Anjo caído -- Capítulo 14
O carro se movimentava lentamente pelo centro da cidade.
As luzes iluminavam o caminho e muitas pessoas, mesmo o horário já sendo avançado, enchiam as calçadas, os bares e as vias.
José ouvia música, imaginando quando receberia a ordem para seguir para casa. Estava preocupado, até pensou em baixar o vidro para espiar se estava tudo bem, porém temia a fúria da médica.
Estranho temê-la, pois antes sempre a via como uma jovem educada que tratava a todos com carinho e respeito. Uma adolescente que adorava brincar com todos se transformara naquele ser amargurado, impaciente, grosseiro e tantas outros predicativos negativos.
Mais uma vez pensou em ligar para a patroa, entretanto decidiu esperar mais um pouco.
O interior da limusine estava a meia luz.
As respirações de ambas aos poucos voltavam ao normal.
O aroma de prazer dominava o ambiente, dando ao ar que circulava um toque especial.
Angelina a acolhia em seus braços como se costuma fazer com uma criança. Uma de suas mãos brincava com as sedosas madeixas, fazendo uma espécie de cafuné, enquanto a outra passeava lentamente pelas costas macias.
Conseguia ouvir o pequeno coração voltar aos poucos aos batimentos normais. Respirou fundo!
Não imaginara que as coisas ocorressem daquele jeito. Na verdade, confessava que desde que fora atrás dela, seus pensamentos eram invadidos pela raiva e buscava desesperadamente uma forma de castigá-la. Queria possuı́-la de uma forma humilhante, fazendo-a perceber qual o lugar que ela ocupava, o mesmo que a mãe dela exercia na vida de Antônio.
Fechou os olhos, como se assim fosse possível apagar da sua mente o que passara. Sentiu-a tremer e começou a imaginar se a tinha ferido.
Recordou-se do tal mancebo e isso aflorou mais uma vez a raiva que sentia.
Nunca em sua vida sentira ciúmes, nem mesmo pela esposa. Sempre achara esse sentimento muito mesquinho, afinal, deve-se confiar no próprio potencial, o que sempre fez, até reencontrar aquela jovem de olhos verdes.
Sim, ela era a culpada por tudo o que se passara, era ela a responsável por tê-la tirado da sua inércia e por todos esses “crimes” pensara em vingar-se, até descobrir que a menina atrevida que lhe respondia a altura e nunca baixava a cabeça era virgem.
Virgem!
Virgem!
Essas palavras martelavam em sua mente... Deveria ter parado ao constatar o fato, mas essa descoberta fora um afrodisı́aco a mais...
Jamais transara com alguém inexperiente. Gostava de mulheres que sabiam o que faziam, que ousavam... Mas nada daquilo se comparava a sensação maravilhosa da inocência tirada, de saber que fora a primeira a tê-la para si... Ouvira os sussurros... Escutara os gemidos quando o prazer dominava totalmente a bela garota.
Mexeu-se inquieta.
Fora paciente, coisa que não costumava ser... Mas ainda não concretizara o ato... Seu corpo clamava pela satisfação e em sua cabeça passava as mais deliciosas formas de fazer aquilo.
Seu sexo latejava... Desejando-a...
Duda tinha a cabeça encostada ao pescoço esguio. As lágrimas já haviam cessado. Elas não representaram a dor, mas o perturbador prazer ao ser tomada pela médica. A intensidade das sensações ainda passava por seu corpo como se tivesse sofrido uma descarga elétrica.
Inspirou o cheiro amadeirado mesclado ao do sexo.
Afastou-se um pouco, fitando-a, percebendo os olhos negros fechados. Se não fosse os carinho que recebiam nos cabelos pensaria que dormira.
Observou-a mais atenciosamente. O lábio superior e sua cicatriz.
Só em pensar que aquela boca bonita tinha lhe tocado tão intimamente lhe fazia sentir uma pressão no abdome.
Teria sido apenas um sonho?
Os pares de ébanos lentamente se abriram, encarando-a desconfiada. Eduarda corou.
Não sabia o que dizer ou o que fazer depois do que passaram e a expressão de Angelina era totalmente neutra, não demonstrando nenhum tipo de sentimento. Apenas parecia perscrutá-la.
Engoliu em seco.
-- Acho melhor... – A garota começava relutante. – Melhor voltarmos ao apartamento.
A morena não respondeu, apenas apertou um botão que ficava ao lado do banco de couro.
Eduarda levantou, constrangida por sua nudez, tentando buscar as roupas que estavam espalhadas pelo assoalho.
Surpreendentemente, a Berlusconi recolheu as vestimentas, entregando-a.
Mais uma vez os olhares se encontraram, pareciam desejarem se decifrar, saber o que se passava...
A Fercodini mais uma vez foi a primeira a romper o contato visual. Voltou a sentar, vestindo-se, enquanto Angelina observa a rua pela janela do carro. Parecia distraı́da ou apenas fugia de seus tormentos.
O resto do percurso fora feito em total silêncio e quando o motorista abriu a porta, Duda saiu em disparada sem falar nada para nenhum dos dois.
José ainda observou a expressão da médica, ainda pensou em perguntar algo, mas o olhar que ela lhe dirigiu fora o suficiente para fazê-lo baixar a cabeça.
-- Nenhuma palavra! – A morena ordenou.
Ele assentiu, vendo-a deixar o interior do veı́culo.
O luxuoso quarto fora direcionado à Patrı́cia pelos pais de Bruno.
Ela os conhecia há muito tempo, na verdade fora através deles que tivera contato pela primeira vez com Antônio Berlusconi.
Sentou-se no leito.
A decoração dos aposentos trazia o branco predominando em todas as partes, dos móveis ao papel de parede.
A loira passara todo o dia irritada e isso não lhe deixava dormir. Pelo menos tivera uma boa notı́cia: Sabia onde a esposa se hospedara e no dia seguinte iria até lá.
Não conseguia acreditar que fora ignorada pela médica. Estivera segura de que conseguiria seduzi-la mais uma vez, porém ela estava tão diferente. Aqueles olhos negros traziam algo de sombrio.
Levantou-se, seguindo até a janela que dava para o enorme jardim.
Ela estava ainda mais linda, mesmo toda vestida de preto, coisa que não costumava fazer antes. Se tivesse beijado-a?
Sabia que ainda era a dona daquele coração... Recordava-se de quando ela deixara o hospital, lembrava-se de tê-la encontrado no apartamento onde ambas viveram, ainda sentia na pele a forma violenta que fora possuı́da.
Não, ela voltaria para si e daquela vez não permitiria que ela se afastasse nunca mais.
Eduarda seguiu direto para o banheiro, nem mesmo dando atenção ao pequeno Pig que seguiu até ela. Despiu-se rapidamente, entrando no box, abriu o chuveiro, ficando sob a água que lhe banhava a pele.
Tentava não pensar no que aconteceu, mas em sua cabeça martelava cada momento que passaram, cada toque... Inclinou a cabeça, deixando o lı́quido cair sobre o rosto.
Por que ela permanecera calada durante todo tempo? Até evitara fitá-la. Decerto a experiente médica não gostara do que fizeram.
Bem, confessava que não soube como agir... Mas em sua mente passara tantas coisas...
Sabia que não deveria ter pensamentos românticos sobre o que aconteceu. A única coisa que tiveram fora sexo, simplesmente transaram. Seria melhor pensar dessa forma, pois evitaria criar expectativas para algo que não teria futuro.
Bateu com a mão aberta contra o concreto.
Só naquele momento se dava conta que se entregara para uma mulher casada. Independente do que ocorreu com a tal da Patrı́cia, Angelina Berlusconi era compromissada com ela.
Como poderá também trair o namorado? Pior, nem se lembrara dele em toda aquela equação. Fechou os olhos, recordando dos momentos que viveram no interior da limusine...
Estava excitada... Aspirando... Desejando algo que deveria evitar...
Ouviu os latidos do pug, mas imaginou que ele tivesse brincando com algo.
Angelina a observava... Sabia que não deveria ter ido até ali, mas um demônio parecia ter se apossado do seu corpo e era ele quem dominava seu juı́zo.
Fitou-a despudoradamente...
Umedeceu os lábios com a lı́ngua, ainda sentindo o sabor dela na própria boca... Impulsivamente, livrou-se das roupas, indo até ela.
Duda mantinha-se de costas para a porta quando sentiu um corpo colar ao seu. Assustada, voltou-se, deparando-se com a pessoa que atazanava seu cérebro.
A médica a abraçou, pressionando-a contra a cerâmica fria.
-- Que faz aqui? – A jovem questionou, tentando se livrar do contato. – Como ousa? – Questionou irritada.
-- Quem te disse que eu já tinha terminado?
Antes que Duda pudesse falar algo, seus lábios foram dominados pela morena. Inicialmente, tentou não ceder, mas a forma como a boca se movia contra a sua era um verdadeiro martı́rio.
Odiou-se naquele momento, pois depois de ter sido ignorada, queria aquela mulher mais uma vez. Enraivecida... Mordeu-a.
Angelina não pareceu se incomodar, ao contrário, gostara do que fora feito.
Rendendo-se, a garota permitiu o acesso. Deixou a lı́ngua comandando, invadindo... Prendeu-a em seus dentes delicadamente dessa vez... Sentiu a ponta provocá-la... Circundando, até conseguir chupá-la ruidosamente... O gosto dela mesclado com o da água a entorpecia.
Gemeu baixinho.
Decidiu não lutar naquele momento, abraçando-a pelo pescoço. Adorando a pele escorregadia na sua... O contato dos seios... Afastou as pernas, sentindo o roçar da coxa dela em seu sexo... Inconscientemente começou a mover os quadris... A perna seguia o mesmo ritmo... Incitando-a...
Esfrega-se a ela... Dançavam a mesma música...
-- Está molhada novamente... – A médica sussurrou em seu ouvido. – Está quente... Pronta para ser possuı́da novamente por mim... – Dizia arrogante.
Eduarda fitou os olhos negros... Ficou feliz em ver a paixão queimar neles.
-- É óbvio que esteja molhada... – Disse contra a boca que estava entreaberta. – Estou sob a ducha... – Provocou-a. – Não estaria a senhora também?
A morena pareceu achar a explicação inapropriada... Na verdade, sentia um quê de desafio que era perigoso e muito excitante...
Colocou a perna direita e longa da jovem ao redor do seu quadril, desejando senti-la mais intimamente. Segurou os seios redondos, apertando-os, percebendo-os responder rapidamente à carı́cia. Continuou massageando-os, fazendo mais vigorosamente... Arranhando-os, amassando-os até senti-la gemer contra seus lábios.
Duda desceu as mãos pelas nádegas firmes, puxando-a mais contra si. Desejando um contato ainda maior.
O roçar dos sexos a deixou mais e mais ansiosa. Instintivamente, abriu-se, fazendo o mesmo com ela. O contato entre os clitóris a fez rebolar ainda mais.
Como podia ser tão gostoso...?
-- Sente-os? – A médica murmurava em seu ouvido. – Mexa-se... Como o fez quando a minha boca a chupava...
Quando a minha lı́ngua lhe lambia a pequena cereja...
Eduarda mordeu o lábio inferior para não gritar...
A morena desligou o registro, encarou os olhos verdes, estavam escurecidos pelo desejo.
-- Você vai acabar me levando a loucura, pirralha. – Sussurrou com a tez encostada a dela. – Estou faminta... – Movimentou-se. – Mas vá com calma... – Tomou o rosto entre as mãos. – Estou tentando ser civilizada.
A Fercodini exibiu um sorriso meio travesso, safado... Tı́mido...
-- E como seria se não fosse? – Questionou contra os lábios rosados.
Eduarda ouvia a respiração acelerada, sentia o cheiro dela e o seu desejo só aumentava.
Desceu as mãos até tocar os lindos montes que se mostravam empinadas, implorando pela carı́cia. Deliciou-se em tê-los... Mesmo com sua forma desajeitada, adorou a maciez...
A cirurgiã a encarou, parecendo curiosa com a nova façanha da jovem.
Os olhos negros se estreitaram com a intensidade da inocente carı́cia... Mordiscou a lateral do lábio inferior...
Gemeu com os dentes cerrados ao senti-la pressionar o biquinho.
-- São seus... – Dizia sem fôlego. – Use-os como um brinquedo novo que recebeu...
A estudante não se fez de rogada, levando-os aos lábios... Chupando-os... Lambendo-os...
Duda fascinou-se com a expressão de desejo que visualizava, então ousou ainda mais... Desceu a mão até a junção das pernas que se tocavam... Seguindo até encontrar o sexo pronto para ser tomado.
Retirou a mão... Levou até a boca da cirurgiã... Inocente?
Angelina não desviava o olhar do dela, fascinada... Lambeu o mel que representava seu desejo... Depois colou os lábios aos dela... Dando-lhe também o próprio sabor... Para que ela sentisse seu gosto... Para que ela o reconhecesse e nenhum outro mais...
A garota voltou a tocá-la intimamente... Desajeitada, talvez, mas massageando delicadamente a pele sensível... Movendo o polegar inicialmente, depois o indicador... Dedilhando como a um instrumento raro... Sentiu-a mais ú mida, mas sabia que não fora o lı́quido da torneira... Usou toda a mão, passando por toda borda.
A médica abriu-se um pouco para lhe dar maior acesso.
-- Sabe... O que está fazendo? – Indagou sem fôlego. – Não vai sair correndo... Talvez ainda tenha tempo... – Tomou- lhe os dedos... Conduzindo-a.
Eduarda maneou negativamente a cabeça.
A morena imaginou que ela desistiria, mas os dedos inexperientes tocavam-na... Primeiro sentindo-a, em seguida explorando o ponto escorregadio...
A Fercodini a viu fechar os olhos, sua expressão denotava dor, mas ao senti-la se movimentar contra si, continuou a exploração... Baixou mais, até senti-lo penetrá-la, encontrara a entrada que procurava...
Angelina a sentiu invadi-la lentamente... Esboçou um delicado sorriso...
A garota mudou de posição, agora ela quem pressionava a médica contra a estrutura sólida. Adorou estar dentro dela...
Fitou-a.
Observou a expressão de prazer... Destemida, aumentava os impulsos progressivamente, arrancando gemidos da amante. Acompanhava o ritmo que ela denotava com o próprio quadril.
Ouvia-a pedir mais... Ousada, usou mais um dedo... Penetrando-a mais impetuosamente... Sentindo-a entregue...
Prendendo-lhes... Engolindo-lhes...
Angelina desejava que as duas conseguissem chegar ao orgasmo juntas... Daquela vez desejava seguir por aquele caminho ao lado dela. Impulsiva, virou-a de costas para si, colando-se as costas da garota.
Segurou-lhe os cabelos, puxando para que ela virasse o rosto para si. Desceu a mão até o sexo pulsante de Duda, acariciando-o, sentindo o pronto para o ato, penetrando-o.
-- Goze gostoso comigo... Chame por mim... Diga o meu nome...
Sentiu-a enrijecer, esperou até que ela demonstrasse que poderia seguir em frente. Não demorou a resposta, assim, aumentou mais os movimentos, enquanto se esfregava no traseiro da estudante, lambuzando-o com sua essência, até ambas gritarem ao atingir o ápice do prazer.
-- Doutora Angel...
Aquele fora o som que a médica ouviu... E o eco invadia o cômodo...
Permaneceram lá, unidas, esperando a respiração voltar ao normal e os tremores que dominavam seus corpos cessassem.
Duda foi a primeira a se recuperar, virando-se de frente para ela, abraçando-a, beijando os lábios delicadamente. Fitaram-se por alguns segundos, apenas sentindo o toque delicado...
Angelina voltou a ligar o chuveiro, mas permaneceu nos braços da jovem, sentindo o lı́quido acalmando seus sentidos. Correspondendo a carı́cia em sua boca, sentindo-a assumir o controle do ato.
Permaneceram lá por alguns minutos, até ouvirem o som do pug latindo.
-- Acho que o seu filho está reclamando atenção. – A médica disse com um sorriso de canto.
-- Ele já deveria estar dormindo. – Abraçou-a pelo pescoço. – Está ficando muito rebelde.
-- Igual a ti. – Tocou-lhe a cintura fina. – Quem sai aos seus não degenera.
-- Só sou rebelde diante das injustiças.
A morena arqueou a sobrancelha esquerda em deboche.
A garota achou engraçada a expressão divertida no rosto que sempre demonstrava frieza. Banharam-se...
Eduarda foi a primeira a terminar, pegando o roupão deixou o box, indo buscar algo para a médica se cobrir.
A morena permanecia lá, parada, pensando no que acabara de acontecer,sentindo ainda seu desejo reacender mais uma vez.
-- Pode ficar com este. – Duda lhe entregou o roupão, tirando-a de suas divagações. Angelina assentiu, enquanto ficava sozinha novamente. Vestiu-se, saindo em seguida.
Observou a garota colocando o pug para deitar em um berço improvisado. Seguiu até eles, fitando o pequeno animal que já fechava os olhos, embalado pela canção que saia em forma de sussurro daqueles lábios rosados.
Aproveitou para vê-la detalhadamente. O perfil era delicado não combinava muito com a forma ousada e rebelde de agir, os cabelos castanhos claros lhe davam um ar ainda mais juvenil.
De repente os olhos verdes a encararam e era como se sua alma fosse perscrutada, despindo-a totalmente.
Eduarda tomou às mãos da médica nas suas, em seguida as levou aos lábios, beijando cada um dos dedos delicadamente.
O olhar da morena parecia constrangido, não demonstrava aquela superioridade e segurança de sempre ao observar o ato que se desenrolava.
-- Como uma mulher pode ser tão linda? – Duda questionou, fitando-a.
Angelina se aproximou mais, não resistindo ao cheiro delicado que se depreendia dela.
-- Está se vendo em meus olhos, pequena pirralha?
-- Não, doutora... – Observou os olhos negros. – Estou lhe vendo, doutora Angel...
Esperou pela explosão, mas apenas recebeu um arquear de sobrancelha como sinal de advertência.
Fora por esse nome que a chamara quando sentiu as forças lhe deixarem o corpo há algum tempo e soara tão deliciosamente em seus lábios que era assim que gostaria de sempre chamá-la.
A cirurgiã segurou-a pela nuca, trazendo-a para si, beijando os lábios vermelhos, tirando-lhe o fôlego. Colocou as mãos pela abertura do roupão, sentindo a pele quente e sedosa.
Gemeu ao chegar aos seios redondos, incitando os mamilos que já se mostravam eretos.
-- Como possa-la desejá-la tanto... – Disse contra a pele dela. – Quero-a sob mim, passarei a noite toda te devorando. – Abriu o robe, olhou os lindos seios, apertou-os. – A quero novamente. Quero sentir seu corpo mais uma vez...
Duda sentiu a boca beijar os montes redondos e depois disso sua mente pareceu confusa, mas conseguiu afastá-la, voltando a fechar o roupão.
Lógico que desejava fazer amor novamente com ela, mas algo começava a lhe incomodar, ainda mais o fato de saber que a médica era casada.
Afastou-se.
-- Acho melhor não!
-- Por quê? – Questionou.
Observou o olhar que ela lhe dirigia... Como negar algo quando o olhar da bela mulher era tão deliciosamente safado.
-- Sei que quer tanto quanto eu... Desviou o olhar.
Não se deixaria levar tão facilmente, mesmo que sua vontade fosse passar a noite nos braços dela.
-- Porque estou com sono... Cansada... E... Acho melhor você ir para o seu quarto. – Disse por fim.
Observou o olhar de Angelina, era fácil perceber a mudança que havia passado, as feições voltavam a exibir a inflexibilidade de antes. Imaginou que começariam a discutir, mas a morena apenas deixou os aposentos sem falar uma única palavra.
Eduarda soltou a respiração lentamente. Caminhou até o leito, deitando-se de frente.
Sim, estava apaixonada... E isso era algo terrível, pois sabia que Angelina só desejava seu corpo... Só desejava sexo.
Estranho como desde que chegara à mansão e se depara com a bonita Berlusconi sentira algo estranho e depois daquela noite tinha certeza do que sentia. Não podia permitir que ela chegasse a imaginar o que se passava em seu ı́ntimo, sabia que estaria perdida se aquele sentimento fosse descoberta.
No dia seguinte iria embora, voltaria para o apartamento que lhe fora deixado pela mãe, começaria a buscar um trabalho e se fosse preciso, não voltaria para a faculdade, pelo menos não enquanto não tivesse certeza de que poderia arcar com os custos.
O dia amanhecia tranquilamente.
Patrı́cia seguia com Bruno em seu veı́culo, ela sabia que a entrada do rapaz não seria barrada, afinal, ele era o namoradinho da queridinha do Antônio e ela usaria isso ao seu favor.
O garoto conduzia o carro luxuoso.
Ao passar na guarita, identificou-se como namorado de Maria Eduarda Fercodini.
Inicialmente, o porteiro pareceu confuso, entrou em contato com o apartamento e recebera a autorização da empregada para a entrada do rapaz.
A loira sorriu!
Duda acordara cedo, ficara um pouco na cama, em seguida se vestiu, descendo para comer alguma coisa.
A noite não fora uma das melhores. Dormira pouco e quando cochilava, seus sonhos eram invadidos por um mar negro e boca dominante.
Já chegava ao térreo quando viu a empregada correr para atender a porta.
Parou surpresa ao ver o namorado, obserou-o seguindo rapidamente a sua direção com um sorriso nos lábios. Sentiu o beijo na boca e nem teve tempo de reagir, pois a figura que aparecia em seguida era Patrı́cia Berlusconi. Observou o olhar ousado que ela trazia e ao levantar a cabeça pode ver para quem ele era direcionado.
Angelina a encarava, os olhos estreitavam-se ameaçadoramente... Sentiu o chão fugir dos seus pés... Pois não era para a esposa a fúria que via estampada no rosto tão bonito, era para si...
Vontade de ler mais, mas vou deixar para amanhã. Kkkkk
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