A condessa bastarda -- Capítulo 18



           Vitória encarou cada membro da famı́lia Duomont que ali estavam presentes. Observou a expressão de asco exibida por Clarice, à surpresa de Felipe e o ódio que os olhos de Frederico denotavam. Não se importava com aquelas pessoas, tirando o filho do velho que não parecia ter tanta personalidade, todos os demais eram meras peças em seu precioso jogo de xadrez.
             Cruzou as pernas, abrindo os braços sobre o encosto do sofá, exibia o sorriso sarcástico, a altivez e arrogância que faziam parte de sua personalidade forte e temível.
            -- Saia imediatamente da minha propriedade, antes que eu te mate com as minhas próprias mãos. – O patriarca ameaçava.
           -- Ligarei agora mesmo para a polı́cia. – Clarice seguiu até o aparelho telefônico, mas as palavras da condessa a detivera.
               -- Sua propriedade? – Arqueou a sobrancelha esquerda em deboche. – Acho que não!
               -- O que estás a insinuar, senhora? – Felipe se adiantou.
            -- Não escute o que essa assassina está dizendo. – Gritou o polı́tico, tirando uma pequena arma da cintura e apontando para a inimiga. – Vou matá-la de uma vez por todas, ninguém ousará me julgar, pois estou me defendendo de sua invasão.


             Maria Clara passou alguns minutos sob a ducha. Estava exausta e queria relaxar os músculos. Sentia-se triste e naquele momento só desejava deitar em sua cama e dormir, dormir muito até que aquela sensação em seu peito saísse.
        Estava muito brava, furiosa com a condessa, afinal, ela não desejava ser a prefeita, só se candidatara por vingança e não havia nenhum sentimento nobre quanto àquela eleição. Vitória não se importava com as pessoas e não se daria o trabalho de fazer nada por eles.
             Por que a vida tinha que ser tão injusta?
            Vestiu o roupão e secou os cabelos com uma toalha. Sentou na cama, cobrindo o rosto com as mãos.
          Não desejava sentir raiva, não desejava alimentar aqueles sentimentos horríveis, porém não sabia como se livrar deles.




                -- Meu Deus, por favor, ajude-me... – Pedia em uma prece.
                De repente, ele ouviu o som de um tiro e imediatamente correu, parando na escada, estática.
          Viu o avô  apontar uma arma para a condessa, enquanto a ruiva parecia impassável, não demonstrando nenhum tipo receio.
                -- Vovô, não faça isso pelo amor de Deus! – Gritou chamando a atenção de todos.
              Mattarazi relanceou os olhos e fitou a bela jovem. Observou o terror presente naqueles lindos olhos negros, mesmo assim, estava linda com o roupão preto e os cabelos molhados...
                -- Fique fora disso, Clarinha! – Frederico ordenou. – Volte para o seu quarto.
             -- Papai, a Clara está certa! – Felipe se aproximou. – Vamos resolver isso de outra forma. Maria Clara desceu e se aproximou.
                -- O que faz aqui, condessa? – Encarou-a com as mãos na cintura. – Não consegue deixar as pessoas em paz?
              -- Por isso irei matá-la, ela invadiu minha propriedade! Vitória fuzilou a jovem Duomont com o olhar.
              -- Sua propriedade? – Abriu a bolsa e mostrou um documento. – De acordo com o que está escrito aqui, você não tem mais nada.
            Felipe se adiantou e pegou o revólver antes que acontecesse algo pior. Quando viu a arma disparar pensou que tivesse atingido a condessa, mas se sentira aliviado ao ver que não a atingiu, porém o mais impressionante de tudo aquilo é que a Mattarazi nem piscou, parecia não temer nada e nem ninguém.
               Frederico tomou o papel da mão da ruiva e ficou paralisado ao examinar.
               -- Adianto que o que você tem é uma cópia! Clarice se aproximou altiva.
               -- Saia daqui agora mesmo, sua bastarda!
             -- Quem vai sair daqui e bem rapidinho é a senhora e todos os outros. – A condessa levantou-se. – Até amanhã eu quero tudo desocupado, mandarei dedetizar para sair o cheiro podre de todos vocês. – Retirou-se pomposamente.
              Clara a observou a expressão do avô ao ler o documento que tinha em mãos e saiu atrás da Vitória para que ela lhe desse uma explicação.
              -- O que é isso, papai? – Felipe indagou.
              O polı́tico estava pálido e precisou sentar, pois parecia que iria cair.
              -- Maldita seja Mattarazi...


             Clara se apressou e encontrou a condessa já abrindo a porta do carro. Puxou-a pelo braço.
             -- O que veio fazer aqui?
              A ruiva a encarou irritada.
             -- Não é da sua conta! – Respondeu pausadamente.
            -- Não basta ter ganhado a eleição, ainda veio aqui provocar a minha famı́lia. Vitória puxou o braço violentamente, se livrando da mão que a prendia.
          -- Não ouse falar assim comigo, sua idiota! – Apontou-lhe o indicador. – Está doı́da porque perdeu é? – Sorriu debochada. – Eu disse que eu venceria, nem você e nem ninguém podem me enfrentar.
              -- Você nem se importa com essas pessoas. – Constatou.
              -- Para mim, elas podem morrer que não moverei uma palha para ajudá-las.
           A morena se descontrolou ao ouvir aquelas palavras, segurando a condessa firme pelos ombros, empurrando-a forte contra o veı́culo.
              A ruiva tentou se soltar, mas Maria a mantinha presa.
              -- Você não merece ser a prefeita.
             -- Que pena! – Fingiu se importar, mesmo exibindo uma expressão irônica. – Mas as pessoas preferiram a mim. O pátio estava escuro, mas mesmo assim era possível ver o sarcasmo dançar naquela ı́ris verde.
              -- Saia daqui antes que eu perca a minha paciência. – Soltou-a.
            -- Tadinha da princesinha estava crente que sairia vencedora dessa disputa, pobre Branca de Neve. – Provocou.
               -- A senhora é digna de pena, condessa! – Maneou negativamente a cabeça.
             -- Pena? – Vitória repetiu a palavra como se fosse fogo a queimar sua boca. – Guarde sua pena pra você, te garanto que irá precisar e muito.
                -- Saia daqui e não volte nunca mais! – Ordenou. – Deixe a minha famı́lia em paz.
               -- Como você é ingênua. – Entrou no veı́culo. – Volte lá para o seu avô e veja o que ele diz. – Ligou o carro. – Vamos ver se quando ficar sabendo ainda mostrará toda essa segurança.
            Clara ficou observando o automóvel se afastar. Nunca se sentira tão irritada, tão descontrolada como naquele momento.


              Frederico seguiu cabisbaixo para o escritório e não falou uma ú nica palavra.
             -- O que têm naqueles papéis? – Clarice indagou. – E o que aquela maldita insinuou ao sair?                Clara adentrou a sala.
             -- Onde está o vovô?
             Felipe sentou, respirando fundo.
            -- Ele não disse nada. – Apontou para a direção que ele seguiu. A morena assentiu e caminhou em busca de Frederico.
        Bateu na porta do escritório e ninguém respondeu. Repetiu o ato, mas como não recebeu resposta, decidiu entrar assim mesmo.
             Encontrou o avô sentado no chão olhando fixamente para aquelas folhas.
            Correu para levantá-lo, ajudando-o a sentar no sofá. Recolheu os papéis que caı́ram no chão e ficou a examinar o que estava escrito em cada uma daquelas linhas. Cada frase a deixava cada vez mais perplexa.
              Ajoelhou-se diante do patriarca.
             -- O que significa isso? Frederico a fitou intensamente.
            -- Apostei tudo na sua campanha, eu tinha certeza de que você ganharia. – Cobriu o rosto com as mãos. – Fiz por ti, por seu futuro.
              Clara lhe tocou o rosto.
               -- O que perdemos?
                -- Tudo...! – Falou em um fio de voz.
                 -- Mas e onde foi parar todo esse dinheiro?
            A jovem não duvidava das palavras do avô, porém não sabia e nem mesmo viu toda essa quantia, afinal, a fazenda valia muito e tempos antes o apartamento que ela vivia na capital fora vendido para sanar dıvidas.
            -- Gastei para pagar as coisas... – Levantou-se. – Não é fácil manter esse lugar, sem falar em sua mãe que sempre só quer o que há de melhor. – Gesticulava nervoso. – Quando você se feriu com o cavalo foi preciso comprar um carro especial e tantas coisas a mais.
             Clara abriu a boca para retrucar, afinal, o veı́culo especial fora ideia de Frederico e de Clarice, de inı́cio ela achara um exagero, mas não tinha como discutir com pessoas de personalidades tão fortes.
             -- Como ela ficou sabendo? – O homem insistia. – Não tem lógica... – Falava pensativo.
            -- Não acho que isso vem ao caso. – Clara deu de ombros. – Precisamos conseguir um prazo maior para podermos pagar essa dıvida. – Passou a mãos pelos cabelos.
              -- Como? Aquela maldita não vai deixar, ela vai nos expulsar daqui, mas antes eu a matarei. – Bateu forte na mesa.
            -- Não, vovô! – Tocou-lhe o ombro. – Assim vai ser pior, o senhor precisa falar com ela, tentar negociar... A jovem observou o polı́tico se empertigar e sair pisando duro.
               Ela sabia que a situação não seria fácil, tinha certeza que a condessa usaria todo o poder para humilhar a sua famı́lia.
                   Sentou.
                   O que seria agora de todos?
             Pelas palavras do avô, não havia nada mais, tudo tinha sido dado como garantia do pagamento da dıvida: Carros, animais, móveis...
                     Deveria existir uma solução, um prazo, um acordo para que não perdessem tudo.
                   Mesmo sendo tarde, pegou o telefone e discou o nú mero de um amigo que era advogado, rezando para que ele atendesse, pois pela primeira vez em sua vida, não conseguia acreditar que as coisas seriam resolvidas.


                    A condessa retonou para a fazenda.
                   Maria veio até ela avisar que Otávio ligara inúmeras vezes e Alex também.
                  A ruiva nem ao menos respondeu nada, seguiu direto para as escadas em direção do quarto. Ao chegar lá, deitou-se, sem se dar o trabalho de acender as luzes.
                     Estava feito!
              No dia seguinte sua vingança seria totalmente concretizada. No dia seguinte destruiria e humilharia Frederico Duomont e sua prole diante de toda a cidade.
                  Tentou não se lembrar da neta do inimigo, mas não tinha como não fazê-lo.
               Os olhos de Maria Clara... Conseguiu ver a fúria, mas também a dor... Quando a fitou no topo da escada, percebeu o medo presente naquele rosto tão lindo...
                  Por que seu corpo a desejava tanto? Queria tocá-la, tê-la para si...
                 -- Não! – Levantou abruptamente, sentando. – Ela é uma Duomont e irá pagar igual a todos. – Caminhou até a varanda do quarto e ficou observando o céu estrelado. – Eu vingarei a sua morte, meu irmão!


                Maria Clara não conseguiu dormir naquela noite, rolara de um lado para o outro pensando como faria para resolver os problemas. Infelizmente, o advogado com quem ela falou foi bem claro e disse que nada poderia impedir que a condessa colocasse todos pra fora dali. Bem, ela poderia trabalhar, tinha uma profissão, poderia alugar um apartamento pequeno e todos morariam lá. Seu pai não conseguira se reeleger, mas ele também poderia arrumar um emprego.


               Frederico acordou cedo e seguiu para o escritório. Tinha muitos amigos e decidiu pedir ajuda a alguns.
               Depois de uma hora de conversas, percebeu que não teria jeito de manter a fazenda, ao menos que pudesse convencer a maldita condessa a isso. Porém, sabia que seria impossível.
                   Miserável!
               Amaldiçoava o momento em que se envolvera com aquela famı́lia desgraçada. Ouviu batidas na porta e em seguida a nora entrou esbaforida.
                   -- A condessa está aı́ e disse que quer desocupemos a fazenda.
                   -- Diga pra ela vir até aqui. – Disse firme.
                Clarice o fitou confusa, mas seguiu para fazer o que foi pedido. 
                  Alguns minutos se passaram até passos filmes serem ouvidos.
                    -- Não tenho tempo para esperar, desejo que saiam o mais rápido possível.
                Frederico odiou ter que fazer aquilo, mas não seria humilhado em público, não passaria aquela vergonha...
                   -- Eu acho que temos como negociar... – Disse engolindo o orgulho. 
                   Vitória sorriu, deu a volta e foi sentar na imponente cadeira do escritório.
                    -- O que você poderia me oferecer que interessaria?
                   O polı́tico sentiu ganas de matá-la, mas não poderia fazer nada, não naquele momento.
                    -- Eu não sei! Mas pense em algo.
                    -- O senhor não tem nada que me interesse... – Pensou por alguns minutos.
                    -- Dê-me um prazo e quito a dívida.
                    -- Como?
                    -- Eu tenho contatos, posso pagar tudo.
               A condessa arqueou a sobrancelha, se inclinou na cadeira levando as pernas até a parte superior da mesa, cruzando-as.
                    Frederico ficou vermelho de tanta raiva.
                    A porta foi aberta abruptamente dando entrada para Marcos e Marcelo.
                   -- Posso saber quem deu permissão a vocês para entrarem em minha propriedade assim?
                  -- Você é uma doente, condessa! – Marcelo esmurrou forte a mesa. – Kassandra deveria tê-la matado. 
                   Vitória gargalhou alto.
                   Marcos precisou segurar o pai para que ele não partisse para cima da ruiva.
                -- Você é uma doente! – O rapaz falou. – Não se preocupe, seu Frederico, Clarice nos avisou o que está acontecendo, viemos buscar todos para nossa casa.
                     --  Ótima ideia! – Mattarazi levantou. – Vá viver de favores na casa desses dois idiotas.
                Ela pegou uma foto onde estava presente toda a famı́lia Duomont. Viu uma garotinha de cabelos negros e olhos grandes, a pele era ainda mais branca.
                  Branca de Neve!
                -- Em breve me casarei com a Maria Clara, vou levá-la para viver comigo e todos também.                   A condessa aplaudiu.
                -- Estou tão emocionada que só não choro para não borrar a maquiagem. – Debochou.
                Clara entrou e ficou surpresa com todos que se encontravam ali. Pensara em falar com o avô sobre sua ideia de arrumar um emprego e alugarem um apartamento, mesmo sendo algo pequeno, pelo menos viveriam dignamente.
                De todos ali naquela sala, apenas a condessa lhe chamava a atenção. Conseguia ver naqueles olhos lindos o sarcasmo, a arrogância exibida por sua postura sempre altiva.
               Ela conseguia ser ainda mais linda usando aquela jaqueta de couro e com as madeixas soltas. Eles estavam menores, estava ainda mais maravilhosa.
                -- Não se preocupe, meu amor. – Marcos se adiantou a beijando. – Você irá viver comigo, casaremos o mais breve possível.
              Vitória sentiu o sangue correr mais forte em suas veias ao ver o carinho que a jovem recebeu. Queria matar aquele garoto idiota e depois fazer aquela estúpida sofrer tanto que se arrependeria de ter cruzado o seu caminho.
              -- E então, Frederico, vai descer ao nıv́el de viver de esmolas, sendo visto como um fracassado que você  é  e sempre vai ser?
               -- Não, não! – O homem se adiantou. – Dê-me o tempo que lhe pedi, eu pagarei. 
               A condessa voltou a sentar, exibindo aquele sorriso irônico.
              Todos a olhavam curiosos.
              -- Eu lhe darei um prazo de oito meses. – Girava lentamente na cadeira.
             -- Será o suficiente, eu pagarei e recuperarei a fazenda. – Duomont disse entusiasmado. 
             Clara ficou surpresa com o que ouvia, mas não teve tempo de expressar isso em palavras.
            -- O prazo será dado, mas em troca eu desejo algo... – Mirou despudoradamente a neta do inimigo. 
                A jovem percebeu o olhar e sentiu o rosto em brasas.
               -- Darei o que pedir!
               Levando em conta que Frederico não tinha nada, soara estranho o que fora dito.
               Vitória encarou cada rosto presente ali e sentiu o prazer antecipado pelo que viria a seguir.
            -- Desejo que a sua netinha seja a minha empregada... – Deu uma pausa para prolongar a pequena vingança. – Na verdade, uma escrava que fará tudo o que eu desejar, alguém que limpará, lavará...
                -- Você só pode estar louca! – Marcos se adiantou indignado.
                Maria precisou segurar o noivo, pois ele praticamente partiu para a cima da ruiva.
                 Marcelo fitou o polı́tico.
                -- Essa mulher precisa ser internada, só pode. – O prefeito disse.
              A jovem Duomont fitava Vitória, buscando em seu olhar algo que denunciasse que aquilo era apenas uma brincadeira, porém percebeu que estava enganada e que aquilo que ouvia era realidade.
                -- Em que consiste essa proposta? – Frederico indagou interessado.
               Os presentes pareceram ainda mais chocados com a pergunta feita pelo patriarca.
               -- Uma escrava em tempo integral... – A ruiva disse simplesmente.
            Dessa vez foi Marcelo a segurar o filho, pois Maria Clara não tinha forças suficientes para aquilo. Retirou o rapaz do escritório, antes que ele fizesse uma loucura.
             -- Você está louca, condessa! – A jovem a enfrentou. 
             A ruiva arqueou a sobrancelha, mas ignorou a moça.
           -- E então, Frederico? Não tenho tempo para esperar. – Levantou-se. – Se disser não, agora mesmo mandarei meus seguranças jogarem vocês para fora sem levar nada, afinal, tudo é meu.
               Frederico fitou Marica Clara e nesse momento a morena percebeu que seu avô aceitaria.
            -- Será apenas oito meses, eu recuperarei tudo. – Tocou-lhe a face. – Eu já estou idoso, não suportaria essa humilhação, sem falar na sua mãe...
               Vitória ficou enojada.
           Não lhe surpreendia o que estava ouvindo, sabia como o Duomont era manipulador, como usava cada pessoa ao proveito próprio. Viu os olhos da doce princesinha brilharem, notou a decepção presente neles.
                 Desviou o olhar, aquela mulher conseguia tocá-la profundamente.
              Maria Clara desejou se negar ao que estava sendo pedido, porém quando recordava de tudo que o avô fizera por si, não conseguia se rebelar.
               Mirou a condessa, percebeu que o que ela mais desejava era destruir a sua famı́lia, separá-los e aquilo era com certeza uma forma de jogá-los um contra o outro, mas não daria esse gosto a ela, sairia vencedora daquela batalha e não cairia naquele jogo sujo da poderosa e insensível Mattarazi.
              Vitória viu a jovem Duomont se empertigar, enfrentando-a, surpreendendo-a com as palavras que foram ditas.
           -- Aceitarei, condessa, farei isso por minha famı́lia, coisa que a senhora nunca teve e não sabe o que significa. – Chegou mais perto. – Farei isso pelo amor que tenho a cada um deles... Ah, esqueci que a senhora não sabe o que é amor.
             A ruiva estreitou os olhos ameaçadoramente Frederico colocou a mão no ombro da neta.
             -- Bem, temos um acordo?
             Vitória apenas assentiu.
             -- Miguel acertará os detalhes do acordo. – Seguiu até a porta. – Amanhã mesmo quero minha escrava em minha casa.


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