A condessa bastarda -- Capítulo 22



            Maria Clara a estreitou mais forte em seu abraço. Pensava estar sonhando ou talvez não tenha ouvido direito as palavras ditas pela condessa. Seu coração ainda batia acelerado e sentia o mesmo ritmo no peito de Vitória.
           Segurou-lhe o rosto amado, fitando aqueles lindos olhos que brilhavam tão intensamente.
           -- Repete o que você falou... – Pediu baixinho, encostando a fronte a dela.
          A condessa hesitou. Naquele momento parecia assustada, perdida, temerosa do que poderia acontecer consigo depois de se entregar tão loucamente. Sentia que suas armaduras tinham sido retiradas e isso lhe mostrava algo que jamais deixara transparecer para qualquer outra pessoa, fragilidade.
           Desviou o olhar, pois se sentia invadida por aquela expressão doce, então ao perceber que sua linda princesa estava trêmula, viu a decepção sombrear sua face linda.
             Mirou-a determinada.
          -- Eu estou perdidamente apaixonada por ti e sinto que morrerei se não te ter ao meu lado. – Falou alto para que daquela vez não houvesse dúvidas.
           O medo de Vitória foi recompensado por um enorme sorriso, por aquele jeito que lhe seduzira desde o dia que se encontraram pela primeira vez.
          -- E eu estou muito mais do que perdida, estou louca por ti. – Disse com os lábios colados aos seus. – Estou te amando como jamais pensei em amar alguém em toda minha vida.
         A ruiva a puxou pela nuca, beijando-a delicadamente, sentindo seu corpo desejá-la mais uma vez.
         Tocou-lhe o colo, tomando-os em suas mãos, se deliciando com o fato de eles caberem tão perfeitamente em seu toque. Redondos, cheios... Seus dedos os exploraram, fazendo-a gemer baixinho.
           Maria reclinou a cabeça para trás, permitindo um acesso maior ao seu corpo. Quando sentiu a boca da poderosa Mattarazi tomar seus seios pensou que acabaria perdendo as forças e caindo, então sentiu as costas sendo apoiadas na madeira da baia.
        A condessa circundava os mamilos, o fazia sem pressa, lambia, brincava e chupava ora bruscamente, ora delicada.
             -- Eu poderia morrer fazendo isso... – Sussurrava.
             -- Se continuar assim, ain... Eu que morrerei... 
             Vitória voltou a fitá-la.
             -- Não quero isso... – Baixou o braço, tocando o sexo molhado. – Só se for de prazer.
         A jovem viu aquele sorriso charmoso, preguiçoso... Depois, levantou a perna, apoiando no quadril da empresária. Sentia os dedos explorando-a, mas o fazia de forma tão delicada, cuidadosa... Mexeu o quadril para incentivá-la...
             -- Calma, meu amor... Não quero machucá-la como da última vez... Quero que seja gostoso...
          Clara achou tão fofa a preocupação demonstrada por aquela mulher tão bruta que sentiu vontade de chorar.
           -- Você não vai me machucar, linda condessa, eu a quero tanto, meu corpo a quer dentro de mim... – Segurou-lhe a mão, levando-a ao centro do seu prazer.
             A ruiva se deixou conduzir, sem deixar de olhá-la, penetrou-a, e ficou extasiada ao senti-la tão receptiva, tão excitada... Sentia o mel lambuzar-lhe a mão.
                Maria escondeu o rosto em seu pescoço.
               -- Eu quero mais... Muito mais... – Pedia rouca.
            A bela Mattarazi ouviu o protesto quando cessou os movimentos, mas lhe calou com um beijo. Conduziu-a até o feno, deitando-a.
            Clara abriu-se para acolhê-la entre suas pernas, se deliciando com o contato tão intimo dos sexos. Ambos estavam molhados, escorregadios... Vibrantes...
              -- Abra-a para mim... – Vitória pediu, sentando-se sobre ela.
             A linda princesa fez o que lhe fora pedido e gemeu alto ao sentirem tão presas... Encaixadas perfeitamente...
             -- Ah, condessa... – Falava e rebolava mais rápido. -- Como pode fazer algo tão gostoso assim... -- Dizia entre suspiros.
              A ruiva ditou um ritmo gostoso, lento, como se estivesse a ensina-lhe um novo passo de dança... Um tango perfeito aos seus sentidos...
               Os sons das fricções poderiam ser ouvidos, junto aos gemidos roucos da Branca de Neve e as palavras desconexas da fazendeira.
            Porém, Vitória parou, ela sabia que se continuasse assim, rapidamente seria dominada pelo prazer supremo e não era aquilo que desejava naquele momento.
              -- Por favor, amor... – Clara choramingou.
            -- Calma, Branca de Neve... – Deitou-se sobre ela novamente. – Eu também desejo comer a sua maçã...
           Clara parecia prestes a protestar, mas ao sentir o beijo entre suas pernas, pareceu rever sua raiva e frustração...
             A ruiva sorriu... Em seguida abriu-a para si, mesmo com a penumbra, poderia ver a doce flor que se mostrava tão delicada para si.
           Lambia a virilha... Tentando não se aproximar tanto daquele prazer que a chamava... Beijou a parte internas das coxas... Com o polegar massageou a doce e rosada maçã...
             -- Vitória... Vitória...
             A veterinária estava ficando louca de tanto desejo...
            A condessa obedeceu prontamente... Colando os lábios no sexo molhado, chupando o mel que escorria, sugando toda a essência de sua fêmea... Invadiu-a com a lı́ngua e ouviu o grito da amada... Não parou... Começou a penetrá-la incessantemente, sentindo-a cada vez mais descontrolada...
        Quando pensou que sua princesa seria dominada por um gozo poderoso, foi empurrada, enquanto a jovem Duomont sentava, trazendo-a para si, encaixando-se num emaranhado de pernas, até que os sexos estivessem em total harmonia.
              -- Eu quero seu prazer dentro de mim... Eu quero que seu desejo domine o meu...
           O manear dos quadris, o roçar dos corpos foram ganhando um ritmo maior, até ambas serem dominadas por um orgasmo tão poderosos, deixando-as totalmente entregues ao grande amor que se rebelava em uma explosão de prazer.
          Clara deitou, trazendo-a para sobre seu peito, acariciando os cabelos afogueados, sentindo as batidas dos seus corações se acalmarem.


            Marcelo observou o filho entrar esbaforido pela porta.
            -- Onde você estava? – Indagou preocupado. 
            O rapaz não respondeu.
          -- Onde você estava? – Segurou-lhe pelo braço. – Frederico me ligou e disse que você esteve lá, pois queria casar com a Clara e doar sua herança para salvar a fazenda. – Apertou mais. – Sua herança não será usada para isso, temos nossos próprios problemas para resolver.
              O jovem se desvencilhou do toque.
              -- Seus problemas, pois a única coisa que quero é ter a Maria Clara.
            -- Não seja idiota. – O homem a repreendeu. – Sua mãe foi embora e disse que vai dar entrada no divórcio e pior, ela quer me tirar tudo.
            -- E o que o senhor queria?
            -- Eu não quero saber, quero que você vá comigo até nosso advogado e peça para antecipar sua herança. – Exigiu.
              Marcos gargalhou.
           -- Eu só posso receber quando me casar e eu só caso se for com a Maria Clara Duomont.
            O prefeito o viu subir as escadas.
           Precisava fazer algo para conseguir aquele dinheiro, tinha muita coisa para resolver e agora com essa história de separação, tudo ainda estava pior.
             Preparou uma dose de uı́sque, em seguida sentou no sofá e ficou bebericando pensativo.
          Se seu plano tivesse dado certo, naquele momento ele estaria com a fazenda Mattarazi nas mãos e a bela Helena ao seu lado, mas tudo saı́ra errado e sua amante entrara naquele carro e sua vida fora ceifada precocemente.
           Agora mais uma vez a condessa estava em seu caminho. Aquela famı́lia parecia amaldiçoada, estava sempre atrapalhando seus planos.
           Começou a girar o copo na mão.
         Só havia uma solução, tirar a bela Vitória do seu caminho. Pensara em seduzi-la, mas aquela mulher parecia feita de gelo, então só tinha um jeito, matá-la. Lógico que seria um desperdı́cio, afinal, a ruiva era muito bonita e ele não gostava de macular obras de artes, porém ela insistia em atrapalhar seus planos.
            Bebeu de uma vez o conteúdo do copo.




            -- Condessa...
           Clara despertou ao ouvir a voz de Batista que parecia muito próxima. Depois de fazerem amor, acabaram dormindo.
           Vitória abriu os olhos, parecia confusa.
           -- Condessa...
           -- Estou aqui, Batista. – Adiantou-se, tentando impedi-lo de vê-las ali.
            A ruiva segurou Maria Clara, pois ela parecia desesperada em busca de suas roupas.
           -- Calma. – Sussurrou em seu ouvido.
           -- Algum problema, Batista? – Indagou, sentando-se.
           Os passos do homem cessaram, deixando a jovem Duomont aliviada.
         -- Apenas fiquei preocupado porque vi o seu carro e não a vi, e aqui está escuro... – Deu uma pausa. – Também já é tarde e não vi a senhorita Clara.
            A condessa lhe deu um beijo rápido.
            -- Não se preocupe, ela deve estar por aı́.
             -- Tá certo. – O home disse por fim. – Vou para casa.
             -- Vá, pode ir descansar.
          Quando Clara percebeu que o administrador tinha saı́do, ela tentou levantar, porém a ruiva segurou pela cintura, fazendo-a sentar em seu colo.
             -- Não, precisamos sair antes que alguém nos pegue aqui. – Tentou se livrar dos abraços.
             -- Ninguém vai vir... – Beijou-lhe os lábios.
             -- Não me arriscaria a tanto...
              A condessa suspirou.
             -- Está bem. – Beijou-lhe o nariz.
            Ajudou-a levantar, recolheram as roupas, se vestiram em silêncio, mas a ruiva a abraçou antes que ela saı́sse do estábulo.
            -- Encontro você em nosso quarto? – Perguntou. 
                Maria Clara sorriu.
            -- Com certeza, minha senhora. 
            Vitória a observou se afastar.
             Encostou-se a baia, passou a mão pelos cabelos.
            Não tinha mais como negar. Estava claro seus sentimentos pela bela Duomont. Amava-a tanto que chagava a doer, desejava-a ao seu lado, queria tê-la não só em sua cama, mas em sua vida, porém temia que o passado estragasse tudo aquilo, temia que seu ódio fosse maior do que seu amor, temia sofrer mais uma vez. Não era acostumada a baixar a guarda e isso a estava assustando.
            Meneou a cabeça para espantar aqueles pensamentos que agora começavam a incomodar.


            Clara banhou, em seguida desceu para jantar, porém não encontrou a condessa.
             -- Tudo bem, menina? – Maria indagou a jovem.
             -- Estou sim. – Sorriu.
             -- Parece distraı́da... – Disse observando-a com atenção.
             A Duomont levou a colher de sopa a boca e tentou evitar que o vermelho tingisse seu rosto.
              -- Está uma delı́cia...
           Não sabia o motivo, mas tinha a impressão que a empregada sabia de tudo que tinha se passado algumas horas antes. 
          -- A condessa está uma fera. – A mulher dizia e a fitava. – Está em seu escritório com os seguranças, parece que alguém permitiu a entrada do filho do prefeito.
               A jovem apenas assentiu, sem falar nada. 
               Maria sentou e lhe segurou as mãos.
              -- Não quero que se machuque, menina, tome cuidado com a Vitória.
              -- Ela é tão má assim? – Indagou preocupada. 
              A boa senhora negou com um gesto de cabeça.
             -- A menina de cabelo de fogo não é má, ela foi apenas uma vı́tima das circunstâncias. – Deu uma pausa. – Eu me lembro de quando ela chegou aqui, era uma princesa. – Sorriu. – Aqueles olhinhos verdes, a pele corada...
           -- O que houve com a mãe dela? – Deixou a comida de lado, interessada em saber sobre a mulher que amava.
            -- Morreu... – Disse tristemente. – O parto foi muito difı́cil, ela não conseguiu... – Passou a mão nos olhos. – Era uma jovem tão linda, tinha toda a vida pela frente...
               -- Você a conheceu?
               -- Sim...
              -- Ela não tinha famı́lia? Por que a Vitória fora criada pelo conde, pelo que sei a esposa dele odiava a filha bastarda. 
               Maria parecia pensativa, perdida em suas cogitações.
              -- O conde foi pressionado por sua mãe a criar a garota. A senhora Mattarazi temia que a neta crescesse e levasse o nome da famı́lia para a lama.
                 -- Então, ninguém a queria... – Constatou chocada.
            -- Apenas o menino Vitor a quis. – Sorriu. – Ele a amava, a protegia e não permitia que ninguém a ferisse.
                 -- E a esposa do conde?
                 Maria torceu a boca.
              -- Eu nunca vi uma mulher tão sem coração como aquela. O seu passatempo preferido era espancar a enteada. – As lágrimas não puderam ser controladas. – A Vitória era apenas uma criança... – Soluçava. – Não tinha como se defender.
                 Clara deu a volta e abraçou os ombros da senhora.
              Ouvir cada palavra só a fazia pensar como fora triste a vida da condessa. Seu coração doı́a por ela, doı́a por tudo que ela passara quando não tinha como se defender.
                 -- E o conde?
              -- Esse era um demônio que nunca se importara com a filha, apenas vivia com suas tantas mulheres.



                 A condessa estava possessa.
              Esbravejava com os seguranças, demitiu a todos. Sabia que um ou mais deles deixaram o filho do prefeito invadir suas terras e isso ela não admitiria.
                 Bateu com o chicote na mesa.
               -- Exijo que todos saiam agora mesmo das minhas terras. Não desejo ver a cara de nenhum de vocês. 
                 Um dos homens se aproximou.
              -- Eu não fiz nada, senhora, juro pela vida dos meus filhos que jamais a trairia, necessito do trabalho...
                -- Saiam! – A mulher falou determinada.
                Todos assentiram e deixaram o escritório. 
                Batista a fitou.
            Ele ficara em silêncio durante todo o tempo, ninguém contradizia ou questionava aquela mulher, mas agora o bom homem não conseguia aceitar aquela decisão, pois sabia que aquilo era injusto.
          -- Eu não acho que seja necessário demitir todos... 
               Vitória estreitou os olhos ameaçadoramente.
            -- Acho melhor não defendê-los. – Falou por entre os dentes.
             O homem correu tão rápido que nem parecia já está em idade avançada. Clara esbarrou com Batista.
                 -- O que houve? Você está bem? – Indagou preocupada.
                -- A menina está uma fera. – Disse por fim. – Acho melhor evitá-la.
                -- O que houve?
                -- Ela demitiu todos os seguranças, está furiosa porque o seu noivo entrou na fazenda.
              A Duomont observou o administrador se afastar e ficou ali parada, pensando se entrava ou não no escritório. Não desejava uma discussão, ainda mais agora que tudo estava bem entre elas, porém não conseguia ficar indiferente àquele problema, pois se sentia culpada.
                 Decidida, entrou.
               A condessa estava sentada em sua cadeira, as pernas repousavam sobre a mesa. Os olhares se cruzaram.
                A ruiva a fitou, respirou fundo.
               -- Algum problema?
               Clara seguiu até onde ela estava, ficando de pé.
               -- Não vai jantar? – Perguntou receosa. 
                Mattarazi a examinou de cima abaixo.
               A jovem usava uma camiseta justa e um short jeans que deixava as longas pernas de fora. Os cabelos estavam presos em um elegante coque.
                  Sentiu a fome retornar ao seu corpo.
              A morena observou o sorriso surgir em sua bela face, exibido, safado. Sentiu o rosto tingir de vermelho ao imaginar o que se passava na mente daquela mulher.
              -- Você fica ainda mais linda com esse rostinho corado. – Umedeceu o lábio superior com a lı́ngua. – Sente-se, senhorita. – Apontou-lhe a cadeira. – Sei que está para não segurar a vontade de falar.
                Maria respirou fundo e soltou o ar lentamente, em seguida, sentou.
             -- Eu só acho que não deveria demitir toda aquela gente. 
              Vitória fez um gesto para que ela prosseguisse.
            -- Eu não sei como o Marcos conseguiu entrar, porém acredito que pelo erro de um ou dois todos devam ser punidos. – Deu uma pausa. – Eles têm filhos, famı́lias para sustentar...
               A condessa se levantou, batendo forte sobre a escrivaninha, assustando a garota.
           -- Ninguém me trai. – Falou baixo, encarando-a. 
             A veterinária meneou a cabeça em afirmação.
          -- Na sua concepção, se um trair, todos serão condenados? 
            A ruiva mirou os lindos olhos negros e se sentiu tocada.
           -- Eu não quero falar sobre isso, não desejo brigar contigo. – Deu a volta, ajoelhando-se diante dela e segurando suas mãos. -- Minha Branca de Neve. – Beijou-lhe cada um dos longos dedos. – Tem ideia de como estou entregue a ti? Tens ideia do poder que tem sobre mim?
            Não, Clara não sabia, porém sabia o quão estava apaixonada por aquela mulher. Amava-a tanto que temia que seu coração não aguentasse, temia que o que a condessa sentia fosse passageiro, temia que chegasse o momento que enjoasse de si.
              Mirou os lábios rosados, o superior era um pouco mais carnudo... Tocou-os com a lı́ngua e depois, tomou-os para si em um beijo cheio de urgência, mas ao ver a outra tão eufórica, afastou-a.
             -- Está tarde... – Levantou-se. – Amanhã preciso acordar cedo porque preciso cuidar dos animais. 
               Vitória a viu sair e ficou frustrada, pensou em ir até ela, mas o telefone tocou, era seu amante Juan.



                     Clara tomou um banho e deitou.
                     A condessa não fora para o quarto.
                  Mirou o celular e viu que já era quase dez horas. Notou que havia inúmeras ligações de Marcos em seu aparelho.
                    Teria  que  por  um  fim  naquele  relacionamento  o  mais  rápido  possível,  pois  sabia  que  seria  impossível  continuar com aquele noivado. Há tempos devia ter tomado aquela decisão e agora seria preciso fazê-lo.
                 Marcos era uma pessoa maravilhosa, tiveram momentos lindos juntos. Conhecia-o desde quando eram crianças e ele sempre lhe protegera e cuidara de si, pois ambos foram criados na capital e na maioria do tempo, só havia o rapaz para apoiá-la.
                  Resolveria  isso  o  mais  rápido  possível,  mesmo  não  sabendo  qual  seria  o  rumo  que  seu  relacionamento  com  a condessa seguiria.


                  Vitória demorara mais do que o necessário. Precisara resolver alguns problemas com Juan sobre a exportação da cachaça e isso lhe atrasara muito.
                   Ao entrar no quarto, o ambiente se encontrava em total penumbra.
             As janelas estavam abertas e as luzes da noite faziam sombras nas paredes. Conseguiu visualizar a jovem deitada em sua cama, encolhida em seu canto.
                   Aproximou-se e ouviu o som suave da sua respiração.
                  Como aquela garota se tornara tão rapidamente sua maior fraqueza?
               Seguiu para o banheiro. Precisava de um banho. Tirou as roupas, ligou a ducha, pondo-se sob ela, sentindo o lı́quido lhe relaxar os músculos.
            Havia uma confusão tão grande dentro de si. Sentimentos e sensações pareciam em confrontos e pela primeira vez em tanto tempo se sentia insegura e não sabia como agir.
                   Deixou o Box, secou-se, aplicou hidratante ao corpo, escovou os dentes, vestiu o roupão e retornou ao quarto. Deitou-se de costas e ficou ali, quieta, apenas sentindo... Tentando não pensar...
Colou o corpo ao da Duomont, sussurrando em seu ouvido.
                  -- Eu te quero... Necessito de ti...
              Clara pensou estar sonhando, mas os toques em seus seios pareciam bem reais...Sentiu os dedos explorando sua feminilidade... Com muito esforço, conseguiu abrir os olhos, deparando-se com a face linda e sedutora da bela condessa, mesmo escuro, podia ver os olhos a fitando.
                 -- Vitória... – Disse baixinho.
              Seus protestos foram interrompidos por um beijo cheio de paixão e urgência. Sua camisola fora tirada de forma tão brusca que precisaria de uma nova, mesmo assim acolheu-a sem seu corpo, acolheu-a, sentindo-a tensa, agoniada, perdida...
                 -- Diga que me pertence... – Exigia.
                A veterinária a sentia sobre si, poderosa, arrogante e orgulhosa em seus gestos...
                 -- Fale...
                 Clara sentiu o sexo sendo invadido e gritou... Recebeu-a... Languida... Molhada...
                 -- Condessa...
                 -- Minha... Só minha...
                 -- Sua...
               Mais uma vez os corpos se fundiram, consumidas pelo prazer e por uma poderosa força a lhes dominarem.

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