaixonadas rsrs ansiosa pelas cenas de ciúmes de ambas as partes, pois, a Rebeka já deixou claro que quer a Natália, ainda bem que querer não é poder kkkkkk
    Suponho que as coisas não serão fáceis para ruiva, uma fez que agora são quatro contra um, a véia malévola Isadora, a falsiane da Nathália, o velho babão Nicolau e o pau-mandado do filho Nícolas, entendi perfeitamente o pedido para manter a relação em segredo, esse quarteto é da pesada.

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  3. Então!!!!!
    Estou simplesmente amando e eu creio que agora a Paixão Explodiu!!!! Clarooooo que vão tentar de todas as formas impedir isso, estou tbm ansiosa pra ver como será o comportamento das Ladys!!!🤭 Ciumentas q nossa! Uma possessiva e a outra, bem a outra caso sério ! Vamos ver como será q elas irão mascarar a paixão latente q estão sentindo , te vira Padilha ! Eu não me canso de dizer , vc esta belíssima ,madura e ótima ! Parabéns !!!!! Ansiosa pelo próximo capítulo!!!!! Beijoooooo

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  4. Unidas ! Agora sim a Natacha terá uma aliada perfeita,e o melhor, apaixonada.
    Espero que a Valentina descubra todas as coisas macabras dessa dupla maléfica. Adorei o capítulo,e com essas duas juntas,perfeito fica. Beijos autora.

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