A condessa bastarda -- Capítulo 12


             Maria Clara entrou no veı́culo, ligando-o, saiu em alta velocidade.
            As lágrimas lhe embaraçavam a visão. Não pela dor fı́sica, mas por seu desacreditar naqueles que amava tanto. Entendia que havia muitos interesses escusos na polı́tica, porém não percebera que estava apenas sendo usada para alcançar tais vantagens. Era apenas um peão naquele jogo pelo poder.
Em que eles eram melhores do que a condessa?
            Fora esse o motivo da raiva do avô, porém eram eles que agiam de forma pior do que Vitória.  
               Bateu forte na direção do veı́culo!
             Seu avô só desejava destruir a Mattarazi, era esse o único desejo de sua famı́lia. Ele estava obcecado por essa maldita ideia e não havia nada que pudesse ser feito quanto a isso.
               E o noivo?
              Que papel ele estava executando em todo aquele teatro?
            Decerto, ele assumiria a prefeitura e ela em nada participaria. Lembrava-se das pessoas que visitara em todos aqueles dias e recordava do olhar esperançoso que eles lhe dirigiam.
              Educação, saúde, segurança, empregos...
             Sorriu amarga e acelerou ainda mais vendo pelo retrovisor a poeira da estrada. Não sabia para onde ir, só não desejava voltar para casa naquele momento.


              Batista observou o empregado trazer o jipe da patroa.
            Estranho, ela só vivia para cima e para baixo com o Bastardo. Viu-a sair da casa grande. Usava roupas de montaria.
              -- O que houve com o cavalo? – O homem perguntou ao vê-la entrar no carro.
              -- Está descansando e não irei longe. – Ligou o automóvel. – Cuide de tudo! 
              O administrador nem pode concluir os pensamentos e a viu se afastar. Levou o chapéu a cabeça e ficou observando o veı́culo sumir em alta velocidade.
          Ultimamente a condessa estava mais calada do que de costume e ainda mais intolerante. Demitira alguns funcionários da usina por motivos irrelevantes. Ninguém podia falar nada, até a maior sutileza era motivo para ser mandado embora.


                Vitória seguiu em direção ao rio.
              Aqueles dias estavam sendo bem cansativos e entediantes. Não pudera viajar, pois precisara se entrosar mais com a campanha. Não entendia como as pessoas viviam daquele jeito. Os polı́ticos só visavam os próprios interesses.
               Respirou fundo!
          Se não fosse por causa de Frederico não teria aceitado se submeter àquilo. Precisaria se esforçar mais, pois percebera que a princesinha de contos de fadas estava sendo muito bem vista pela população.
               Teria como ser diferente?
             Eles enxergavam em Maria Clara a salvadora da pátria, aquela que mudaria o destino daquele lugar e levaria a paz e a bonança para a vida de todos.
               Idiotas!




              Clara parou o carro e desceu.
            Sentou no capô do automóvel e ficou a fitar o rio que parecia ainda mais fascinante naquele dia. Em breve o sol se poria e ela ficaria ali a observá-lo se esconder no horizonte.
            Fora para ali por coincidência. Rodara por algum tempo sem saber que rumo tomar, de repente se dera conta que seguia pelo estreito caminho que dava até aquelas águas. Ainda pensara em dar marcha ré e retornar para casa, mas não o fizera.
               Lembrou-se das inúmeras chamadas que tivera no celular e nenhuma delas atendera. Seus pais ligaram insistentemente e o Marcos, porém não desejava falar com nenhum deles, pelo menos não naquele momento. Sua cabeça fervilhava, desejava apenas permanecer sozinha...
                Viu um veı́culo se aproximando e lá estava Vitória Mattarazi vindo em sua direção. Por que sempre a encontrava?
                 Era como se houvesse um imã que as atraiam... Não desejava brigar... Queria ficar quieta em seu canto.
               Desde o último encontro que ocorrera naquele mesmo lugar, não a viu mais e isso fora ótimo para sua sanidade mental. Voltou a observá-la se aproximar.
              Os cabelos de fogo estavam soltos e acariciados pelo vento. Usava óculos pretos, o que impedia de ver seus olhos. Usava calça de montaria preta, bota de cano alto até os joelhos, marrom, camisa de mangas longas, combinando com a calça, com alguns botões abertos.
                   Desviou o olhar e voltou a fitar o rio.
              Vitória avistou o carro e ao se aproximar viu de quem se tratava. Será que seria preciso arrancá-la de suas terras por meios mais violentos?
               Não a queria ali, não a deseja perto de si, nem mesmo desejava vê-la em qualquer lugar. Odiou a sensação que passou por todo seu corpo quando ela a olhou.
                  Irritada, seguiu até a jovem para expulsá-la de uma vez por todas dali. Parou diante dela.
               -- Saia daqui agora mesmo ou chamarei meus seguranças para tirar-te e acredite que eles usarão de toda violência para isso.
                 Clara simplesmente a ignorou. Já esperava por aquilo, mas não moveu um único músculo.
                -- Está surda? – Segurou-lhe a face, fazendo-a fitá-la. – O que houve? – Indagou surpresa ao avistar o machucado.
               -- Nada que seja de sua conta, condessa. – Afastou-lhe a mão. 
               A outra não pareceu satisfeita com as palavras.
                Retirou os óculos e observou-a cuidadosamente.
                -- Quem te bateu?
            A Duomont encarou aqueles olhos verdes. Ela estava muito próxima de si e parecia ainda mais linda do que a última vez que a viu.
                -- Não é da sua conta! – Desceu e já seguia para o carro, quando foi detida pelo braço.
                -- Fique! – Falou firme.
Por um segundo, Clara viu algo diferente naquele olhar.
               -- Isso é uma ordem ou um pedido? – Arqueou a sobrancelha. – Não acredito que vai dividir essa imensidão de água comigo. – Ironizou.
               A condessa esboçou aquele meio sorriso.
             -- Não, mas a deixarei aproveitar esse paraı́so, assim vai doer mais quando pensar que nunca será seu.
            A morena sorriu. Afastou-lhe a mão que prendia seu braço e seguiu até uma enorme pedra e sentou, encostando-se a ela.
         Observou Vitória seguir até  o carro e imaginou que ela fosse embora, mas não, a mulher simplesmente pegará uma garrafa e caminhou até ela.
             -- Cuidado para nenhuma cobra lhe picar. – Colocou a bebida junto a ela.
          A neta de Frederico levantou os olhos e a viu se livrando das roupas, até ficar apenas de lingerie.
          Sentiu a pele aquecer instantaneamente, conseguia ouvir as batidas do próprio coração que parecia desejar sair por sua boca.
             Viu-a se afastar e se jogar no rio.
             As peças ı́ntimas na cor preta era a verdadeira imagem da perdição.
          Tentou controlar a respiração, fazendo-o lentamente, pois temia que o oxigênio não chegasse aos seus pulmões. Passou a mão pelos cabelos.
           Se tivesse um pouco de bom senso, iria embora naquela mesma hora daquele lugar. Não era uma boa ideia permanecer tão próximo da condessa, ainda mais quando não conseguia controlar as reações do seu corpo.
              Pegou a garrafa que estava ao seu lado: “ Bastarda!”
               Retirou a tampa e levou o vasilhame até a boca, tomando uma boa dose.
             De inı́cio a sentiu queimar a garganta, mas depois se acostumou com o sabor forte e quente da bebida.


               -- A Maria Clara atendeu? – Frederico perguntou ao filho.
               -- Não! – Felipe se levantou do sofá. – Irei procurá-la.
               -- Acho melhor esperar, não sabemos para onde ela foi. – Clarice tocou o braço do marido.
            -- Irei para o quarto, qualquer coisa, avisem. – O polı́tico subiu as escadas até o andar superior.
                 -- Daqui a pouco vai anoitecer e nada de notı́cia da nossa filha. – O homem insistia. – Papai foi longe de mais batendo
                -- Ela pediu isso! – A mulher falou firme. – Afinal, desde quando ela desafia o avô e ainda por cima nos compara àquela mulher.
               Felipe não quis discutir, pois sabia que a esposa tinha o mesmo jeito de tratar que Frederico. Pegou as chaves do carro e seguiu em busca da jovem.


                A condessa saiu do rio e seguiu até onde estava a neta de Frederico, sentando ao lado dela.
           -- A água está uma delı́cia! – Fitou-a. – Vejo que andou provando da cachaça. – Pegou a garrafa. – Cuidado para não se embebedar.
                Clara a fitou e tentou não olhar para o colo que exibia algumas sardas.
           -- Às vezes fico a pensar se você tem amigos ou se algo ou alguém tem alguma importância em sua vida. Age sempre com sarcasmo... – Parecia falar mais para si.
             Vitória tomou uma grande quantidade da bebida e ficou a observar o sol aos poucos ir sumindo no horizonte. 
                Respirou fundo.
              -- A única pessoa que teve importância em minha vida não está mais aqui... – Mordeu o lábio inferior. 
               Maria observou o perfil forte, o nariz empinado e orgulhoso.
              -- Seu pai?
             A condessa a encarou e deu um largo sorriso.
            -- O conde??????? Vitório Mattarazi fora um grande hipócrita, fraco, mesquinho... Acho que só falei com ele durante toda a minha vida duas vezes. Jamais nos encontrávamos... Ele estava sempre na cama de alguma vagabunda... Esbanjando o que não tinha...
           A noiva de Marcos a observava em busca de alguma demonstração de sentimento naquele lindo rosto, mas tinha a impressão que só havia frieza, indiferença...
             -- E sua madrasta?
            -- A orgulhosa condessa? – Pegou uma pedrinha e jogou no rio. -- Ela me odiava! Quando eu ainda era um bebê me mandou para longe e quando o dinheiro acabou, teve que conviver com a minha presença. – Voltou a beber. – Ela me fazia dormir no estábulo e não me deixava entrar na mansão. – Sorriu. – Até que um dia eu mostrei que tinha o sangue dos Mattarazis e a enfrentei. Só não bati ainda mais nela porque o Batista me segurou. Depois desse dia, ela nunca mais ousara agir assim comigo.
             A Duomont olhou-a mais uma vez e ficou a imaginar uma linda criança de cabelos ruivos e olhos verdes passando por todas essas coisas. Não conseguia encaixá-la naquela imagem. Ela sempre exibia aquele ar arrogante, superior a tudo e a todos.
             -- Só existira alguém em minha vida e talvez eu não tenha demonstrado o meu amor por ele. – Mirou os olhos negros. -- Vitor fora o único que se preocupara comigo, que cuidara e estivera ao meu lado por todo o tempo. Jamais me julgara ou torcera o nariz para o meu jeito difı́cil de ser.
            Clara estendeu a mão e tocou-lhe o rosto. Viu as lindas esmeraldas brilhar. Por um lapso de segundo pode ver a emoção naquele olhar.
             Vitória repeliu o carinho.
           -- Até a sua maldita tia aparecer e destruir a vida dele, levando-o a decadência e depois a morte. Agora foi a vez de Maria Clara beber.
             Era difı́cil manter uma conversa com aquela mulher, na verdade, era impossível, pois sempre vinha aquelas palavras recheadas de ódio contra sua famı́lia.
              -- E então, Branca de neve, quem te bateu? – Fitou-a.
            Maria Clara levantou-se abruptamente, sentindo a cabeça girar, Vitória a imitou, segurando-a rapidamente, antes que ela fosse ao chão.
              -- Acho que você exagerou na bebida! – Sorriu. -- É melhor sentar.
              -- Quero ir embora! – Tentou inutilmente se soltar. – Deixe-me, estou cansada de ti.
              -- Ah é? -- Apertou-a mais contra si.
              A lua já podia ser vista, grande, majestosa, iluminando a noite escura.
              -- Solte-me! – Espalmou as mãos, tentando se livrar do abraço.
             A condessa sentia o corpo todo em brasas. Desejava tocá-la, senti-la... Tentou beijá-la, mas a Duomont virou o rosto para evitar o contato.
       -- Não se atreva a beijar-me. – Conseguiu soltar-se, mas com o esforço, acabou se desequilibrando, caindo ao chão e levando consigo a Mattarazi.
          Maria Clara lutou para sair de debaixo da jovem, mas Vitória apenas gargalhava de forma debochada.
              A neta de Frederico conseguiu arranhá-la no rosto e dessa vez, a condessa não pareceu gostar da brincadeira. Conseguiu lhe segurar os pulsos sobre a cabeça, posicionando entre suas pernas para evitar uma nova agressão.
             -- Bastarda! – Gritou.
             -- Vou te mostrar a bastarda!
           A condessa esmagou-lhe os lábios com os seus. Sentiu-a fechar a boca, então forçou a entrada, até senti-la ceder. Invadiu os recantos e a raiva deu lugar ao desejo. Deliciou-se com o sabor mesclado ao álcool. Gemeu ao ter a lı́ngua sugada.
           Maria Clara desejava matá-la, rasgá-la, mas ao sentir o gosto daquela boca, a paixão ocupou o lugar da fúria. Afastou as pernas para tê-la mais intimamente.
             Seu sexo chegava a vibrar de tanta excitação.
          Protestou quando Vitória se afastou, mas quando a viu se posicionar em meio suas pernas e começar a lhe retirar o short, ajudou-a imediatamente no intuito.
           A neta de Frederico apoiou-se no cotovelo e ficou a observar a outra ajoelhada entre suas coxas. Viu-a afastar a calcinha e precisou morder o lábio inferior para não gritar alto ao perceber o toque dos dedos em sua carne.
                -- Não! – Deteve-lhe o movimento.
           Clara viu o sorriso torto. O luar a iluminava e a deixava ainda mais bonita. Observou-a se levantar e chegou a pensar que ela iria embora, mas ao vê-la se livrar do restante das roupas, sentiu o desejo correr ainda mais forte por suas veias.
                A visão parece ter deixada sóbria. Seguiu até a condessa, fitando-a intensamente. Como uma mulher poderia ser tão linda?
                Os seios redondos, não eram grandes, mas tinha o tamanho perfeito, os mamilos, claros, se insinuavam como dois botões. Baixou o olhar pela cintura fina até chegar ao lindo triângulo que ficava entre as coxas...
               Ambas se encararam e naquele momento não havia sarcasmo no olhar de bela Mattarazi. A jovem estendeu a mão e tocou-lhe o colo... Sentiu a maciez em seu tato...
                 A condessa a trouxe para si, colando os corpos.
             Clara a puxou pela nuca, trazendo a boca dela para colar na sua. Sentiu o beijo quente, os lábios macios e foi em busca da lı́ngua, encontrou-a, parecia querer devorá-la...
               Vitória a livrou da blusa e começou a soltar o fecho do sutiã. A outra não protestou ou não pareceu notar o que a ruiva fazia. A jovem a fez deitar, em seguida tirou a última peça que a cobria.
               Ajoelhou-lhe mais uma vez diante dela. Observou-a com os lábios entreabertos. Deitou sobre ela, arrepiando-se ao sentir a pele quente ao encontro da sua.
                 Maria Clara parecia maravilhada e extasiada.



              Valentina estava se arrumando para deixar a delegacia quando um dos policiais veio lhe avisar que Felipe Duomont desejava vê-la.
                Relutou antes de deixá-lo entrar, afinal, já estava na hora do seu descanso e a única coisa que desejava naquele momento era encontrar o marido e o filho.
                 Mas o que teria levado o vereador até ali? Raramente o via e desde o último incidente com a condessa, tudo parecia ter voltado à paz.
                 Curiosa, mandou que o deixasse entrar.
              Observou o homem que depois de alguns segundo parou diante de si. Era possível ver como ele estava preocupado. Apontou a cadeira para que ele sentasse e fez o mesmo.
                -- Boa noite, delegada! – Cumprimentou-a.
                -- Boa noite, senhor, em que posso ajudá-lo?
                -- Preciso que ajude a encontrar a minha filha.
                Valentina o fitou e notou o nervosismo presente em seu olhar.
                 -- A Maria Clara sumiu? – Indagou surpresa. O homem meneou afirmativamente a cabeça.
                 -- Houve um problema em minha casa e ela saiu. – Disse simplesmente.
               -- Perdoe-me insistir, mas preciso saber o que realmente houve para que ela saı́sse de casa.                     Felipe cobriu o rosto com as mãos e depois voltou a fitá-la.
                -- Ela se desentendeu com o meu pai.
                -- Ela não está com o noivo?
              -- Não, ninguém sabe onde ela está. – Mexeu-se na cadeira, parecia desconfortável. – Ela não tem amigos e não teria para onde ir, mas parece que ela sumiu, foi tragada pela terra.
                 -- O senhor a procurou em todos os lugares?
                -- Bem, levando em conta que a cidade é pequena, sim, só não a procurei na propriedade de Vitória Mattarazi. 
                  Valentina sentiu algo alarmar em seu cérebro ao ouvir a menção à ruiva.
                Inúmeras vezes, Maria Clara seguira para as terras da condessa e isso era uma possibilidade que a deixava preocupada.
                -- Está certo! – Disse levantando-se. – Eu irei a busca da sua filha. Vá para sua casa e entrarei em contato assim que tiver notı́cias.
                    Felipe levantou-se e apertou a mão da morena.
                -- Obrigado, delegada, não sabe como estou mais tranquilo em saber que terei o seu auxı́lio.  
                 Valentina sorriu simpática, mas algo naquele momento a perturbava demasiadamente.


                 Clara observou a jovem sentar sobre seu sexo e meneou o quadril para sentir o desejo ainda mais forte. Uma deusa banhada pelo luar... Estendeu a mão e sentiu a umidade do desejo...Acariciou-o com o polegar e a viu fechar os olhos, pressionou mais, até tê-la sobre seus dedos, devorando-os, ora engolindo-os, ora expelindo-os.
                Ouviu o grunhido alto... e o aumentar do movimentos... Seu próprio corpo gritava por muito mais...
              Delicadamente interrompeu o contato e sorriu ao escutar o protesto manhoso da ruiva. Deitou-se sobre ela, sussurrando ao seu ouvido.
                 -- Calma, poderosa condessa... Eu quero muito mais...
                Vitória tomou-lhe os lábios, mordiscando-os, dominando-os...
                -- E eu quero você... – Dizia com voz rouca. – Eu quero...
            A linda morena mais uma vez se deliciou com a textura dos dois montes em suas mãos, arranhando-o com sua unha, até tê-lo pronto para os seus lábios... Acariciou o esquerdo com a lı́ngua, enquanto massageava o outro... A ruiva a encorajou mais, até sentir-se sugada...
              Maria Clara naquele momento não conseguia pensar em nada, só na maravilhosa sensação de mamá-la, chupar aqueles seios de bicos rosados...
               Vitória fitou aqueles olhos a lhe encarar e a cada segundo que passava sabia que não poderia controlar durante muito tempo aquele desejo que ameaçava explodir dentro de si...
            Curiosa, observou-a abandonar o colo e seguir distribuindo beijos, acariciando-lhe as coxas, demorando-se na parte externa da mesma...
                Mordeu o lábio inferior ao sentir os lábios doces tocar sutilmente seu sexo...
          Apoiou-se no cotovelo, fitando-a e imaginando que a qualquer momento a princesinha perceberia o que estava a fazer e saı́sse correndo para os braços do avô... Atônita, viu-a afastar suas pernas ainda mais, em seguida a viu inspirar o cheiro de sua feminilidade...
             A morena não sabia o que fazer, mas sabia o que seus instintos lhe diziam e foi isso que seguiu... Embriagou-se ainda mais com o cheiro que parecia deixá-la mais excitada... Sentiu a umidade na pele e desejou sentir o sabor daquele mel...
               Abriu-a ainda mais, depositando seus lábios... Sorveu... Sua lı́ngua pareceu ganhar vida... A pontinha tocou a pequena fruta, chupou-o como se fosse uma cereja... Sua fome parecia apenas aumentar ainda mais... Aumentou a pressão...
            A condessa gritou ao sentir o poderoso orgasmo lhe dominar... Os espasmos sacudiram seu corpo... Sentiu-se frágil... Sentiu-se dominada e isso não fora bem aceito por sua personalidade forte, tentou empurrar Clara, mas a tı́mida garota parecia ter sido substituı́da por uma verdadeira mulher...
              A jovem Duomont deitou-se sobre ela mais uma vez, encaixando-se entre suas pernas...
             -- Solte-me! – A condessa tentou se desvencilhar, arranhando-a.
            Maria Segurou-lhe os pulsos sobre a cabeça, contendo a fúria que a outra inesperadamente apresentava... Tentou beijá-la, mas sentiu os dentes da outra cravar em sua carne...
             -- Calma, égua selvagem!
             -- Solte-me... Exijo que me solte agora! – Dizia ainda mais brava.
           Clara sorriu, mas não acatou o que estava sendo exigido. Movimentou os quadris, sentindo o próprio sexo molhado colado ao dela... Esfregou... Rebolou, mesmo diante dos protestos não parou e intensificou mais e mais... Sentiu o momento que ela cedia e tomou-lhe a boca... Beijando-a... Encontrou a lı́ngua ferina, chupando-a... Aumentou os movimentos até sentir seu corpo tomado por uma força inexplicável... Um prazer jamais imaginado sacudiu-a violentamente, fazendo-a gritar alto, desabando nos braços da condessa...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A antagonista - Capítulo 25

A antagonista- Capítulo 22

A antagonista - Capítulo 21